António Costa afirma que o próximo
quadro comunitário de apoio constitui "uma oportunidade única" para a
reabilitação, para a qual poderão ser mobilizadas "verbas robustas".
Por Inês Boaventura, Público de 5 Junho 2014
Lisboa
e que congrega as ordens dos engenheiros e dos arquitectos, um banco,
mediadoras e empresas de construção e de materiais, com o objectivo de oferecer
“um pacote” a quem pretenda fazer obras em habitações e edifícios. António
Costa considera que com esta “parceria” fica criado “um mecanismo sólido para
fazer a reabilitação da cidade”.
Em termos práticos,
segundo explicou ao PÚBLICO o vereador da Reabilitação Urbana da Câmara de
Lisboa, vai ser criado um portal onde os proprietários poderão ter acesso a
informações sobre os incentivos fiscais existentes, obter apoio técnico de
arquitectos e engenheiros, aceder a uma linha de financiamento bancário,
contratar empresas de construção e adquirir cabazes de materiais a preços
acessíveis.
Manuel
Salgado destacou que em Lisboa há 55 mil edifícios, dos quais um terço está em
propriedade horizontal. Assim sendo, diz o vereador, este programa poderá ser
uma boa solução por exemplo para quem pretender reabilitar apenas uma habitação
e estiver à procura de apoio para saber como melhorar a eficiência energética
ou como fazer uma determinada obra sem colocar em causa a resistência
estrutural do edifício.
Além
da Câmara de Lisboa, estão envolvidos neste programa a Associação Empresarial
de Portugal, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária
de Portugal, as ordens dos Arquitectos e dos Engenheiros e o Montepio. “É um
bom exemplo de como uma parceria entre diferentes instituições é absolutamente
essencial”, sintetizou António Costa, frisando que na parte que compete à
autarquia os proprietários poderão contar com uma agilização dos licenciamentos.
No
seu discurso, o autarca socialista aproveitou para afirmar que o próximo quadro
comunitário de apoio constitui “uma oportunidade única” para a reabilitação
urbana, área para a qual poderão ser mobilizados recursos através de propostas
que visem a melhoria da eficiência energética dos edifícios e o reforço da
resistência aos riscos a que estão sujeitos. “Estão criadas condições para que
possamos mobilizar verbas robustas”, concluiu.
Ainda
assim, António Costa não deixou de criticar aquilo que está previsto ao nível
do Programa Operacional Regional de Lisboa e do Fundo de Coesão. Segundo
explicou, o primeiro contempla uma verba de 30 milhões de euros que só poderá
ser aplicada na reabilitação de habitação social (e não na de fogos do mercado
livre) e o segundo inclui apenas 200 milhões de euros (de um bolo de 2,862
milhões de euros) para operações de reabilitação em todo o país.
A
conferência sobre o Re9 que se realizou esta quinta-feira incluiu a
apresentação de um estudo realizado pela empresa de publicidade e marketing
BBZ. Segundo o seu director-geral, citado pela Lusa, esse estudo permitiu
verificar que os jovens casais estão a deixar as áreasmetropolitanas de Lisboa e a regressar à capital para morar, optando
por reabilitar casas antigas.
“Em
Lisboa há alguns factos curiosos, porque o que estamos a assistir é a um
regresso dos jovens casais a Lisboa”, afirmou Vítor Tito, referindo que as
pessoas estão a deixar as zonas periféricas e “começam a valorizar o facto de
poderem viver perto de onde trabalham”. O director da empresa adiantou que esta
tendência não está a ser acompanhada pela construção de casas novas, mas sim
pela reabilitação de imóveis antigos, acrescentando que Campo de Ourique,
Campolide e Avenidas Novas são as zonas mais procuradas.
Como de costume nem uma palavra sobre reabilitação que respeite as as técnicas, materiais de origem e etc....
ResponderEliminarLol sim, porque interessa pouco que sejam anunciados apoios à reabilitação numa conjuntura económica grave como é a nossa, o que interessa é técnicas e materiais de origem. Tenham dó.
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