Sempre a seguir com muito interesse estas iniciativas positivas para Lisboa ... pena que ... todas estas iniciativas com qualidade se concentrem na Baixa-Chiado ... enquanto a Baixa prossegue na sua curva descendente e decadente...
António Sérgio Rosa de Carvalho.
Os travesseiros de Sintra chegaram ao Chiado e querem ficar
Por Miguel Branco, publicado em 1 Set 2012 in (jornal) i online
Dizem os que sabem (sobre travesseiros, entenda-se) que a espessura certa é de 4 milímetros e o tamanho de 12 por 12 centímetros. Massa folhada caseira, chá de ovos moles com amêndoa e o toque final fica para as mãos de cada um. Diga-se o que se disser, os travesseiros de Sintra são um mimo de doçaria. O P Chiado acaba de chegar à baixa lisboeta e traz os travesseiros consigo. A isso há que juntar as queijadas, os pasteis de feijão, as tortas de Azeitão, as empadas de porco preto, cogumelos selvagens e... está cansado? Dirija-se ao número nove da Rua da Horta Seca, junta ao Largo Camões, sente-se e aproveite. E não é que estão sempre quentinhos?
“Os travesseiros de Sintra são sobejamente conhecidos e toda a gente lá vai. O que nós fizemos foi trazer essa ideia para uma zona movimentada e turística como é o chiado. Trouxemos os melhores produtos para cá, que sejam do dia e que estejam sempre quentinhos, até porque temos um sistema que permite que os travesseiro estejam como se tivessem acabado de sair do forno”, garante João Godinho, um dos proprietários do negócio.
Por esta altura já o leitor deve estar impaciente para saber, efectivamente, quais são os melhores travesseiros de Sintra? Pedimos desculpa mas esse é um segredo da casa. “Decidimos não revelar, fica como efeito surpresa, mas quem quiser basta passar e por aqui e vai perceber que são os melhores”, assegura João.
Talvez ainda lhe reste uma dúvida: mas como é que estes três sócios conseguiram perceber quais são os melhores produtos, desde os travesseiros, passando pelas tortas e acabando nas empadas? A resposta é simples: “No início, o que fizemos foi andar de porta em porta a saber quais são os melhores travesseiros e todos os outros produtos. Andámos por Sintra, Azeitão e outros locais. [Comer tanto] Foi muito duro, mas faz parte do trabalho, teve que ser”, brinca o proprietário.
Actualmente continua a não ser fácil, mas nada como o levantar cedo-e-cedo-erguer para resolver a questão e abrir as portas às nove da manhã. “Acordamos às seis da manhã e vamos buscar as tortas e os travesseiros, normalmente vamo-nos revezando. Um vai dar a volta e o outro vai dando um jeito aqui no espaço”, conta Ricardo Oliveira, outro dos sócios.
Para ambos, o conceito explica-se pela simpatia e naturalidade: “Somos jovens, descontraídos e fazemos um atendimento personalizado, contrariamente ao que se possa pensar não somos um projecto massificado para chegar aos turistas. É claro que os ajudamos no que for preciso, mas foi mais a pensar nos lisboetas, estamos a prestar serviço público”.
O espaço é bastante acolhedor e a música de fundo ajuda a esquecer o dia de trabalho, no início ou no fim Além disso, este espaço também funciona como uma mercearia, mas algo distinta. “Tentámos fugir a esta nova moda das mercearias gourmet e não quisemos ter os produtos que toda a gente tem, exclusivamente portugueses. Então fizemos aqui uma mistura. Muita gente acha que se trata de decoração mas não é”, explica João. Aí pode encontrar moscatel de Setúbal, amendoins, fermento, atum, ginjinha de Óbidos, entre outras propostas. O P Chiado funciona de segunda a sábado, das 9h às 20h. Bom apetite.
P Chiado, Rua da Horta Seca, nº9;
E eu que falava agora mesmo sobre ir a Sintra comer uns docinhos e eles aqui tão perto. Ah, vou ter que experimentar, vou!
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