Praça do Município em Braga. Um bom exemplo de utilização de uma praça barroca. Em Lisboa a nossa praça do Município, pombalina, já pouco mais é que uma cobertura de um estacionamento subterrâneo: um grande edifício de betão armado para armazenar automóveis e onde já não é possivel crescer árvores. Muitas pequenas e médias cidades do país mostram mais vitalidade e competência em gestão urbana do que a capital. Bem perto de Braga a cidade de Guimarães apresenta um centro histórico com niveis de conservação e restauro à altura dos padrões europeus - ao contrário do centro histórico de Lisboa que tem vindo a perder terreno nesta área. Cada vez observamos mais soluções fáceis e superficiais, sem substância teórica suficiente. Lisboa está a ser vítima de demolições de interiores, "fachadismo" que estão a transformar os bairros históricos num cenário de cartão. Com cada demolição integral de interiores aprovada a CML está a contribuir para a importação de estilos de vida com características de subúrbio (a garagem, para o pópó individual, parece ser o mais importante dos apartamentos em bairro histórico!). Está na moda "regressar" ao centro da cidade e viver num "palácio" ou prédio pombalino - mas estes novos "habitantes" não estão dispostos a abandonar a vida suburbana que entretanto adoptaram nas últimas décadas. É o império da imagem a matar a cidade histórica.
Lisboa é gerida como um subúrbio, em grande parte por gente suburbana que trata o centro/bairros históricos como quaisquer outros bairros da cidade. Não lhe dão prioridade nem dignidade. Sendo o coração da capital, é uma vergonha nacional.
ResponderEliminarParabéns, um exemplo nacional (há muitos óptimos por cá). Concordo com a publicação. Apesar de achar que Lisboa está a melhorar (em alguns aspecto como é óbvio, não em todos). reabilitar os prédios quase em ruínas que estão por a cidade, que não são poucos, já é um óptimo começo (parece que as coisas estão a evoluir bastante, nesse aspecto). Mas, também depende da reabilitação, como é óbvio.
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