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«Exmos senhores,
Vivo em Lisboa e participo escrevendo, criticando, alertando para o estado em que se encontra muitas vezes a cidade de Lisboa. Tomei conhecimento do vosso blogue pela comunicação social e na sequência do email que mandei há poucos minutos para o CML ( da qual recebo habitualmente uma resposta automática e pouco mais), pensei que seria importante também vos alertar para a seguinte situação.
Em plena avenida da Liberdade, vários bancos públicos ( inicialmente 2, agora já 4 do lado direito de quem sobre e 1 do lado esquerdo) apresentam-se ocupados por sem abrigo. Para além da questão social grave, verifico que os referidos bancos ficam cheios de papelões, cobertores e lixo diverso durante o dia e noite. Já cheguei a ver os referidos individuos a urinar no jardim e a tomarem banho no lago do mesmo.
Parece-me uma situação indigna de uma cidade europeia e os tempos de crise não podem permitir que estas situações se tornem aceitáveis, nem em termos sociais como em termos visuais na principal avenida da capital.
Deixo-vos uma foto.
Com os melhores cumprimentos e votos de um bom ano.
Sérgio Condeço»
Do que me parece, está mais preocupado com a estética que os "referidos indivíduos" produzem na cidade, do que propriamente com a sua situação miserável...
ResponderEliminarUm bom ano para si também... e um pouco mais de sensibilidade no que escreve...
para anónimo das 9:41 a.m.
ResponderEliminarquando vi um comentário pensei logo que era de um demagogo sensasionalista com criticas desse género.
tão previsível e errado já que a autora revelou preocupação na higiene, o que é muito diferente de estética.
Concordo com o anónimo das 9.41: então as pessoas ficam sem casa e sem emprego e já nem no banco do jardim podem dormir? Ou será que podem mas só em zonas "escondidas" dos turistas e dos burgueses das avenidas?
ResponderEliminarA situação miserável dos indivíduos não justifica certas atitudes e comportamentos por parte dos mesmos! AHH... E É SÓ A OPINIÃO DE UMA PESSOA QUE JÁ ESTEVE NA MESMA SITUAÇÃO!!!
ResponderEliminarVão-se queixar à porcaria do nosso Governo porque, se isto continua assim, qualquer dia nem há bancos de jardim disponíveis para tantos sem-abrigo.
ResponderEliminarCada dia que passa é mais fácil cair na rua, infelizmente, mas para certas pessoas o importante é esconder...olhos que não vêem, coração que não sente. Haja mais sensibilidade pois são pessoas, não são coisas! Olhem que a vida dá muitas voltas, não se esqueçam disso!
No Jardim de S. Bento, mesmo mesmo mesmo junto à AR e à residência oficial do PM, há um sem-abrigo ocupando um banco, mas ninguém se rala nadinha.
ResponderEliminarOlhe sr. Sérgio, pergunte-lhes se os pode ajudar ou fazer alguma coisa por eles...
ResponderEliminarDesejo-lhe que nunca tenha de passar por essas situacoes horrorosas de urinar nos jardins ou ter de tomar banho nos lagos públicos...
Infelizmente a situação denunciada, relativa aos bancos da avenida da Liberdade "ocupados" por seres humanos que sobrevivem em condições da maior indignidade, também se repete na rua da palma onde um sem abrigo "sobrevive" nos abrigos das paragens do autocarro, sem a menor higiene, e na maior miséria. Além disso, o referido senhor parece ser doente e as autoridades nada fazem para levar a um hospital, trata-lo e providenciar condições de vida mais humanas que aquelas em que ele actualmente está. Acresce a isso que as paragens dos autocarros ficam também em condições de higiene deploráveis. Não me parece que isso sejam só "preocupações estéticas" mas sim de saúde pública e com a dignidade humana que todos merecemos.
ResponderEliminarpara evitar situações de falta de higiene, existem sanitários e balneários públicos...
ResponderEliminaro problema não é os bancos ocupados e sujos, o problema é a miséria em que se vive. Como morador da Baixa estes sintomas aumentam diariamente e não, não há sanitários e banhos públicos na zona. Defecar e urinar entre carros é comum, não apenas por sem-abrigo. Turistas, passeantes e alcoolizados recorrem à rua para se aliviarem porque pura e simplesmente não têm como. A não ser que utilizem os wc's de cafés que agora cobram pela sua utilização.
ResponderEliminarIndigno é querer não ver, esconder dos que nos visitam as condições em que abandonamos o nosso semelhante.
Deixe lá isso do mau cheiro e da vista ferida sr. Condeço.
Caros
ResponderEliminarNão é aceitável tanto sem abrigo em Lisboa com tanto prédio devoluto.
Tem de haver solução para está nesta situação porque não tem alternativa... quanto aos outros, temos pena, existem regras mínimas de convivência em sociedade... mesmo para os indigentes por opção.
Não há mecenas entre os senhorios?
ResponderEliminarHá senhorios com mais de um prédio desocupado.
Sabem que há sociedades ou empresas proprietárias, senhorias de vários prédios desocupados? Se existem assistentes sociais, existem Misericórdias, Paróquias e filantropos, então é tão difícil dialogarem e pôrem em marcha projectos temporários para os sem abrigos não estarem na rua?
É difícil organizar sinergias, vontades e amor, em Lisboa?
Não existe tanta gente com vocações de contributos para minimizarem estas situações?
Ou os criativos só surgem para o negócio?
A falta de preocupações estéticas contribui para o ambiente degradado que nos rodeia, deprime e afunda. Lisboa e um produto turístico essencial a economia nacional. Há que pensar nisso. Espantam-me os comentários agressivos de quem acha que um sem abrigo tem direito a um banco de jardim. Um sem abrigo tem que ter, num pais como o nosso, a rápida intervenção de ajuda e recuperação de uma dignidade mínima. E tem que haver falta de tolerância para esta situação sim, porque ela resulta da falta de meios, de sucesso ou de eficácia por parte das autoridades e organizações que intervém nesta área. E será para estas instituições que temos que dirigir essa intolerância, obviamente. Num blog importante como este, gostaria de ver mais opiniões reflectidas e interessantes e por isso seria interessante que o sr. Administrador filtrasse os comentários vazios e puramente agressivos. Cumprimentos.
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