Aqui fica a resposta ao nosso protesto desta manhã, sendo de assinalar a prontidão e cortesia, embora o mal já esteja feito.
Exmos. Senhores,
Tomamos em devida nota o vosso e-mail e as preocupações neste demonstradas quanto ao possível impacto patrimonial das obras de remodelação que estão a ser executadas no interior do imóvel.
Efetivamente, tendo em conta que o imóvel em causa se encontra em área histórica e inserido em conjunto com valor patrimonial, é nossa preocupação assegurar nos contratos de locação que as obras de adaptação dos espaços não afetem ou danifiquem a arquitetura e o aspeto estético dos edifícios, pelo que a fachada, assim como todos os elementos exteriores, se manterão, embora devidamente restaurados.
Todavia, como VExas compreenderão, o processo de revitalização social e funcional que se pretende, e que o município acalenta, sobretudo nas áreas históricas, implica necessariamente um esforço de conciliação de valores, até porque, na generalidade das situações – como é o caso – em que se acolhem estabelecimentos comerciais de prestígio, subordinados a uma determinada marca, com uma imagem corporativa estandardizada, a adaptação dos espaços interiores ao conceito implica a remoção de elementos pré-existentes, sem que tal signifique a sua destruição.
Herdámos eventuais erros ocorridos no passado, anteriores à aquisição do imóvel em Agosto de 2007, mas podemos garantir-vos que a nossa organização não abdica da postura “heritage friendly”, a que VExas aludem no vosso e-mail e de que nos orgulhamos. Foi exatamente dentro desse espírito que foi imposta ao Inquilino a remoção criteriosa, por empresa tecnicamente habilitada, de todas as peças de revestimento em lioz retiradas, que permanecerão à nossa guarda, e a sua correspondente catalogação de acordo com as melhores práticas, para a sua recolocação.
Estamos em crer que as obras de remodelação necessárias à instalação deste estabelecimento, que irá seguramente constituir uma mais-valia e contribuir para a revitalização do local, estão a ser efetuadas de acordo com todos os procedimentos legais e regulamentares aplicáveis e que não serão afetados os elementos arquitetónicos e urbanísticos do conjunto edificado em que se insere.
De qualquer modo, registamos as vossas preocupações e não deixaremos de estar atentos ao desenvolvimento dos trabalhos de remodelação do espaço, pugnando pelo cumprimento das prescrições a que, a este respeito, os inquilinos estão contratualmente vinculados.
Com os melhores cumprimentos,
Catarina Lopes
EastBanc Portugal, Lda
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