Para aqueles que têm dificuldade em identificar o estilo decorativo e
arquitetónico mais português, aquele
que representa melhor o gosto,
mentalidade e estilo de vida dos lusitanos do século XX e XXI - o Estilo
Abarracado - trago aqui mais uns exemplos que podemos, facilmente,
encontrar em todos os ângulos da nossa vida... e vista.
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Nestes edifícios antigos onde as portas foram conservadas, o que fazem
lá estes intercomunicadores modernos? O estilo abarracado, como se
lembram, tem como pilares o "faça você mesmo" e o "substitui por
moderno". Aqui vemos como se expressam. |
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Um clássico de Lisboa. Quando um botão cai usa-se qualquer outro que esteja à mão. Que brio têm os moradores deste edifício à direita que nem os autocolantes se dignam a retirar! Deve ser como colecionar selos: quantos mais melhor, e se forem antigos... |
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Este charmoso edifício art-deco da Rua Carlos Mardel sofreu obras na fachada e no afã renovador lá foi o intercomunicador. O atual é lindíssimo, como podem ver e dá luz azul. E a chapa à volta para tapar o buraco é trabalho de mestre. |
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Na Rua de São Mamede vemos esta pérola... O estilo pombalino não é nada sem estas inovações. |
Como fazer bem?
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Ainda subsiste. Até quando? Quando vão os lisboetas educar os seus gostos e proteger o que têm? Moderno muitas vezes não é bom e neste caso é péssimo. E se querem saber quem toca à campaínha e ver a sua cara há soluções que não passam pela adulteração... mas isso implica pisar nos corolários que regem os portugueses "mais barato", "maís prático", "mais moderno". Vá lá, portugueses, vocês conseguem viver doutra maneira, conseguem fazer melhor! |
E os números de porta? Aqui a imaginação não tem limites; quem já não viu casos dos números terem caído e um "artista" ter pintado à mão os números em falta?
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Ficam na mesma rua, lado a lado. Não devia Lisboa ter o mesmo modelo para todos? O mesmo se passa com as placas toponímicas: há modelos para todos os gostos! Ou pilaretes, ou mobiliário urbano... o melhor é não falar disto porque senão vai justificar a febre da CML de substituir tudo por pseudo-design, |
Continua... e concluo!
EXCELENTE! :-)
ResponderEliminarCriticar a substituição das janelas de madeira é uma coisa. Agora, criticar campainhas?
ResponderEliminarPor maor de deus, não têm mais nada que reclamar? Tanta coisa nesta cidade e é com isso que se preocupam...
Curioso esta ultima chapa de campainhas.
ResponderEliminarSe é de um predio na Rua Carlos Mardell, então fui eu mesmo que a reparei.
Arranjar as campainhas de um edificio, não significa adulterar a sua linha original.
Foi remodelada toda a cablagem e como se pode ver, os botões são igualmente novos mas já lá vai uns 2 anos e a chapa originbalmente estava mais brilhante mas preservou-se a original para continuar com o estilo antigo.
É muito comum ter em conta estes aspectos visto trabalhar na zona da praça do chile (zona antiga) infelizmente são poucos os profissionais com o mesmo cuidado e por vezes o cliente não tem isso em consideração.
Resumindo, gostei de ver o contraste.
um bem haja
Anónimo das 3:42,
ResponderEliminarvocê é o exemplo cabal do português de que aqui se fala! Não vê como estão errados estes intercomunicadores.
Parabéns, a cidade é sua!
Caro Rui,
ResponderEliminarsim, é na Carlos Mardel.
Parabéns pelo excelente trabalho. Continue, Lisboa precisa de si!
A.M.C.
Gosto da troca de ideias, ms é preferível arranjar, msm adulterando, né? Bons dias a todos
ResponderEliminarAqui vêem-se dois "13", o que quer dizer que se trata de ruas diferentes.
ResponderEliminarMas ainda recentemente vi, em Belém, uma rua em que os números (seguidos) eram todos variados:
Uns eram em algarismos de latão, outros em alumínio... Havia-os pintados a preto sobre fundo branco e o inverso. E até havia um ou outro tradicional (esmaltado, caracteres brancos sobre fundo azul)!
Além da falta de sensibilidade do costume (quem 'faz' e quem 'deixa fazer' estão muito bem uns para os outros), pode haver o problema do preço:
As placas tradicionais (esmaltadas) custam entre 30 e 50€ (conforme haja o número em armazém ou seja preciso encomendar).
São ruas diferentes mas uma é a imediata continuação da anterior, Angela Pinto e Lucinda Simões. Mas a diversidade é ainda maior, optei pela versão mais modesta.
ResponderEliminarAnónimo disse:
ResponderEliminar"Criticar a substituição das janelas de madeira é uma coisa. Agora, criticar campainhas?
Por maor de deus, não têm mais nada que reclamar? Tanta coisa nesta cidade e é com isso que se preocupam..."
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Pois caro anónimo, são os tais pormenores.
Um aqui, um ali e outro acolá...
Pormenores e detalhes que depois de somados fazem toda a diferença.
Não entende? Viaje!
Ou então volte para os subúrbios, sffv!
João Rosas.
Isto é que se chama falar muito sobre nada.
ResponderEliminarNão precisamos de ser fundamentalistas.
ResponderEliminarOs intercomunicadores e até as câmaras nas campainhas dão mais segurança. Ou os senhores nas vossas casas do inicio do sec XX não tem sanitas ou banheiras??
Sim, ponham campainhas sem intercomunicador que tanto jeito dão para saber quem lá vem ou para que os senhores do correio nem se dignem a subir as escadas para entregar encomendas, como tantas vezes me aconteceu. Qualquer dia este blog está a advogar o regresso dos escarradores nos cafés.
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