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Quem mandava na CML no tempo de Santana Lopes?
14 Fev 2013 Edição Público LisboaBragaparques Ana Henriques
Juízes interrogaram ex-presidente da câmara sobre o facto de ter permitido hasta pública da Feira Popular. Sem assinar nada
Quem mandava na Câmara de Lisboa no Verão de 2005, quando presidia ao município Pedro Santana Lopes? A pergunta de algibeira esconde a perplexidade com que os juízes encarregados do caso da permuta do Parque Mayer pela Feira Popular ouviram ontem as declarações desta testemunha ao tribunal.
É que apesar de ter voltado, nessa Primavera de 2005, a presidir à Câmara de Lisboa, depois da sua efémera chefia do Governo, Santana Lopes demarcou-se por completo da hasta pública através da qual três meses mais tarde o grupo Bragaparques ficou, por perto de 62 milhões de euros, com metade dos terrenos da Feira Popular que antes pertenciam à autarquia. Ao facto de se ter recusado a assinar a acta da hasta pública promovida pela autarquia — não tendo, contudo, inviabilizado o negócio — junta-se o que diz ser o seu desconhecimento de fases cruciais deste processo.
“Então não assinou a acta mas deixou o outro [o vice-presidente da câmara, Carmona Rodrigues, arguido neste processo] assiná-la?! Quem é que mandava na câmara?”, questionou um dos juízes, Francisco Henriques. “Não quis assiná-la”, confirmou Santana Lopes. Ao que disse, ninguém o informou a tempo do direito de preferência na permuta alegadamente atribuído pela assembleia municipal à Bragaparques. Quando finalmente soube, contou ontem, soltou uma palavra “imprópria”, daquelas que não é de bom tom repetir em tribunal.
O facto de ter estado fora da câmara durante um ano, período em que decorreram as negociações com o grupo privado, foi outra razão invocada pelo actual provedor da Misericórdia de Lisboa para justificar o seu comportamento. Um comportamento que outra juíza do colectivo declarou não compreender — até porque, logo após permitir que a transacção dos terrenos se concretizasse, Santana Lopes enviou o processo da hasta pública dos terrenos de Entrecampos à Procuradoria-Geral da República, entre outras entidades. “O acordo com a Bragaparques era considerado uma proeza por praticamente todas as cores políticas”, justificou-se uma e outra vez. “Era impossível parar o processo.” “Não em termos jurídicos”, recordou-lhe o juiz.
Santana Lopes admitiu que tinha um problema: caído em desgraça depois da passagem por São Bento — na altura comparou o seu Governo a um bebé pontapeado numa incubadora pelos irmãos —, o PSD havia-o preterido a favor de Carmona para candidato às autárquicas, que se aproximavam. “Eu não tinha força no partido”, admitiu Santana.
Alerta.
ResponderEliminarAs searas crescem e deslumbram.
É preciso entender o que não aparece nos programas eleitorais.
Será que passada esta Crise não vamos repetir erros escusados?
Sem preconceitos, cidadãos por Lisboa.
Alerta.