Os deputados independentes eleitos pelo
PS ameaçaram votar contra, caso a Câmara de Lisboa não acolhesse um conjunto de
recomendações da assembleia.
Por Inês Boaventura, Público de 22 Abril 2014
À segunda foi de vez. A Assembleia Municipal de Lisboa, que no
anterior mandato tinha chumbado a construção de um parque de estacionamento no
Campo das Cebolas, aprovou esta terça-feira uma proposta no mesmo sentido, mas
com uma diferença substancial: em vez de ter um piso no subsolo e três à
superfície, como chegou a estar previsto, o parque terá apenas um piso
subterrâneo.
Apesar
de ter sido aprovada, a proposta, que prevê a construção e a exploração desse
parque pela Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa
(Emel), foi alvo de várias críticas. Incluindo dos cinco deputados
independentes eleitos na lista do PS, que chegaram a ameaçar votar contra caso
a Câmara de Lisboa não se comprometesse a acatar um conjunto de recomendações
feitas pela Comissão de Mobilidade e Segurança da assembleia municipal.
Entre essas recomendações estava a de que fossem reservados um
mínimo de 110 lugares para assinaturas diárias de residentes e de 50 para
assinaturas nocturnas, entre os 230 lugares que o parque terá. A comissão, que
é presidida pelo ex-vereador da Mobilidade Fernando Nunes da Silva e cujo
parecer foi aprovado por unanimidade, também defendia que ficasse claro que a
Emel não teria direito a qualquer compensação financeira pela construção do
parque.
Só depois de o vereador Manuel Salgado ter garantido que essas
recomendações seriam ratificadas pela Câmara de Lisboa é que a proposta foi
aprovada, com os votos contra do BE, PEV e MPT, a abstenção do PSD, PCP, CDS e
dos independentes e com os votos favoráveis do PS, PNPN (Parque das Nações Por
Nós) e PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza). Também acolhida pelo
município foi a sugestão, feita por este último partido, de que 10% dos lugares
do parque fossem reservados a veículos eléctricos e movidos a hidrogénio.
Esta terça-feira, a Assembleia Municipal de Lisboa, aprovou
ainda, por unanimidade, uma proposta relativa à realização de um novo debate
temático, depois de terminado o debate sobre a Colina de Santana. Desta vez o
tema será “Os transportes públicos em Lisboa, o que temos e o que queremos”, e
as sessões realizar-se-ão nos dias 13, 20 e 27 de Maio e 3 de Junho, sempre às
18h.
E em que sítio, exactamente? FAzia já parte do plano de requalificação da praça?
ResponderEliminarO automóvel é sempre o rei. E queriam com três pisos acima do solo? para quê, para barrar a vista do Tejo?
Uma cave deste tamanho nesta zona da cidade?! Não se aprendeu nada com as dificuldades geológicas da construção do túnel do Metro ali ao lado?
ResponderEliminarGosto especialmente do voto a favor do PAN a favor de mais estacionamento, numa zona onde abundam os transportes públicos.
mais opções para estacionar são sempre bem vindas. não vejo é a necessidade de reservar espaços para eléctricos e, pasme-se, veículos movidos a hidrogénio como se estes fossem comuns...
ResponderEliminarhttp://www.jsonline.com/business/toyota-to-launch-hydrogen-powered-car-next-year-b99250180z1-255928311.html
Não deixa de ser irónico, depois de aprovado mais um parque de estacionamento, vai-se debater a política de transportes públicos.
ResponderEliminarEnquanto forem tomadas medidas destas bem se pode mandar bitates sobre o transporte público.
Desiludido com este último mandato da CML, subiu-lhes o rei à barriga com a maioria abslouta e agora abunda a demolição de p´redios históricos mais que nunca e medidas como esta que nada têm a ver com os tantos planos e debates que a CML proclama por aí.