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09/03/2012
Lisboa está à procura de soluções para resolver o excesso de táxis na cidade
Por ADRIANO MIRANDA Inês Boaventura in Público
Entre as propostas apresentadas pela autarquia e por associações do sector estão a obrigatoriedade de cada veículo parar um dia por semana ou de escolher se quer circular à noite ou de dia
A Câmara de Lisboa está a estudar soluções para resolver o excesso de táxis na cidade, entre as quais a obrigatoriedade de cada veículo parar um dia por semana ou de uma parte das viaturas circular apenas durante o dia e outra à noite. Os representantes do sector concordam com a necessidade de se atacar o problema e apresentam outras sugestões, como alguns taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de crise.
Segundo o vereador da Mobilidade, na capital há cerca de 3450 táxis, número "claramente" superior às necessidades mas que está abaixo do tecto dos 3500 veículos definido há duas décadas pela autarquia. Fernando Nunes da Silva lembra que esse contingente foi fixado quando a cidade tinha milhares de habitantes a mais do que hoje, acrescentando que o excesso de táxis é agravado pela actual crise económica.
O vereador garante que o município "está a a dialogar" com os representantes do sector para listar as soluções possíveis para o problema e chegar a uma proposta concreta de discussão. Entre as hipóteses equacionadas por Nunes da Silva estão cada táxi parar um dia por semana, alguns dias circularem aqueles que têm matrícula par e outros os que têm matrícula ímpar ou ainda uma parte das viaturas só poder transitar durante o dia e outra à noite.
"Há centenas largas de táxis a mais em Lisboa", concorda o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, sublinhando que o contingente de 3500 veículos foi definido na década de 90 e devia ser reavaliado a cada dois anos, o que segundo diz nunca aconteceu. Carlos Ramos atribui parte desse excesso à saída de habitantes e de empresas para os concelhos limítrofes mas também aponta responsabilidades à Câmara de Lisboa, nomeadamente por ter decidido atribuir 50 novas licenças a táxis adaptados para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida.
"Não há mercado suficiente de cadeiras de rodas que alimente financeiramente esses 50 carros, que vão acabar por ir buscar dinheiro aos clientes dos táxis tradicionais", acusa o presidente da federação, entidade que mantém com a autarquia um diferendo em tribunal sobre esta matéria.
Para resolver o desfasamento entre a oferta e a procura na capital, Carlos Ramos apresenta várias propostas, que sublinha serem utilizadas em cidades como Barcelona e Madrid. Uma delas é os taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de tempo pré-definidos, que a autarquia classifique como de crise. "É uma forma de o sector se auto-regular e evita que os especuladores andem a comprar licenças por dez tostões aproveitando-se das dificuldades dos outros", diz o dirigente.
Outra ideia é que os empresários interessados em vender as suas licenças passem a fazê-lo, pelo valor de mercado, a um fundo criado para o efeito. Carlos Ramos explica que consoante a procura de táxis em Lisboa num determinado momento esse fundo poderia acumular as licenças compradas ou vendê-las.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi está de acordo com a hipótese de cada táxi parar um dia útil por semana. "Permite rentabilizar a actividade dos que ficam a trabalhar. Não podemos continuar a viver como se estivéssemos todos ricos", diz Carlos Ramos, defendendo que também ao sábado e ao domingo os veículos deviam circular alternadamente, consoante a matrícula.
Esta ideia também é bem vista por Carlos Lima, vice-presidente da federação no Porto. "Há 699 táxis na cidade e 500 chegavam bem", diz, salientando que nos últimos meses se assistiu a "uma quebra de facturação de 40 a 50%".
Excesso também no Porto
Diferente é a posição do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que não concorda com a paragem de um dia por semana. "Não há no país nenhum comércio ou indústria que seja obrigado a parar. Por que é que nós havemos de ser?", questiona Florêncio Almeida, acrescentando que seria impossível alterar os horários de trabalho dos motoristas sem a sua concordância.
Ainda assim, o presidente da ANTRAL afirma que há pelo menos mil táxis a mais na cidade de Lisboa e diz que a solução para isso tem de ser encontrada pelos empresários do sector, "não pela câmara ou pelo Governo". Uma das hipóteses admitidas por Florêncio Almeida seria a de alguns veículos só circularem durante o dia e outros durante a noite. "Com isso muita gente vai para o desemprego, mas é necessário", diz.
Este dirigente também não concorda com a decisão da Câmara de Lisboa de alargar a Zona de Emissões Reduzidas da cidade, proibindo na Avenida da Liberdade e na Baixa a circulação de viaturas anteriores a 1996, e ameaça com uma providência cautelar. "Criem corredores para os transportes públicos e portagens à entrada da cidade, que assim diminuem mais o CO2", alvitra Florêncio Almeida.
Nunes da Silva sublinha que os empresários do sector tiveram vários anos para se adaptar. O presidente da Federação Portuguesa do Táxi concorda e garante que a maioria dos veículos está preparada. Mas Carlos Ramos acrescenta que a autarquia devia ter feito a sua parte e deixado de licenciar os táxis anteriores a 1996 ou esclarecido que estes teriam restrições à circulação.
Era só retirar de circulação os que manifestamente não estão em condições de andar a fazer esse serviço.
ResponderEliminarTenho apanhado cada um que nem percebo como é autorizado a circular e a que fiscalização (?) será sujeito.
Basta porem a lei dos veiculos terem como limite 16 anos de idade que há logo vários taxistas principalmente os mais velhos a querer largar a actividade. Ficam é pendurados com os alvarás (que valem muito dinheiro).
ResponderEliminarQuanto mais coisas exigirem aos taxistas mais eles tentam ingrupir os clientes e pior fica o serviço.
Esse florencio é um vigarista que se tem aproveitado do seu cargo para fazer as suas negociatas.Não tem nenhuns interlocutores junto dos organismos publicos porque apenas é visto como saloio que nem falar sabe.Desde que foi para presidente da ANTRAL os taxistas só têem sido prejudicados e por isso a regulação do contingente não deve ficar nunca na mão deste chico esperto.
ResponderEliminarPenso que devia existir um maior controlo sobre os taxistas.
ResponderEliminaro táxi e um transporte publico a camara já devia saber isso antes de os dar funciona como autocarros e outros transportes so que tem uma coisa diferente as pessoas pagam o serviço ao fim! pode parar 1mês num ano e pronto! por mim era nº de táxis por cidade e outro tipo de alternativa para transportes que não fiquem a dever! num táxi a pessoa vai directa para onde quer mais rápida e de forma normal e sempre bem servida pq o cliente vai pagar ainda não pagou! mas pronto ainda estamos atrasados em relação aos outros países porque o curso do cap é no mínimo de 6 meses na europa mas não sei se pertencemos a união europeia porque em Portugal e 2 meses! o estado tem que fazer e acabou! na união europeia existe cartão para horas 12h de trabalho chega e tipo tacógrafo quem quiser trabalha ponham o cap a funcionar os táxis precisam de evolução estamos na europa sera que vamos sair!
ResponderEliminarse as pessoas viverem do negocio e do trabalho isto avança assim não manda la a população trabalhar 12h 30dias e pagar 1200euros. não pode ser pq filhos tempo etc outras desculpas mas antigamente não era assim. mudaram os tempos mudaram as regras temos que nos adaptar senão fazer o mesmo que os outros! ou emigrar ou comer senão for pedir para comer! tenho pena de o pais estar assim para quase todos!
Bom Dia,se retirarem todas as pessoas que já estão aposentados e com mentalidade retrograda e sem escrúpulos porque já estão bem monetariamente e forem dadas licenças aos jovens a imagem do taxista vai mudar de certeza absoluta.
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