Nos
últimos anos os lisboetas têm assistido à degradação da identidade das Festas de Lisboa, em particular nos
espaços públicos dos bairros históricos. De ano para ano é notória a transformação
das Festas de Lisboa numa “Festa da
Cerveja”. As regras insuficientes por parte da CML levaram, em parte, ao actual
cenário de publicidade agressiva e omnipresente por parte das marcas de
cerveja. O incentivo ao consumo de alcool é livre e descarado um pouco por toda
a cidade histórica, e não só - e a CML/EGEAC tem responsabilidade directa pelas parcerias que tem assinado com uma marca de cerveja.
Concordamos
que cada cidadão é livre de consumir alcool – mas quando os impactos negativos
ultrapassam a esfera do individual, então há que intervir. E não estamos a
falar apenas das ruas e largos cobertos de copos, garrafas, vómito e urina;
estamos a falar do custo, a longo prazo, para a sociedade.
As
mortes devidas ao consumo de alcool triplicaram desde 1990. O consumo de alcool
passou de 6ª a 3ª causa de morte e de acidente em todo o mundo. Este impacto pesa
sobre toda a sociedade – e são todos os contribuintes que acabam por pagar a
conta. De facto, os problemas causados pelo consumo excessivo de alcool roubam
cerca de 1,5% do orçamento do Estado na Europa. Este problema está a piorar de
ano para ano e em países como Portugal, onde por tradição o consumo de alcool
ocorria essencialmente às refeições, assistimos ao aumento do consumo
irresponsável pelos jovens.
Na
nossa opinião, o actual modelo de gestão/organização das FESTAS DE LISBOA está
a contribuir activamente para o agravamento deste problema de saúde pública.
Está também a contribuir para a desqualificação do espaço público e dos
edifícios e monumentos históricos da nossa cidade.
Há
outras formas de organizar e desenvolver as FESTAS DE LISBOA sem conspurcar e prostituir
a cidade histórica nem agravar os problemas de saúde pública da capital e do
país. Há outras formas de celebrar as Festas de Lisboa sem ser de garrafa de cerveja na mão.
Fotos: Festas de Lisboa de 2013
Sempre a mesma trampa de subtexto ridículo do "antigamente". Pois sim, no antigamente da vossa utopia saudosista também era proibido ajuntamentos de pessoas. E a vossa geração levava porrada da bófia chamada pelos ressabiados que vos apelidavam de selvagens.
ResponderEliminarEscreve-se "álcool".
ResponderEliminarFesta do Deus, Pátria e Familia ou do Futebol, Fado e Fátima é que era.
ResponderEliminarSe queres uma festa sem "alcoól" fica-te pelos casamentos de Santo António e vai à prossição do Santo Antoninho na igreja com o mesmo nome.
A mim o álcool não me importa nada, bebam o que quiserem. Mas talvez fosse interessante proibir os copos de plástico e restringir fortemente as barracas das cervejeiras, não propriamente por uma questão "alcoólica" mas estética e ambiental.
ResponderEliminarAs festas assim são "feias, porcas e más".
escreve-se procissão - diz o roto ao nú!
ResponderEliminarPor alguns dos comentários que aqui se lêem, vê-se o tipo de gentinha nojenta que frequenta estes arraiais de bebedeiras e nojo.
ResponderEliminarSe calhar gostam de viver no meio da trampa. São estes os habitantes / visitantes de Lisboa que contribuem para o emporcalhamento da cidade.
E não, não sou do "antigamente". Simplesmente não sou é porco como muitos que por aqui comentam e que fizeram este belo espetáculo à cidade, e ainda gostam!
Ninguém no seu perfeito juízo gosta de ver ruas sujas. Não me venham é com moralismos da tanga em relação à bebida e à cerveja, que em lugar nenhum do mundo há festas de rua sem cerveja e sem bebidas alcoólicas.
ResponderEliminarQual é a vossa proposta, então? Tenham a coragem de assumir, tenham coragem de a definir e de a defender, mesmo que seja contra aqueles que rotulam como "gentinha nojenta" e "porca" que "gosta de viver no meio da trampa", e que, só por acaso, também gosta de celebrar os santos com sardinha, vinho e arraial, como sempre se fez e, esperemos, sempre se venha a fazer. Se os escribas deste estaminé são eremitas abstémios que na noite dos santos hibernam ou se raspam para a santa terrinha (o fim de semana prolongado dá tanto jeito, não dá?), tenham a coragem de assumir que por vocês não havia santos nenhuns, não havia festas de lisboa nenhumas, não havia gente na rua nem nada que perturbasse a vossa paz tão esterilizada e higiénica. Acordem dessa realidade utópica e façam o favor de ser felizes.
Gentalha que faz porcaria e aqueles que os defendem não passam de uns tristes, pobres e mal-agradecidos. Realmente com gente desta teremos sempre uma cidade porca e suja.
ResponderEliminarÉ mais fácil insultar, não é? Isso e ver a Júlia e o Baião no quentinho do lar enquanto lá fora deambulam "os selvagens".
ResponderEliminarMeu caro, não vejo esses programas. Mas se essa sua "boca" quer dizer que sou "velho", fique sabendo que do alto da minha velhice de 32 anos, continuo a reiterar o que disse.
ResponderEliminarNão me venha com tretas do costume. Para celebrar os santos populares não é preciso ter o comportamento estúpido que muitos têm, beber como umas esponjas e fazer das ruas uma latrina a céu aberto.
Pelos vistos há gente que gosta de viver no nojo. Parabéns.
Não somos é todos obrigados a viver como quem defende estes comportamentos e esta gente porca.
Querem uma cidade limpa? Façam por isso e deixem-se de argumentos de treta para justificar o injustificável.