O gradeamento da igreja de S. Julião é claro que não volta mais. Os pilares de pedra ficaram….o
ferro foi-se. Partindo do princípio que os dois chegaram aqui ao mesmo
tempo (elementos inseparáveis), faziam portanto parte integrante da
mesma época e, deviam ser respeitados como tal. Mas a culpa não é sua sr. arquitecto….mas de quem lhe emprestou património para o sr. brincar.
Não estou seguro que os gradeamentos sejam da mesma altura, creio que são até bastante posteriores...
ResponderEliminarE sinceramente, não sendo necessário proteger esse "espacinho" que as grades criavam. Até não vejo com maus olhos a retirada dessas grades...
Se o gradeamento é posterior os pilares apareceram lá no séc. XIX para....enfeitar ?
ResponderEliminarA funcionalidade é de menor peso no que concerne ao património que também não tem de estar dependente de lógicas mercantilista e económicas mas antes protegido contra elas.
ResponderEliminarAs grades fazem parte de um todo e devem regressar!
Mas quando os arquitectos podem dispor do património, nacional ou de interesse municipal, como muito bem entendem, é natural que dêem largas à sua imaginação. A responsabilidade para esses devaneios é do dono da obra ou do responsével pela sua integridade, no caso de património de interesse público. No caso concreto da igreja de S. Julião, em tempos cedida ao Banco de Portugal para garagem, durante anos preservou-se a fachada. Tratou-se de decisões dos anos 40 do século XX, suponho, por troca de terrenos na parte nova da cidade de Lisboa, para construção de igrejas nas áreas de expansão urbanística da capital. Pelo menos num desses casos (igreja da Conceição Nova, vizinha da de S. Julião), parte do seu interior foi transposto para a Igreja de S. João de Brito, razoavelmente adaptado. Agora, a propósito das novas obras do Banco de Portugal, tentou-se fazer uma "torre" de ar condicionado que tapava parcialmente a torre sineira, que ainda resiste, porque o IPPAR (ou novo nome que agora tem...)forçou o dono da obra. No entanto, o arquitecto tinha de inovar em qualquer coisa. Assim, no cunhal da velha igreja, que deita para a Praça do Município, foi enxertada uma "janela" de vidro espelhado que, naturalmente, tem tudo a ver com a fachada do século XVIII... Então, qual a razão para manter o gradeamento? Aliás, como os elementos de ferro fundido têm cada vez maior procura no mercado, porque não retirá-lo e vendê-lo para sucata ou para decorar mansões que se vão construindo por aí. No Terreiro do Paço não se abateram todos os candeeiros do século XIX para os substituir por uns canudos ultra-modernos que pouco ou nada iluminam? E aqui estamos perante uma praça classificada como monumento nacional! Assim vai o mundo...
ResponderEliminarJ. H. Ferreira
Já as grades foram fundidas e vendidas e ainda aqui andam com justificações da treta com 'estética'. O que aconteceu foi, claro está, mais um exemplo do roubo constante que há em Lisboa de peças de ferro forjado, nada mais, nada menos.
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