É quase meia centena de degraus a trepar e outros tantos a descer naquele que é, para quem não tem automóvel e vem da zona da Avenida de Berna, o principal acesso ao bairro
in Público
Ana Henriques
Os elevadores que ligam o Bairro do Rego ao resto da cidade de Lisboa, perto da Praça de Espanha, estão avariados pela enésima vez e ignora-se quando voltarão a funcionar.
Aos habitantes que não se deslocam de automóvel resta subir e descer os três lanços da passagem aérea sobre a linha férrea onde estão instalados os ascensores imobilizados. Ou então seguir viagem por outra ponta do bairro, até à Av. dos Combatentes e à Praça de Espanha - percurso que, com os seus estreitos passeios e os carros velozes, mais se assemelha a uma via rápida.
Já todos perderam a conta às vezes que os elevadores tiveram problemas desde que começaram a funcionar, há mais de uma década. "Estão constantemente avariados, transformando o bairro num bunker", observa a presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, a social-democrata Idalina Flora. "O que me dói são os velhotes que têm de ir ao Hospital Curry Cabral, coitadinhos". É que a unidade de saúde está mesmo ali ao lado - mas, para os habitantes do Rego, fica do lado errado da linha do comboio. Desta vez, o ascensor que dá para dentro do bairro está parado há perto de oito meses.
O que fica ao lado do hospital, na ponta oposta da passagem aérea, avariou há cerca de dois. São três lanços de degraus para trepar e outros tantos para descer. As causas de tantas avarias são variadas.
Quase sempre foi preciso chamar a empresa fornecedora do equipamento, a Otis, que só por uma
das reparações efectuadas no ano passado cobrou 1580 euros. Mas o principal problema, diz Idalina Flora, reside no facto de as fundações da passagem aérea em que encaixam os elevadores não terem sido concebidas para escoarem a água da chuva, o que ocasiona constantes curto-circuitos no Inverno. A solução passa por fazer novos canais de drenagem nas caixas dos elevadores. "Como a câmara não tem dinheiro, a junta ofereceu-se para comparticipar os custos. Falta os serviços camarários entregarem-nos o projecto", diz Idalina Flora, que espera ter o
problema resolvido em Fevereiro. Entretanto os ascensores continuarão parados.
Em 2008, escassos sete meses depois de ter sido eleito presidente da câmara, António Costa gabou-se na assembleia municipal de ter resolvido alguns "pequenos grandes problemas" da cidade, incluindo este. "A Rede Ferroviária Nacional e a Câmara de Lisboa não se entendem sobre os elevadores", resume a presidente da junta. "A culpa é nossa", diz Ana Maria Sobral, uma habitante reformada de 65 anos, antes de começar a escalada de 47 degraus. "Se nos sentássemos todos na estrada a bloquear o trânsito, isto já se tinha resolvido".
das reparações efectuadas no ano passado cobrou 1580 euros. Mas o principal problema, diz Idalina Flora, reside no facto de as fundações da passagem aérea em que encaixam os elevadores não terem sido concebidas para escoarem a água da chuva, o que ocasiona constantes curto-circuitos no Inverno. A solução passa por fazer novos canais de drenagem nas caixas dos elevadores. "Como a câmara não tem dinheiro, a junta ofereceu-se para comparticipar os custos. Falta os serviços camarários entregarem-nos o projecto", diz Idalina Flora, que espera ter o
problema resolvido em Fevereiro. Entretanto os ascensores continuarão parados.
Em 2008, escassos sete meses depois de ter sido eleito presidente da câmara, António Costa gabou-se na assembleia municipal de ter resolvido alguns "pequenos grandes problemas" da cidade, incluindo este. "A Rede Ferroviária Nacional e a Câmara de Lisboa não se entendem sobre os elevadores", resume a presidente da junta. "A culpa é nossa", diz Ana Maria Sobral, uma habitante reformada de 65 anos, antes de começar a escalada de 47 degraus. "Se nos sentássemos todos na estrada a bloquear o trânsito, isto já se tinha resolvido".
Enquanto isto acontece, a entidade responsável - Câmara Municipal de Lisboa, começa, como é referido na mesma notícia do público, o "Jogo do empurra".
ResponderEliminarPode ler-se na mesma página, o seguinte:
"Contactada pelo Público para explicar por que razão a câmara não resolve o problema, uma assessora do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, respondeu: "É matéria da competência do vereador Nunes da Silva". Só que este último autarca assegura que não: "A câmara tem que resolver o problema, mas eu não posso intervir no caso, porque ele é da competência do vereador das obras municipais, Manuel Salgado".
Senhores vereadores, a bem da população vejam se se entendem ou então o Senhor Presidente da Câmara que intervenha para pôr ordem nos seus vereadores e de uma vez por todas resolver este problema, que em muito prejudica esta população.
Caro Diogo Moura,
ResponderEliminarTenho fotos recentes (que tenciono publicar no 'Sorumbático' mas ainda inéditas) do que aqui é referido.
Se as quiser, diga-me:
medina.ribeiro@gmail.com
Confesso que esperava, no mínimo, uma resposta a esta minha oferta - nem que fosse sob a forma de «Não, muito obrigado».
ResponderEliminarCaro amigo Medina Ribeiro,
ResponderEliminarPeço desculpa mas não tenho "navegado" e não vi a sua oferta.
Aceite desde já as minhas desculpas, aproveitando para lhe deixar o meu contacto pessoal: joaodiogomoura@gmail.com
Por ele a comunicação não falha!
Abraço
Diogo Moura