(...) a utilização do transporte individual continua no topo
dos hábitos dos portugueses, representando 84,1% das deslocações efectuadas. A
média da União Europeia é 80,8%.
Em alternativa, 10,6% dos portugueses deslocaram-se de
autocarro, 4,1% de comboio e 1,1% de metro ou eléctrico. A utilização do
autocarro, que vinha a cair desde 2000, aumentou 1,3% para 10,6 milhões de
passageiros-quilómetro.
Os dados divulgados por Bruxelas demonstram que Portugal é o
país da União Europeia a 27 onde a extensão das auto-estradas mais cresceu nos
últimos 20 anos. No final de 2009 existiam 2.705 quilómetros de auto-estradas,
um valor 860% superior ao registado em 1990 (316 quilómetros).
Apenas Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido possuem
uma extensão de auto-estradas maior do que Portugal. Itália tem cerca do dobro
dos quilómetros de auto-estradas, mas tem seis vezes mais habitantes. O_Reino
Unido tem três vezes mais habitantes do que Portugal e apenas mais 1.000
quilómetros de auto-estrada. (...)
Assim, não é de espantar que os portugueses sejam dos povos que
mais carros possuem. Para percorrerem as auto-estradas, estão registados 4,5
milhões de carros, uma subida de 2,1 milhões de viaturas em vinte anos. (...)
Segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal, divulgados
esta semana, no primeiro semestre de 2012 foram vendidos 61.212 automóveis,
menos 43,9% do que no mesmo período de 2011. No ano passado as vendas de
automóveis já tinha caído 31,3%. in SOL 6 Julho 2012
E qual é a percentagem de portugueses que deslocaram-se de bicicleta?
ResponderEliminarSem comentários.
ResponderEliminarPor estes indicadores também se medem o grau de instrução e de cultura de um Povo.
Agora estes governantes ainda não estão preocupados com políticas de sustentabilidade dos meios de transporte. Estas políticas deveriam ser simultâneas com o saneamento financeiro das empresas públicas. Isso não está a acontecer.
O transporte colectivo, público e privado, tem de ser de imediato estudado e serem implementadas decisões articuladas com as Autoridades Metropolitanas de Transportes, com o Ministério do Ambiente e com os Planos de Mobilidades que deviam estar em plena comunhão com os PDMs e PROTs.
Porque ao fim de ano e meio essa articulação ainda não saiu dos gabinetes?
O Caos do trânsito, as insuficiência da mobilidade, continuam a gerar milhares de horas de desperdício nas deslocações com os inerentes prejuízos na Economia.
Quem faz ver a premência das decisões ao Governo, ao mesmo tempo que se revê as PPP ou as concessões.
A contratualização tem que avançar já.
O Blogue deve continuar atento.
Não é verdade que os portugueses sejam dos que mais carros possuem. Boatos desses ficam bem neste forum mas não são confirmados pelos factos:
ResponderEliminarhttp://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_vehicles_per_capita
A população de Portugal também passou de rural a urbana mais recentemente do que muitos dos outros países com que estamos a ser comparados. Isso quer dizer que ainda há muita gente com raízes e família num aldeia algures no interior que visita algumas vezes por ano. Para essas viagens é preciso ir de carro.
Sim, Portugal tem muitas auto-estradas mas também está a pagar por elas. Eu nunca paguei portagens no Reino Unido.
Portugal is the fourth per capita in motorways: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_OECD_countries_by_road_network_size
ResponderEliminar"Assim, não é de espantar que os portugueses sejam dos povos que mais carros possuem."
ResponderEliminarIsto não é verdade. Na Europa Ocidental, somos mesmo dos últimos.
Lá está o F Jorge a contradizer-se mais uma vez.
ResponderEliminarPrimeiro diz que só em Portugal é que se vê e anda de carro, e que no resto da Europa não há!!! Depois em Portugal representa 84% contra 80% das deslocações na UE!!!!!
Caros Comentadores,
ResponderEliminardesde quando é que a Wikipedia é uma fonte aceite em qualquer meio académico? Por favor, haja rigor.
Não é necessário estatísticas para ver que o trânsito está imparável e selvagem como nunca, o que significa que os automobilistas - que se esquecem que são também peões, e o contrário não é assim, nem sempre peões são automobilistas - estão cada vez mais egoístas. O fato de não haver estacionamento é um problema único e exclusivo de quem conduz um carro e assume toda a responsabilidade inerente a tê-lo, não é um problema do traseunte que tem o direito de ter passeios livres e passadeiras. A polícia e os políticos estão, simplesmente, em flagrante ilegalidade, por ação e omissão, ao pactuarem com este estado de coisas. Este não é um Estado de Direito, digam o que disserem.
As percentagens apresentadas podem não explicar tudo.
ResponderEliminarEu gostava é de ver as percentagens das pessoas que estão junto as grandes cidades e se deslocam de carro para a cidade, ai sim acho que os números portugueses devem ser muito superiores aos do resto da Europa.
Precisamente, Edgar Madureira!
ResponderEliminar" Anónimo Edgar Madureira disse...
ResponderEliminarAs percentagens apresentadas podem não explicar tudo.
Eu gostava é de ver as percentagens das pessoas que estão junto as grandes cidades e se deslocam de carro para a cidade, ai sim acho que os números portugueses devem ser muito superiores aos do resto da Europa."
Houvesse melhores transportes públicos. Temos pena.
Quanto ao idiota anónimo que postou antes de si: se só conhece imbecis que estacionam ou param em cima de passeios, não respeitam as regras de circulação entre automóveis e entre estes e peões, o problema é seu.
Em quase uma década de posse de carta de condução, tenho ZERO coimas e multas e ZERO acidentes; pago bem por estacionamento, quer em lazer, quer a trabalhar. Assim sendo, não me ponha no mesmo saco da maioria das bestas que são os condutores portugueses.
Mais delicadeza não fica mal.
ResponderEliminarNão interessa ao Blogue que eu diga que tenho 43 de bícipede e que sou cinturão castanho.
O facto é que é insustentável este movimento pendular.
Porque não exigimos mais transportes colectivos ou corredores dedicados para bicicletes?
Como?
Centenas de cartas a chegar às Câmaras Municipais exigindo respostas é um pequeno passo.
Participar nas reuniões da Câmara ou Assembleias Municipais, também.
Se não formos exigentes, as contradições vão agravar-se.
Carros riscados, com vidros partidos, pneus furados, grafitis, etc.
É preciso rapidamente compreender e discutir esta situação.