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«Foi hoje inaugurado o troço rodoviário da requalificada Avenida Ribeira das Naus, que segundo a autarquia de Lisboa, pretende além de dar mais espaços de lazer aos lisboetas, lembrar as origens dos Descobrimentos. O trânsito de ligeiros que circulava junto ao muro do Estado-Maior da Armada, passa agora a circular junto ao Rio até ao Corpo Santo onde retoma o trajecto já existente até ao Cais do Sodré. O prazo apresentado pela Câmara de Lisboa foi de facto cumprido, depois de se ter dito que a inauguração teria lugar até ao final do mês de Março, no entanto quem por lá passou hoje constatou que o melhor seria esperar mais tempo para se ter menos barreiras.
A requalificação total da Ribeira das naus representa um investimento total de cerca de 10 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), e o certo é que após 4 horas da inauguração as mazelas no asfalto eram bem visíveis por quem ali passava a pé ou de carro. Se os passeios e a nova "praia" não apresentavam problemas, o mesmo não se pode dizer do espaço reservado aos automóveis que voltam assim a ter problemas semelhantes aos que aconteceram junto ao Cais das Colunas, quando a Praça do Comércio foi inaugurada. As rodas dos automóveis parecem assim deslocar-se sobre canais próprios porque algo terá falhado na construção daquela calçada que não lembra certamente a verdadeira calçada portuguesa.
Já no que aos peões diz respeito, o caso é um pouco diferente. Quem se desloca junto ao rio, não tem qualquer problema, mas se o destino for o Corpo Santo, há que levar bom calçado, porque o fim do passeio tem apenas duas alternativas. A terra batida ou uma vala com diversos obstáculos pelo meio, por isso o melhor será mesmo ir até ao Cais do Sodré para evitar colocar o pé na poça.
No entanto, os lisboetas além de um novo espaço junto ao rio, ganharam também mais uma esplanada com vista para o Tejo, para o Cristo Rei e claro está, para a Ponte 25 de Abril. Se muitos aplaudiam a 1ª fase da obra hoje inaugurada, outros haviam que criticavam o facto de se ter inaugurado um local ainda com muito trabalho por se realizar. Lisboa aguarda agora pela 2ª fase da obra e que sejam reparados os problemas já verificados esta tarde após a inauguração, para que a imagem que se passa a quem nos visita, não seja a apresentada hoje naquele local.
Rafael Santos»
Gosto especialmente do monólito com o título 'avanço da margem'... será que vamos ter mais 2-3 monos destes quando se inaugurarem as fases sucessivas da Ribeira das Naus? Proponho as designações de 'rampas solarium', 'lago de limos', 'ponte rodoviária' e 'doca quinhentista'.
ResponderEliminarPeço desculpas: gosto ainda mais do Dr. vs março.
ResponderEliminarAquela zona da cidade, incluindo Alfama e Santa Apolónia tornaram-se intransitáveis, inacessíveis, e desertas. Com o seu fanatismo anti-carros, o António Costa matou o comércio e o interesse na zona para morar. Ficaram os velhos e os mendigos de rua.
ResponderEliminarSenhor Filipe.
ResponderEliminarA sua formação é de Urbanista?
Nunca estão contentes com nada....
ResponderEliminarPaulo Soares
Os urbanistas são uns iluminados, eles entendem muito melhor que os residentes que eles deviam ficar felizes com a situação. Da mesma forma, quando construíram o muro de berlim e dividiram a cidade ao meio, as autoridades sabiam muito melhor que esses leigos, incultos que queriam pular o muro, que assim era bem melhor para eles.
ResponderEliminarRelativamente ao comentário sobre retirar o transito de algumas zonas mata o comercio, recomendo a leitura do seguinte artigo relativamente a um exemplo concreto em Barcelona:
ResponderEliminarhttp://www.elperiodico.com/es/noticias/barcelona/oasis-enric-granados-2336395
Isso é quando há circulares à volta. Para aceder à zona este da cidade, o terreiro do paço é o único acesso. Alternativas só a nada, ou alpinismo através do castelo.
ResponderEliminarComo é possível que no século XXI ainda se construam estradas ou caminhos com tanta falta de bom senso!
ResponderEliminarSerá que não há em portugal arquitetos e engenheiros capazes?
Será que quem projecta estas "coisas" (nem sei bem o que chamar-lhes) não pára um pouco para pensar na funcionalidade?
Será que a estética é assim tão importante que justifique colocar de parte a segurança?
Será que mesmo depois de ter sido necessário substituir as centenas de passadeiras de peão em cubos de granito que na última decada proliferaram nas nova vias ainda não entenderam que além de perigoso é muito desconfortável?
Será que quem projecta estas aberrações não anda a pé ou em 2 rodas sobre as mesmas?
Será normal tanta estupidez com diploma universitário?.....
Paula Antunes