Por Joana Amaral Cardoso
«Estava previsto para o fi nal de Janeiro, mas só a 1 de Março foi firmado o nome da primeira film commissioner. A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, considera que Cristina Matos Silva, de 39 anos, licenciada em Comunicação, pós-graduada em Gestão Cultural nas Cidades e com dez anos no Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), “tem um perfil bastante adequado” para a captação de projectos internacionais para rodagens em Lisboa.
Cristina Matos Silva tem para já em vista a presença, articulada com outros organismos que representam o cinema português, no Festival de Cannes.
A ideia base é atrair e agilizar os projectos que divulguem a cidade e tragam investimento para a capital, embora os vereadores da oposição camarária Victor Gonçalves (PSD) e António Carlos Monteiro (CDS) se queixassem em Janeiro de falta de informação e de dimensão da estrutura recém-criada pelo executivo de António Costa.
Cristina Matos Silva faz equipa com Rita Rodrigues, a comissária executiva da Lisbon Film Commission, estrutura oficializada em Outubro de 2012 para atrair produção estrangeira e portuguesa de filmes publicitários, cinema, televisão ou fotografia para a capital e que se materializa no balcão Filmar em Lisboa, como explicou a vereadora Catarina Vaz Pinto ao PÚBLICO, que pode atribuir licenças em três dias. Desde então, passaram mais de 200 processos pela Lisbon Film Commission, que vão desde pedidos de cedência de salas para estreia de filmes ou séries, de gestão de trânsito ou de mupis para divulgação de projectos, passando pelos pedidos de isenção de taxas municipais sob a classifi cação de “mérito cultural”, que depende da vereadora da Cultura. Os pedidos de rodagem chegam através do ICA. Desses 200 processos, 183 têm origem em produções nacionais e 31 estão relacionados com projectos estrangeiros.»
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Mais uma boa notícia e há que elogiar a CML e a Vereadora da Cultura por isso, muito claramente.
Contudo, Cinema sem salas de cinema poderá ser muita coisa mas não será Cinema. Por isso, Lisboa tem que:
- Resgatar o Odéon!;
- Ter um São Jorge cada vez mais focalizado naquilo para que foi feito: exibir filmes;
- Voltar a ter ante-estreias e festivais no antigo Roma;
- Fazer tudo quanto for possível para não deixar acabar o Londres.
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