08/10/2011

Fim do estacionamento grátis na Cidade Universitária

Os lugares de estacionamento gratuitos na Cidade Universitária, que até esta sexta-feira eram um oásis para quem entrava com o carro na cidade de Lisboa, pela 2ª Circular, passarão a ser pagos ainda no mês de Outubro.
Já a partir de segunda-feira a gestão do espaço de estacionamento naquela área passará a ser da Empresa Pública Municipal de Estacionamentos de Lisboa (EMEL).
A Universidade de Lisboa (UL) entregou à EMEL as artérias que ainda não eram pagas, como a Alameda da Cidade Universitária e as ruas entre a Torre do Tombo e a Faculdade de Letras ou entre as faculdades de Direito e Psicologia.
No total, são mais de 485 lugares de estacionamento na via pública que nos últimos anos permitiam aos automobilistas ali deixarem o carro e usarem a estação do Metro de Lisboa.
Os responsáveis pela UL entregaram ainda à empresa municipal um parque com outros 600 lugares, que serão modernizados.
Esta medida consta no Plano Estratégico da Universidade de Lisboa 2009/2013. Há cerca de dois anos, a Câmara de Lisboa já havia intervencionado a Alameda da Universidade, acabando com o estacionamento aleatório numa área de terra batida.
Ao JN, fonte da EMEL referiu que uma campanha de sensibilização dos automobilistas arrancará na segunda-feira, informando-os das alterações nas próximas semanas.
In JN


FINALMENTE!!!

14 comentários:

  1. finalmente.
    resta saber se haverá fiscalização... e é pena que mesmo assim continue a haver locais com estacionamento gratis (e ilegal) onde nao fazem nada, porque grande parte dos carros na CU nem estacionam em lugares "a serio" onde a emel nao faz nada

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  2. Acho muito bem.

    E nem dá para entender, como já foi dito e repetido, como tantos meninos e meninas vão de carrinho para as universidades, coisa que não acontece em países muito mais ricos que Tugal.

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  3. Não devem estar a falar da Cidade Universitária de Lisboa. Há dez anos, via-se muito mais selvajaria em matéria de estacionamento do que se vê agora, nem se atrevam a comparar.
    Hoje em dia? Lugares junto ao Estádio Universitário e Hospital de Santa Maria? Todos pagos. Os vários parques também são pagos. Restam aqueles lugares que já não o são (felizmente), que eram ali junto dos sinais, no cruzamento para o jardim do Campo Grande (que o dinheiro arrecadado sirva para o recuperar, que é uma tristeza e desperdício vê-lo assim). São hoje espaços com muito melhor aspecto e menos poluição, apesar dos problemas já amplamente relatados neste blog.
    Os lugares mencionados pelo artigo são raspas a comparar com a área que descrevi.
    Da minha parte, utilizei o automóvel na zona nos anos de estudos pós-graduados, cujo horário era nocturno; na altura morava numa zona mal servida de transportes públicos e utilizá-los à noite era para esquecer, neste país que continua a crer que o bandido só é bandido porque "tem fome", sem falar dos horários terceiro-mundistas.
    O sujeito que postou antes de mim que deixe de julgar os outros todos como "meninos riquinhos", que aqui trabalha-se muito para pouco proveito e que aprenda a escrever o nome deste país correctamente: é PORTUGAL, que se saiba ainda não demos as três primeiras letras como garantia de pagamento.
    Nos últimos tempos, só vou à zona ocasionalmente para utilizar o EUL; se tiver de levar o automóvel, estaciono em zona para o efeito e pago o que tenho de pagar.

    Menos demagogia e extremismo neteiros, mais objectividade e, sobretudo, melhores transportes públicos.

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  4. Muito bem dito João das Regras.

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  5. Os universitários portugueses estão cada vez mais diferentes dos europeus. A maioria vive em casa dos pais, não trabalha durante o curso e vai de carro para a universidade. Nada disto os estimula a serem empreendedores ou a amadurecerem para a realidade profissional mais dura que terão de enfrentar.
    Nos últimos 20 anos o sistema universitário português convergiu com o dos restantes países europeus em muitos aspectos. Hoje os alunos entram para universidades com uma elevada proporção de docentes doutorados no estrangeiro, que em muitos casos ensinam as mesmas matérias que leccionaram em Inglaterra ou nos Estados Unidos da América. A Internet dá-lhes acesso aos mesmos conteúdos que os seus colegas europeus, uma realidade distante da vivida no passado em que dependiam de bibliotecas mal apetrechadas. E o programa Erasmus trouxe também excelentes oportunidades.

    O outro lado da moeda surge quando se olha para estatísticas onde se lê que Portugal é o segundo país da União Europeia com maior percentagem de estudantes universitários a viver em casa dos pais e a estudar na mesma cidade onde cresceram, sendo simultaneamente um dos três países da UE onde menor percentagem dos universitários trabalha durante o curso. Na Suécia, um dos países mais ricos da Europa, cerca de 60% dos alunos trabalham durante o curso. Em Portugal são menos de 15%.

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  6. Nestes aspectos a experiência vivida nas universidades portuguesas é muito diferente da europeia, e tornou-se ainda mais diferente nos últimos 10 anos. A expansão das vagas permitiu aos estudantes um maior leque de hipóteses. A maioria dos alunos escolheu ficar na universidade ou politécnico mais próximo de casa. O resultado foi a criação de universidades mais regionais, onde a maioria dos alunos têm mais de 80% de colegas da mesma região. A isto acresce que, em média, apenas têm 0,7% de colegas oriundos de outros países comunitários.

    A decisão de ficar em casa dos pais em muitos casos é determinada por factores económicos. No entanto, o parque automóvel de metade dos estudantes e sua expansão nos últimos anos demonstra bem que em muitos outros casos não o é. Os estudantes portugueses são os únicos europeus para quem o carro é o meio de transporte mais usado para chegar à universidade.

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    Repito:

    Os estudantes portugueses são os únicos europeus para quem o carro é o meio de trasnporte mais usado para chegar à universidade.


    Isto para dizer que quem acha que de popó é que é bom está no seu direito, não pode é achar que os outros não sabem o que dizem.

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  7. Adenda: o artigo citado é do Jornal de Negócios, não é de minha autoria.

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  8. Conheço vários universitários que queriam um trabalhinho que sempre ajudava a fazer face ás despesas. Mas onde é que ele existe? Um deles já correu todos os Minipreços, Lidl, Pingo doce, continente, etc e não há nada para ninguem. Além disso quem teve a sorte de ter conseguido bolsa não pode trabalhar porque senão fica sem a bolsa, o mesmo a quem é orfão e recebe uma pensão.
    A crise chegou para se instalar. Quanto aos carros dos estudantes, a maioria dos carros são de gama baixa e não são novos (excluindo o parque de estacionamento da Universidade Católica).

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  9. Outro: quando eu andava na Universidade Nova de Lisboa tinha um colega duma aldeia da zona de Leiria que nas férias de Verão arranjou trabalho nas obras. Os serviços de acção social da universidade gostam de investigar as contas bancárias dos alunos, e ao descobrirem que nos meses de Julho e Agosto ele recebeu transferências bancárias num valor que eles consideram elevado, em Setembro perdeu a bolsa e o direito à residência de estudantes. Quando voltou para Lisboa teve que ir procurar um quarto para viver e pagar 230€ por mês. Como não conseguiu trabalho em Lisboa a opção foi ter que abandonar os estudos porque a situação económica era incomportável. Parece que o Estado é que patrocina o parasitismo.


    Muitos dos que vão de carro para as universidades pagam as despesas com a bolsa. Quando andei na universidade vi o dinheiro da bolsa dar para muita coisa menos para material escolar. Houve quem tenha tirado a carta com ela, quem pague combustivel com ela, quem tenha ido de férias com o dinheiro que recebe da bolsa, quem pague prestações dum carro com ela, e quem só esteja matriculado na faculdade para receber bolsa apesar de não estar interessado no curso nem nunca lá pôr os pés. Mas como normalmente quem recebe muito de bolsa está isento de propinas ou paga um valor baixo que compensa a manutenção da inscrição na universidade...

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  10. era acabar com as bolsas em dinheiro e começar a dar o dinheiro em vales fnac, em senhas de refeicoes e passes de transporte e ajudas para casa arrendada.. é a unica maneira de pelo menos controlar os parasitas

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  11. Acham muito bem??Levanto-me cedissimo para conseguir um lugar na UL, uma vez que sou aluno pós-laboral(sim não posso estudar de dia pq não tenho papás para me pagar o curso, durante 10 anos enquanto ando na festarola da faculdade), e sigo de metro para o trabalho regressando ás 18h á CU para sair ás 22.30. Moro na Portela de Sintra, ou seja ás 22:30 saiu da FC, apanho metro ás 22:45 e comboio ás 23.10 chegando´a csa quase á 00.00 isto se não levar uma facada pelo caminho, uma vez que a linha de sintra está sem policiamento ou segurança. Cambada de palhaços!!! Metam parquimetros junto aos centros comerciais, estadios de futebol e nas praias!!! Na CU ninguem deixa o carro por malandrice, mas sim por necessidade. Cambada de ignorantes!!!

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  12. Epá, eu dou-te razão. A Linha de Sintra não é para brincadeiras principalmente para quem tem que andar com computadores e outros valores. Se morasse aí tambem preferia ir de carro do que estar a sujeitar-me a levar uma xinada por causa dum portatil ou dum telemovel mesmo quando não se oferece resistencia. Os pretos daí têm mesmo ódio aos brancos e a Portugal (é o que dá serem a maioria). Sei o que a casa gasta conheço muita gente aí para esses lados. Não é por acaso que um dos locais onde há mais skinheads na grande Lisboa é aí. O tribunal de Sintra é o mais disfuncional de todos em Portugal porque está mais que sobrelotado. É o concelho com mais crimes do país.

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  13. Anónimo disse...
    era acabar com as bolsas em dinheiro e começar a dar o dinheiro em vales fnac, em senhas de refeicoes e passes de transporte e ajudas para casa arrendada.. é a unica maneira de pelo menos controlar os parasitas

    6:38 PM

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    Não te parece obvio que isso é impossivel?!

    Não é um nem dois que recebem bolsa, são milhares. Achas que é possivel ver as necessidades de cada individuo uma a uma?!! Não tens ideia da desorganização em que funcionam as secretarias e tudo o que é burocracia da função publica pois não? Além disso os funcionarios publicos querem lá saber em quê que os alunos gastam as bolsas. Desde que lhes paguem os salários por eles está tudo bem.

    Alem disso os vales fnac poderiam sempre ser trocados por dinheiro na caixa.

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  14. Sinceramente duvido que muitos dos que aqui comentam tenham sido estudantes deslocados alguma vez...

    (mais, duvido que vivam afastados mais de 100 m da linha do metro)

    Sou alentejano e estudei na UL.
    Durante os anos finais do meu curso andei de carro (para os invejosos, não pensem que era um grande luxo - um peugeot 205 com 20 anos).
    Da minha casa à faculdade o melhor tempo que alguma vez consegui de transportes publicos foi de 45 minutos (já com muita correria e sorte nas mudanças de autocarro e/ou metro). De carro demoro 10 minutos.
    Tinha aulas durante muito tempo e trabalhava bastante na faculdade. Estacionava nessas ruas que agora vão passar a ser pagas, pelo menos 5 horas por dia, muitas vezes mais. Com o dinheiro que antes servia para um almoço na cantina velha (1,80) hoje não dará para duas horas de parque. Mais, foram frequentes as vezes em que me juntei com colegas durante a noite para terminar trabalhos, ou para fazer investigação. Gostaria de vos ver a fazerem 5 kilometros às 4h da manhã de autocarro e metro que as essas horas não funcionam.

    Sinceramente, continuo a não perceber a luta contra o automóvel, a meu ver uma invenção preciosa, e continuo a não perceber esta necessidade louca de supostamente "ordenar" o estacionamento, de nos forçarem a pagar por utilizar a estrada, que é feita para os carros, para estacionar os ditos carros, pagar por um serviço inexistente,

    enfim,
    esta necessidade de tornar cada vez mais desagradável e difícil viver nesta cidade.

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