17/06/2012

Câmara nega que esteja a substituir funcionários.


O vereador do Ambiente Urbano da Câmara de Lisboa afirmou ontem que as acusações do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local de que a autarquia está a substituir trabalhadores de recolha do lixo em greve "não têm qualquer fundamento".
José Manuel Marques, dirigente do sindicato, disse que começaram a aparecer no serviço trabalhadores externos ao sector e alguns do sector, mas cantoneiros de limpeza, não motoristas. "O que está a acontecer é uma grosseira violação da lei da greve, que não permite que, a partir da emissão do pré-aviso, sejam contratados, admitidos ou transferidos trabalhadores que não trabalhem no serviço que é afectado pela greve".
O vereador José Sá Fernandes refutou estas acusações, esclarecendo que a autarquia está "a utilizar todas as pessoas [do serviço de limpeza e higiene urbana] que não estão a fazer greve para tentar minimizar os efeitos da acumulação de lixo". "São pessoas do serviço que estão a trabalhar para esse serviço e nós estamos a tentar distribuí-las pelos sítios em pior situação", sustentou.
Sá Fernandes ressalvou que "as pessoas têm todo o direito de fazer greve", mas, defendeu, a autarquia tem de minimizar os efeitos da paralisação.
Relativamente às críticas do sindicato de que estes trabalhadores recrutados não têm formação para conduzir as viaturas de recolha do lixo, colocando em risco a integridade física e a vida dos cantoneiros de limpeza e dos cidadãos, o autarca afirmou que "também não têm qualquer fundamento".
Sobre os impactos da greve parcial, que decorre desde segunda-feira e termina no domingo, Sá Fernandes disse que "tem tido efeitos, é evidente", mas que a autarquia está a "controlar a situação".
Sá Fernandes contou que, nas celebrações dos Santos Populares, "os bairros históricos tinham grande acumulação de lixo" e, graças ao "grande trabalho dos trabalhadores da autarquia", conseguiu-se limpar as ruas. Quanto à reivindicação dos trabalhadores do pagamento de horas extraordinárias em atraso (cumpridas há um ano, nos arraiais), bem como o pagamento das ajudas de custo e da totalidade do subsídio nocturno, Sá Fernandes disse que "o problema está a ser resolvido". Lusa
in Público

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