In Público (14/9/2011)
Por Lusa
« As discotecas Jamaica e Tokyo e o bar Europa, fechados há mais de quatro meses devido ao mau estado do edifício, reabrem na próxima semana.
“Vai ser executada a vistoria da Câmara Municipal de Lisboa na segunda-feira e as casas vão estar em condições de abrir no dia seguinte”, disse à Lusa o sócio-gerente da discoteca Jamaica, Fernando Pereira.
Questionado pela Lusa sobre os prejuízos do encerramento por mais de quatro meses, Fernando Pereira afirmou: “Ainda não começámos a fazer contas em relação a isso. Quanto aos custos, no que se refere ao Jamaica, estão estimados em mais de 10 mil euros por mês, mas quanto ao apuramento de possíveis receitas ainda não tratámos.”
“Estamos agora preocupados em abrir as casas e pô-las a funcionar para depois pegar na papelada e começar a fazer essas contas”, acrescentou também Fernando Pereira.
O sócio-gerente do Jamaica contou ainda que está a ser preparada uma programação para a reabertura dos três estabelecimentos, que decorrerá entre 20 e 23, dia para o qual está agendada uma “grande festa de rua com o apoio da câmara municipal”.
As discotecas Jamaica e Tokyo e o bar Europa, que funcionam no rés-do-chão de um prédio de seis andares na Rua Nova do Carvalho (Cais do Sodré), encerraram no início de Maio, quando abateu o segundo andar do edifício.
Autoridades chamadas de emergência
Uma vez que o prédio estava referenciado pelos serviços municipais de Protecção Civil, que já tinham sido chamados de emergência ao local várias vezes, o abatimento obrigou a obras de consolidação da estrutura do edifício.
Os proprietários das discotecas ainda efectuaram uma intervenção para remover o entulho e fazer o escoramento do prédio, mas não foi suficiente para que as autoridades considerassem que estavam reunidas as condições de segurança para os espaços abrirem.
A autarquia acabou por tomar posse administrativa do edifício, avançando com as obras de consolidação necessárias. Estas intervenções levaram a discoteca Jamaica a procurar novo espaço para continuar com a programação de comemoração do 40.º aniversário.
O prolongamento das obras por mais de quatro meses e a incerteza que havia quanto à conclusão das intervenções chegaram a levar os mais de 20 trabalhadores dos três estabelecimentos, que temiam pelos seus postos de trabalho, a pedir à autarquia uma data definitiva para a reabertura, entregando na câmara um abaixo-assinado.»
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Para descontrair de todas as blue station deste mundo... e porque "o Cais do Sodré não é...".
Não deixa de ter a sua piada que, estando toda aquela zona junto ao Largo de S. Paulo num miserável estado de abandono, a prioridade tenha sido as discotecas que funcionam até altíssimas horas do dia.
ResponderEliminarAssim não incomodarão os residentes, que também não se espera que algum dia venham para aquela localização cuja degradação simplesmente arrepia.