Shangai
«Mudar cidades inteiras pode ser muito dispendioso», ilustrou.
Tillerson ( Exxon ) ao contrário do seu antecessor Lee Raymond, reconheceu que a temperatura está a aumentar, dando por adquirido que este aumento vai ter consequências.
Andrew Weaver, que dirige a análise e a modelação climática na Universidade canadiana de Victoria, discordou da caracterização dos modelos feita por Tillerson.
Argumentou que a modelação permite identificar em muito o tipo de alterações climáticas que são prováveis e que, acentuou, a adaptação a estas mudanças será muito mais difícil e perturbadora do que Tillerson admitiu.
Outro interveniente, Steve Coll, autor do livro recentemente publicado 'Private Empire: ExxonMobil and American Power' [Império Privado: ExxonMobil e o Poder Americano], manifestou-se surpreendido por a ExxonMobil falar em adaptação às alterações climáticas, quando ainda há tempo para procurar evitar as suas piores consequências.
«Mudar cidades inteiras pode ser muito dispendioso», ilustrou.
ExxonMobil: Medo sobre alterações climáticas é exagerado
28 de Junho, 2012O presidente executivo da ExxonMobil, Rex Tillerson, afirmou ontem que os receios sobre as alterações climáticas, as perfurações e a dependência energética são exageradas, noticia a agência AP.
Durante um discurso no Conselho de Relações Externas, Tillerson admitiu que a queima de combustíveis fósseis está a aquecer o planeta, mas acrescentou que a sociedade seria capaz de se adaptar.
Os riscos associados às perfurações para obter petróleo e gás estão bem identificados e podem ser reduzidos, garantiu.
Considerou ainda que a dependência de nações estrangeiras relativamente ao petróleo não é preocupante, enquanto o acesso ao abastecimento estiver assegurado.
Tillerson censurou o público por ser «ignorante» em ciência e matemática, a comunicação social por ser «preguiçosa» e os grupos de pressão por «fabricarem medo», com concepções erradas sobre energia.
Realçou também as recentes descobertas significativas de petróleo e gás na América do Norte, que permitiram reverter o declínio na produção dos EUA nos anos recentes.
Elogiou ainda a capacidade da indústria petrolífera satisfazer o consumo mundial, durante os dois anos de instabilidade no Médio Oriente, a principal região produtora de petróleo e gás.
«Todos, em todos os lugares do Mundo, foram capazes de obter a energia que queriam para as suas economias», realçou.
Durante o seu discurso, e na sessão de perguntas e respostas que se seguiu, Tillerson abordou, entre outras, a questão das alterações climáticas.
Tillerson, ao contrário do seu antecessor Lee Raymond, reconheceu que a temperatura está a aumentar, dando por adquirido que este aumento vai ter consequências.
Porém, questionou a capacidade dos modelos climáticos predizerem a dimensão do impacto.
Considerou também que as pessoas serão capazes de se adaptarem à subida do nível das águas do mar e às alterações climáticas, que podem forçar mudanças na agricultura.
«Passámos a nossa inteira existência a adaptar-nos. Vamos adaptar-nos», disse, entendendo que «este é um problema de engenharia e que vai haver uma solução de engenharia».
Andrew Weaver, que dirige a análise e a modelação climática na Universidade canadiana de Victoria, discordou da caracterização dos modelos feita por Tillerson.
Argumentou que a modelação permite identificar em muito o tipo de alterações climáticas que são prováveis e que, acentuou, a adaptação a estas mudanças será muito mais difícil e perturbadora do que Tillerson admitiu.
Outro interveniente, Steve Coll, autor do livro recentemente publicado 'Private Empire: ExxonMobil and American Power' [Império Privado: ExxonMobil e o Poder Americano], manifestou-se surpreendido por a ExxonMobil falar em adaptação às alterações climáticas, quando ainda há tempo para procurar evitar as suas piores consequências.
«Mudar cidades inteiras pode ser muito dispendioso», ilustrou.
Lusa/SOL
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