05/12/2012

Trabalhadores apresentam hoje a António Costa alternativas ao fecho da EPUL.



Trabalhadores apresentam hoje a António Costa alternativas ao fecho da EPUL
Por Ana Henriques in Público
Dirigente do PSD defende que Câmara de Lisboa não deve integrar funcionários, mas rescindir contratos
Os trabalhadores da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) deslocam-se hoje à Câmara de Lisboa numa tentativa de convencer o presidente da autarquia, António Costa, a desistir de extinguir a empresa, como já anunciou.
Querem apresentar ao autarca alternativas ao encerramento, de forma a que este cancele a reunião de câmara extraordinária agendada para hoje, unicamente para deliberar sobre o fim da EPUL, empresa municipal com mais de quatro décadas de existência.
A criação de um fundo imobiliário para arrendamento de habitações a preços controlados gerido pela empresa, no qual participariam entidades públicas e privadas, é uma das ideias em cima da mesa, explica um porta-voz dos trabalhadores, Pedro Vicente. Outra passa por a empresa passar a promover reabilitação urbana em vez de prédios novos, um desígnio há vários anos anunciado pelos responsáveis camarários, mas nunca concretizado. Pedro Vicente adianta que a estratégia pensada pelos funcionários da EPUL passa ainda pela valorização dos activos da empresa, sobretudo terrenos, que "podem atingir os 350 milhões de euros", e pelo reforço da sua internacionalização.
Quando anunciou o fim da EPUL, há uma semana, António Costa alegou que a função para a qual e empresa foi criada, a urbanização da cidade, se esgotou. Prometeu, no entanto, que iria integrar a centena e meia de trabalhadores da EPUL na Câmara de Lisboa. Mas se isso depender do PSD, não conseguirá cumprir a promessa. O líder da concelhia social-democrata, Mauro Xavier, defende que não faz sentido integrar as pessoas, "porque assim não se vai poupar nada", e que é melhor a autarquia rescindir os contratos. "É uma medida muito socialista, passar a despesa de um lado para o outro", criticou.

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