29/01/2013

Lisboa, Capital do Azulejo: Mais 2 para DEMOLIR

 Av. Almirante Reis / Rua Febo Moniz
Rua José Estevão
Em 2010 a P.B.A.- Gestão Imobiliária, Lda. apresentou à CML um pedido de demolição e construção nova para a Rua José Estevão 131 (220/EDI/2010).
 
Mais uma vez o Pelouro do Urbanismo da CML aprovou o pedido e este prédio, com fachada integralmente revestida de Azulejo (e platibanda com elementos em cerãmica da famosa Fábrica das Devezas), vai ser DEMOLIDO.

Tanto se fala da importância do Azulejo para a identidade e competitividade da nossa cidade (PISAL, Carta Municipal do Patrimonio, etc) mas depois é desta forma que actua a CML: «uma no cravo e outra na ferradura». Este prédio fica mesmo em frente do Jardim Constantino.

Infelizmente este caso não é único. Bem perto deste local, mais a baixo, no cruzamento da Avenida Almirante Reis 67 / Rua Febo Moniz 1-11, um outro prédio do início do séc. XX, neste caso particularmente muito rico em revestimento azulejar mas no seu interior (de gosto Neo-Manuelino), já tem projecto de demolição integral dos interiores aprovado. 

Nos últimos anos o Bairro da Estefânia tem vindo a perder vários imóveis património como estes. Qual o destino dos azulejos? Partidos e enviados para um vassadouro? Vendidos para os EUA? Porquê este desprezo pelo património de Lisboa?

2 comentários:

  1. Não há ninguém que dialogue com os proprietários?
    Tantas comissões que exitem neste País...
    Independentemente de não estarem classificados, não podemos estar ao sabor de patos-bravos, engenhocas ou arquitontos.
    Lisboa tem sido desfigurada aceleradamente.
    Por exemplo, a Ordem dos Arquitectos não pode ser chamada à CML ou ao parlamento e explicar se concorda com esta transfiguração da CAPITAL?
    Não há ninguém que faça perguntas?
    Para que servem os deputados e os Partidos?
    Precisa-se muito mais cidadania.

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