por Frederico Pinheiro 22 de Março, 2012 in Sol online
A forma encontrada por Cavaco Silva, primeiro-ministro em 1995, para compensar a concessionária pela construção da Ponte Vasco da Gama foi garantir-lhe que ficava com a receita das portagens das duas pontes sobre o Tejo. O acordo, negociado pelo então ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral e agora presidente da Lusoponte, e Eduardo Catroga, então ministro das Finanças e agora chairman da EDP, começou a ser contestado logo quando foi assinado, em 1995, e foi efectuado um reequilíbrio financeiro da concessão de 90,4 milhões de euros.
Desde então, o Estado entregou mais de 273,6 milhões de euros à Lusoponte para compensá-la por não fazer aumentos nas portagens, pela isenção de pagamento em Agosto e por modificações técnicas. O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações anunciou que espera poupar cerca de 40 milhões de euros com o final da isenção do pagamento de portagens em Agosto. As negociações relativas ao nono acordo de reequilíbrio financeiro deverão ficar fechadas este mês.
Mas o PS mostrou, esta semana, no Parlamento minutas governamentais, assinadas por Sérgio Silva Monteiro, que demonstram que o pagamento a efectuar este mês, previsto no novo acordo, é maior do que o que está no acordo em vigor – sobe de 5,1 milhões para 5,4 milhões. Isto porque, segundo o deputado Fernando Serrasqueiro, o governante aceitou compensar em 50 milhões de euros a Lusoponte por alterações na derrama estadual. Fonte oficial do gabinete do secretário de Estado disse ao SOL que «as questões de natureza fiscal competem ao Ministério das Finanças», que terá a última palavra.
A factura de despesas com a Lusoponte pode subir ainda mais. Estão previstos mais cerca de 100 milhões de euros em compensações até 2019 – a concessão acaba em 2030 – e a concessionária fez um pedido de indemnização de 100 milhões de euros. Tal deve-se ao facto de o anterior Governo ter assinado, em 2008, um acordo em que se compromete a compensar a Lusoponte pelo «risco de variação dos impostos», disse Sérgio Silva Monteiro. Na altura o acordo permitiu ao Estado poupar 151 milhões de euros.
todos estes negócios e parcerias publico privadas cheiram a corrupção por todo o lado. Não há dinheiro para sustentar tanto parasita que come come come...
ResponderEliminarPs ,Psd e amigos ,ex governantes sugam o País até não dar mais.Quando é que isto acabará.