Texto e fotografias: Fernanda Ribeiro
In O Corvo (21.8.2013)
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Ah, grande Zé. Ele é o vereador dos mercados mas se o de Alvalade fecha ou não é com o presidente de câmara. Que falta ele lá fazia, o grande Zé!
ResponderEliminarFinalmente uma boa notícia. Um atendimento de qualidade, com status e categoria. Já era altura de modernizar esses locais de venda antiquados.
ResponderEliminarA questão dos mercados, em geral, merece ser "trabalhada", desde que para tal haja interesse e disponibilidade. Tenho tido ambas, ao longo dos últimos anos, embora tenha de reconhecer que se trata de um tema que não cativa muitos "interessados".
ResponderEliminarQuando for reconhecido que os Mercados são assunto do foro do Urbanismo e das Atividades Económicas poderá arrancar o debate. Enquanto se entender que é "tutela" de Ambiente Urbano, com o devido e merecido respeito pelos pelouros da Higiene Urbana, Espaços Verdes, Cemitérios, etc..., não estarão criadas as condições de partida para se discutir um assunto que, ao que parece, apenas consegue figurar na ordem do dia em períodos pré-eleitorais. Para esse "peditório", já dei !!!!!
Visite-se qualquer mercado em Espanha para perceber o que deviam ser cá os mercados e não são, a bem da "tradição": bancas ordenadas, limpas, extremamente bem apresentadas (até as do peixe), sem cheiros pestilentos e sobretudo bem iluminadas. Visita-se um desses sítios e dá vontade de levar tudo. Há uma noção de que os olhos também comem, e sobretudo também compram. Por cá a tradição dita que os mercados não tenham nada disso. São espaço abertos, iluminados com luz natural, com bancas de ar improvisado e eternamente provisório, geridas por senhoras e senhores que, interpelados com a pergunta do costume, se queixam há décadas da clientela que não têm (porque será?), mas que se queixariam se alguém ousasse modernizar-lhes a banca ou tentar fazer ver que hoje em dia já não há saída para métodos antiquados de fazer negócio, que são perpetuados há gerações. Passa-se por um mercado em qualquer país europeu e dá vontade de entrar. Por cá, moro perto de um e nunca me despertou sequer curiosidade de lá entrar. Talvez por isso não funcionem como o modelo de negócio genuíno de proximidade que podiam e deviam ser. Talvez por isso fechem portas.
ResponderEliminarAinda há pouco vim de Barcelona, e digo que entre o mercado tradicional das ramblas e o corte ingles ali na praça da catalunha, venha o corte inglês. Não há mercado sem águas pestilentas pelo chão, paletes empilhadas por todo o lado e gente manhosa por toda a parte. E risco de assaltos nem digo nada.
ResponderEliminarMAS SE ATÉ HÁ QUEM ESTUDE O PROBLEMA, HAJA QUEM DIVULGUE (E LEIA) ESSES ESTUDOS. OU ESTÁ TUDO NA GAVETA ?
ResponderEliminarMercados municipais: Câmaras deviam apostar na sua revitalização para evitar extinção - estudo
As câmaras encaram os mercados municipais como meras fontes de receitas, mas deviam apostar mais na sua revitalização e promoção para evitar o seu desaparecimento, afirmou João Barreta, especialista em comércio urbano.
Para o especialista, as câmaras municipais “têm descurado muito a organização, gestão, promoção e animação diária” dos mercados municipais.
“A taxa de espaços vazios dá logo uma imagem de repulsa para os consumidores. E há dezenas e dezenas de espaços devolutos. Isso prova que as câmaras não têm estado muito atentas a esse problema”, acrescentou.
João Barreta falava à Lusa no âmbito do estudo que fez sobre esta temática, intitulado “Mercados Municipais em Portugal - Cenários para 2030”.
Segundo o especialista, os cerca de 300 mercados municipais em existem Portugal têm vindo a perder, nas últimas décadas, a importância e o protagonismo que tiveram em outros tempos mas, se forem trabalhados, a sua extinção pode ser evitada.
Os hipermercados e a pouca importância que as entidades têm dado aos mercados são os principais responsáveis pelo declínio dos mercados.
O especialista ressalvou à Lusa que as autarquias “não têm vocação para gerir comércio” e que a gestão que fazem “é um bocadinho numa ótica de que o comerciante ocupa um espaço e a câmara cobra uma taxa”.
Os mercados estão “num setor que tem sido secundarizado pelos poderes públicos, daí que, até por força dos desenvolvimentos que o comércio tem registado, os mercados têm ficado um bocadinho para trás nesta corrida”.