20/12/2012

Lisboa quer fazer da Praça de Espanha um 'jardim de utilização intensa'

Por LUSA/SOL On line (19/12/2012)

«A Câmara de Lisboa aprovou hoje uma proposta para fazer da Praça de Espanha um "jardim de utilização intensa", retirando o terminal de autocarros, a feira e a rua que atravessa a praça.

A Câmara de Lisboa aprovou hoje, com o voto contra do PCP e a abstenção do PSD e do CDS-PP, o envio para discussão pública do projecto, cujo objectivo é "tornar utilizável a área central da Praça de Espanha e fazer dela um jardim de utilização intensa", disse o vice-presidente da câmara, Manuel Salgado.

O vereador do Planeamento e Política de Solos disse que "é possível, retirando os comerciantes e o terminal de transportes, fazer uma rotunda triangular e ganhar quatro hectares de terreno e fazer um jardim".

"É um ganho substancial de espaço verde público nesta zona", considerou.

À agência Lusa, o vice-presidente acrescentou que o terminal de autocarros será desviado para Sete Rios e que a feira será desviada para o Bairro das Amendoeiras.

Manuel Salgado disse que o valor da intervenção ronda os 11 milhões de euros, que "serão suportados pelo banco Montepio e a companhia de seguros Lusitânia", que se querem fixar em terrenos municipais da Praça de Espanha, pelo "acerto de terrenos e compensações".

O autarca socialista indicou que em Janeiro será lançado um concurso público de ideias de arquitectura e paisagismo para "encontrar a melhor solução" para a zona, para que, em Maio "exista uma proposta de solução" definida.

O vereador do CDS-PP, António Carlos Monteiro, relembrou que esta é uma proposta semelhante a uma apresentada pela candidatura 'Lisboa Com Sentido', uma coligação que juntou o PSD, CDS-PP, PPM e MPT nas últimas eleições autárquicas, questionando quais os fundamentos para a autarquia alterar o limite de edificabilidade estabelecido no Plano Director Municipal (PDM).

Um ponto que foi levantado também pelo vereador do PCP presente na sessão, Carlos Moura, que questionou ainda a autarquia pela utilização de uma unidade de execução e não de um plano de pormenor nesta matéria.

Os vereadores mostraram-se preocupados também com a situação futura dos comerciantes da Praça de Espanha...»


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Bom, parece que o túnel deu lugar a um triângulo... por mim, retirava-se já aquela feira imunda, e plantavam-se árvores. No lote vago pelo Teatro Aberto, plantavam-se mais árvores. O terminal de autocarros em Sete-Rios? Bom, aquilo já é a nova "câmara de gás" de Lx, pelo que acho que devem ficar no mesmo sítio, o problema, aliás, é o tipo de autocarros que estacionam (sucata, basicamente) na Praça de Espanha, e as paragens dos mesmos, num suposto "terminal de passageiros", digno de sucata, também; mas como já se percebeu que esses terrenos do tal de terminal são para construção em altura e "remate" urbanístico, por isso é que aparecem os 11 milhões, é isso?

4 comentários:

  1. Sempre a mesma mania...

    Como são incapazes de fazer o que dá trabalho, exige paciência e competência, volta e meia aparecem com estas ideias para encher o olho ao patego.

    Estando a Praça de Espanha transformada num carrossel de automóveis, tudo o que lá se fizer não vai adiantar. Só se se retirasse de lá o carrossel, o que é evidentemente impossível.

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  2. Bem observado! Este negócio cheira mal que tresanda. Existem antigas obrigações do Montepio e da CML como o Museu para o espólio do pintor Cargaleiro que nunca foram cumpridas. Mudar as camionetas para Sete Rios que já está transformado numa aberracção quer em termos ambientais, quer de trânsito, etc. É uma anedota, mas também tem negócio por trás. A retirada da Feira que há muito é provisória será básicamente a única coisa positiva. Quanto aos Jardins até tremo para ver a porcaria que lá vão fazer. Ultimamente a CML ou mata árvores com a desculpa que são infestantes ou estão doentes ou "requalifica" os jardins tal e qual aquelas senhoras que penteiam e vestem os seus caniches. Isto para não falar nas ditatoriais ocupações dos jardins a que chamam "animações". Quem quiser cometer o pecado de pensar e ou descansar o melhor é fazê-lo nos cemitérios, mas cuidado pois se eles sabem, vão a correr lá pôr quiosques e música, centro de interpretações e outras tretas desta época.

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  3. Não podia concordar mais, esta notícia, é mais do mesmo que a CML nos tem impingido. Dão com uma mão algo envenenado e mal-cheiroso, mas com um grande embrulho de presente chamando-lhe algo tão bom com um jardim. Mas depois vai-se a ver e isto não é mais do que dar mais dinheiro em capacidade construtiva ao Montepio o qual não cumpriu sequer provavelmente os anteriores acordos. Quanto é que apostam que vão nascer ali mais uns monstros com a desculpa que é para ajudar a construir o tal Jardim? O qual se a CML não tivesse destruido de propósito os seus serviços poderia ser feito muito em conta, com o próprio plantio, mão-de-obra, etc da CML. Não é à toa que este executivo está a destruir tudo de mansinho. Vejam a patetice das UIT, vejam a deterioração da nossa cidade, mas a continuação da intenção de construção de mamarrachos, vejam o que se está a preparar para a zona de Picoas, que já está poluída e atafulhada. Terá de ser inventada uma nova palavra para este novo tipo de gente que é simultaneamente parola, incompetente, criminosa e deslumbrada pelo poder.

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  4. Transformar a Praça de Espanha num JARDIM DE UTILIZAÇÃO INTENSA não lembrava ao careca. Juizinho faz muita falta.

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