02/05/2014

Está-se a tornar um mau hábito:


Janelas abertas e imaginamos o que não irá pelos telhados e pelas traseiras. O convite à degradação e ao facto consumado da demolição de interiores. Afinal de contas, sr. Paulo Rebelo, o que nos disse em 2013 a um post aqui colocado, foi pura retórica:

«Exmos Senhores,

Agradecemos o vosso alerta relativamente às janelas abertas no edifício*. Já reportámos o assunto ao proprietário e esperamos que tome as providências necessárias para que estas se mantenham permanentemente fechadas e desse modo evitar a deterioração do interior do edifício.

Entendemos a utilidade do vosso blog. Aos que se nos dirigiram em termos civilizados, agradecemos sinceramente o alerta. No entanto gostaríamos de lamentar os e-mail recebidos com caráter insultuoso. A Cushman & Wakefield é uma consultora imobiliária que defende ativamente a preservação e proteção do edificado.

Neste processo fomos mandatados para a comercialização de um projeto aprovado pelas instâncias competentes e não temos qualquer responsabilidade na preservação dos edifícios.

Pensamos que a nossa ação responsável de encontrar viabilidade económica para os muitos edifícios que estão parados, respeitando a sua traça e memória, é crucial num momento em que tantos baixam os braços perante as dificuldades que a economia e o mercado hoje apresentam.

Uma vez que o assunto das janelas está resolvido solicitamos que seja retirado do blog o link direcionado à nossa página Web. Estaremos certamente mais atentos. Se no entanto, verificarem que tal aconteceu de novo, e se não vos for inconveniente pois deduzimos que estão próximos ao edifício, agradecemos que nos alertem para que prontamente informemos o proprietário.

Cumprimentos,

Paulo Rebelo
Departamento de Reabilitação Urbana
»


Daí que ponha aqui foto actual do prédio em causa, e, já agora, de outros dois na mesmíssima situação, na Rua Sousa Martins e na Rua Viriato.

* Prédio da Duque de Loulé (1ª foto)

Fotos: NCB

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