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14/01/2012
Moradores do Cais do Sodré fartos de ruído e "actos de vandalismo"
Funcionamento dos bares incomoda os vizinhos
Por Cláudia Sobral in Público
Grupo de residentes enviou abaixo-assinado à Câmara de Lisboa e à PSP pedindo uma "intervenção imediata"
Foi na véspera de Natal. Isabel Sá da Bandeira chegou ao carro, estacionado numa rua do Cais do Sodré, e percebeu que, durante a noite, um dos pneus tinha sido golpeado. Foi a segunda vez em dois anos. E tinham feito o mesmo a "mais uns dez". O barulho e os "actos de vandalismo" durante a noite são "crescentes" e estão a contribuir para a degradação da qualidade de vida dos residentes, queixa-se um grupo de moradores num abaixo-assinado enviado esta semana à Câmara de Lisboa e à PSP.
A situação tornou-se "insustentável" para quem vive na zona dos bares do Cais do Sodré, resumem na carta em que pedem uma "intervenção imediata e determinada", exigida pela "abrangência e dimensão dos problemas". E tudo piorou desde há meio ano para cá, contou ao PÚBLICO Isabel Sá da Bandeira.
Os mais de 200 moradores que assinaram o documento mostram-se contra "a abertura de novos estabelecimentos de diversão nocturna com horários alargados" e contra o alargamento do horário dos já existentes - alguns dos quais funcionam "até ao meio-dia". Dizem ainda discordar do recente encerramento ao trânsito de parte da Rua Nova do Carvalho, onde ficam os bares mais conhecidos da noite do Cais do Sodré.
À PSP pediram um reforço do policiamento daquelas ruas nas noites de quinta-feira a sábado, para "dissuadir" os frequentadores dos bares de "vandalizarem carros estacionados e fachadas de prédios privados", fazerem barulho durante a noite, urinarem na rua e de se "drogarem e fazerem sexo" à porta dos prédios".
"Tenho um vizinho que diz que já conhece os traficantes, porque eles vendem droga por baixo da janela dele", conta Isabel Sá da Bandeira, que garante que é "impossível imaginar" o que é viver na zona dos bares do Cais do Sodré e o estado em que estão as ruas no dia seguinte.
"No rés-do-chão do meu prédio já temos uma mangueira para limpar a rua de manhã", conta. E dá exemplos de alguns casos em que ela é necessária: "No domingo de manhã tinha preservativos usados à porta de casa, pendurados na grade da janela do prédio. As raparigas deixam papel higiénico e tampões entre os carros."
O PÚBLICO contactou a PSP e a Câmara de Lisboa, mas não obteve qualquer resposta em tempo útil.
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Cabe a um Vereador conduzir os processos e as tendências, afim de lhes garantir um desenvolvimento equilibrado ... Isto exige serenidade objectiva, não repressora, mas também não explicitamente identificada, numa procura pessoal insegura de credenciais pseudo-progressistas e "modernaças" ... ou seja, num desiquilibrado e subjectivo, processo de afirmação individual ... à custa dos Lisboetas e da imagem da Cidade...
A "iniciativa explicita e identificada" da Rua Nova do Carvalho, transformou-se num efeito "boomerang" e o oposto da efectividade de gestão do Espaço Público.
Pois é ... "Zé" ... a Democracia Participativa é uma chatice ...
Estamos a criar um novo problema " Bairro Alto" com o apoio oficial da C.M.L. e do Vereador Sá Fernandes !?
Não foi a "festa" de inauguração um acto apressado,avulso, gratuito, oportunista e prematuro e que contribuiu para este desequilíbrio ...? ... além de ter constituído uma verdadeira operação de cosmética (abrilhantada com o rosa schocking ... além de desenquadrado, agora completamente nojento e decadente) para camuflar a ausência de uma verdadeira e equilibrada estratégia global para a Zona ?
Pois é ... 200 é demais para serem apelidados de "reaccionários" ou "caretas"...
Basta de "experimentar" ... com a vida dos outros ... Lisboa é Gente ?
As duas imagens foram acrescentadas ao artigo do Público ...
António Sérgio Rosa de Carvalho.
Nããããã....
ResponderEliminarAquilo é a política dos zés qu
e faziam falta para reabilitar e repovoar o centro histórico de Lisboa...
Ouvi mesmo dizer que pessoal a querer ir morar para ali é mais que muito, famílias inteiras, obviamente com as suas crianças, são às centenas...
Botas cardadas é o que necessário quando a qualidade de vida de muitas é reduzida a zero. A rebaldaria no Bairro Alto e aqui....já foi longe demais para ser resolvida de pantufas.
ResponderEliminarporque haveriam eles de parar de vandalizar? existe alguma justiça ou sistema penal em portugal?
ResponderEliminarponham a policia descaracterizada a fazer rondas. quem for apanhado a vandalisar, urinar, traficar, consumir, fazer sexo na rua vai preso. é a única solução
ResponderEliminarOs relatos são de falta de civismo, de irresponsabilidade individual mais do que política. São experiências de selva, de anarquia, de desrespeito pela normalidade por quem frequenta e não vive a zona.
ResponderEliminarÉ um povo, uma geração em causa. Não um vereador. Esses vão e vêm, como o apropriado boomerang.
Que a situação é certamente um pavor para quem ali mora, não me custa mesmo nada a acreditar.
ResponderEliminarSó que estará agora pior, a pouca-vergonha no local dura há anos e muitas das coisas relatadas ocorrem por ali há anos.
O que obviamente não justifica que a situação se mantenha e, muito menos, que tenha piorado. Para isso não era preciso pagarmos os ordenados das supostas autoridades nem da treta da vereação Costa mais Salgado & Zé.
Então não era o renovado Cais Sodré da gentrificação que era bom...
ResponderEliminarÉ para verem que eu mais uma vez tinha razão.
Semearam ventos agora colham as tempestades e não votem mais nestes ...
E os coitados dos pintas de Lisboa (habitantes tipicos) lá ficaram sem o Intendente, Cais Sodré e qualquer dia sem Alcântara, Mouraria, Beato e Marvila!
Ricardo disse...
ResponderEliminarOs relatos são de falta de civismo, de irresponsabilidade individual mais do que política. São experiências de selva, de anarquia, de desrespeito pela normalidade por quem frequenta e não vive a zona.
É um povo, uma geração em causa. Não um vereador. Esses vão e vêm, como o apropriado boomerang.
2:16 PM
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É a geração gentrificação que chega a um sitio e tem a mania que é dono dele, e faz o que bem quer e lhe apetece sem respeito pela tradição do local! Mas há por aqui muita gente que aplaude, pudera alguns dos vandalos andam por aqui. Agora andam todos contentes que o fado passou a patrimonio mundial, mas há uns anos tinham o discurso: "corror, ouvir fado!!! Isso é memo musica de taberna e de putedo, pescadores e marinheiros"!
Deixa as sopas de cavalo cansado passarem a ser da cozinha gourmet a ver se os pseudo finórios não vão todos pôr o chocapic de parte.
Novas Leis e Penas são muito bem vindas, mas vão resolver alguma coisa? E como é que se apanham os vândalos? Sistemas de videovigilancia? Aumento de efectivos da policia nas ruas? E que tal a intervenção e a responsabilidade dos residentes nas suas zonas?
ResponderEliminar"E que tal a intervenção e a responsabilidade dos residentes nas suas zonas?"
ResponderEliminarPois, milícias populares é a solução, pá.
...realmente existe muita gente com memória curta, e já se esqueceu do passado cais do sodré. Prostituição, droga, e negociatas escuras era o que mais se via naquela rua, agora qualquer um se pode deslocar à rua nova do carvalho para beber um copo.
ResponderEliminarMoradores?!?! onde ? naquelas barracas de 4 andares ? a cair de podres, francamente, muitos daqueles prédios eram pensões à hora e que deram muito jeito a quem agora se queixa de ter uma rua bem frequentada e com gente bonita.
Sr. Sá Fernandes, fez muito bem, está muito melhor do antes, e porque mais vale ser do que parecer, espero que continue a apoiar esta rua como um sitio nocturno que sempre foi e que qualitativamente se encontra muito melhor. Basta ir lá à noite para ver a adesão da população àquela zona. Sou uma pessoa que sempre frequentou aquela zona, sei do que falo, e garanto-vos não se deixem ir em cantigas, aquele sitio está muito melhor, apenas têm um problema que são os horários, deviam acabar com os After-hours e dar horários até ás 6:00 a quem tiver condiçõers para os ter.
Cumprimentos,
e parabens ao Sá Fernandes, conte com o meu voto.