Aqui, a música é outra ...
Café Florian, Veneza
A instalação de uma discoteca, em dois pisos, sob as arcadas da ala nascente do Terreiro do Paço, e que a entidade de turismo da cidade anuncia como candidata a referência na noite lisboeta, é apenas parte do equipamento que mudará a face desta praça, e que será amanhã inaugurado.
Por Carlos Filipe in Público
Renovado o piso do topo norte, restaurantes, bares e esplanadas completam oferta existente nas arcadas a poente do Páteo da Galé
Chama-se Bar/Club Vintage Terreiro do Paço, e era referido na memória descritiva do projecto de arquitectura de reconversão daquela ala, desenvolvido pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL), apenas como bar/club. Meses depois, o espaço, de 600 metros quadrados, a que se acederá imediatamente antes do torreão, diante da entrada do metro, é agora descrito pela ATL como discoteca, e no seu site oficial pode ler-se que "valoriza o charme, a elegância e o glamour, com uma decoração repleta de influências passadas e celebradas na história da arquitectura e do design português".
No acto inaugural, por ser ao meio-dia, o presidente da Câmara de Lisboa não poderá ainda aludir à nova luz dos candeeiros colocados no topo norte, que rendem guarda às antigas luminárias oitocentistas, mas semelhantes aos que iluminam a via da Ribeira das Naus, junto ao rio. Também o troço viário que liga as ruas do Arsenal à da Alfândega está renovado, com resguardos para os utentes dos transportes públicos. Muitos chapéus de sol das esplanadas de apoio aos restaurantes da ala nascente já estão colocados.
Em Junho de 2011, por ocasião de assinatura do auto de cedência pela Frente Tejo à Câmara de Lisboa da gestão dos pisos térreos daquela ala, e da celebração de protocolo entre o município e a ATL, ficando esta concessionária daquele espaço de 7000 metros quadrados, por 50 anos, tinha sido dito que as cinco esplanadas só abririam em 2013, mas quem já tenha passado esta semana pelo Terreiro do Paço facilmente se apercebeu que tal intenção foi antecipada. Amanhã, à excepção do Lisbon Story Center, um centro interpretativo, a abrir depois do Verão, tudo será inaugurado.
Haverá ainda dois cafés, em paralelo com os já existentes no Páteo da Galé. Um desses estabelecimentos diz-se ser dirigido a todos os adeptos da gastronomia, e de um outro refere-se ter estilo descontraído, com "ementa de fusão entre os produtos portugueses e as diferentes influências de culturas e povos".
O restaurante Museu da Cerveja é descrito como um espaço com ementa baseada nos mariscos, nos bifes lisboetas e em petiscos alfacinhas. Paralelamente, o Museu da Cerveja incluirá um núcleo museológico através do qual dá a conhecer o acervo histórico relacionado com a indústria cervejeira e o seu consumo em Portugal.
Um espaço comum, dito food court, tem propostas mais informais e de um dos espaços salienta-se a oferta de conservas gourmet que poderão ser consumidas ao som do fado.
nåo percebo sinceramente qual o preconceito contra a discoteca. Obviamente que não se vai ouvir nada do lado de fora
ResponderEliminarUma discoteca, ali? Agora imaginem se era no tempo do Santana Lopes.
ResponderEliminarNem percebo como ele fala de tudo e mais alguma coisa menos da CML e do que lá faz. Podia perfeitamente aparecer todo lampeiro a orgulhar-se de que acabaram por lhe dar razão, depois de todas as críticas que lhe fizeram.
As voltas que esta Lísbia dá...
E, já agora, além desses negócios de comezainas e do que antigamente se chamava, em estrangeiro de fora, boîte ou night-club e agora se chama discoteca (como se terão passado a chamar as lojas de discos, ou a morte do CD já foi decretada assim como a falsidade do ressurgimento do vinil?) inaugura-se alguma coisa, uma coisinha só que seja, que esteja ao nível da dignidade, da nobreza e da grandeza do Terreiro do Paço?
ResponderEliminarA partir de sábado
ResponderEliminarMartim Moniz com 'nova vida'
A praça do Martim Moniz vai receber, a partir de sábado, restaurantes, animação e um 'mercado de fusão', numa tentativa para dar uma nova vida àquela zona de Lisboa, disse hoje o mentor do projecto.
"O objectivo é revitalizar aquela zona, encaixando com o que já existe na zona envolvente. Queremos trazer sangue novo à praça. Queremos criar uma nova cidade dentro da cidade", disse José Rebelo Pinto, administrador da empresa NCS, à Lusa.
A praça vai ser invadida por 10 restaurantes multiculturais, uma esplanada com capacidade para 300 lugares sentados, um 'mercado de fusão' e um espaço cultural.
Segundo José Rebelo Pinto, irá ser servida comida do Bangladesh, indiana, asiática, africana, portuguesa, latina, vegetariana macrobiótica, chás frescos chineses, e sushi.
Os restaurantes vão estar abertos todos os dias, das 10:00 às 22:00, prolongando-se o horário aos fins-de-semana até à meia-noite.
Aos fins-de-semana acontece também o mercado de fusão, das 10:00 às 19:00, composto por 36 stands que irão juntar lojas do Bairro Alto e da Baixa com pequenos negócios de comerciantes daquela zona.
"Temos também um espaço para a cultura, por onde irão passar workshops, actividades, concertos, DJ, exposições, cinema documental, entre outros", disse o mentor do projecto.
Em declarações à Agência Lusa, o vereador do Espaço Pública na Câmara de Lisboa José Sá Fernandes disse estar "muito contente" com esta iniciativa.
"Toda a gente pensa que não se pode ir ao Martim Moniz, mas é um grande sítio da cidade de Lisboa", acrescentou Sá Fernandes, destacando os restaurantes, as fontes a funcionar e o mercado de fusão que irão surgir na praça.
em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/martim-moniz-com-nova-vida