12/06/2014

FESTAS DE LISBOA: FESTA DO ALCOOL?










Nos últimos anos os lisboetas têm assistido à degradação da identidade das Festas de Lisboa, em particular nos espaços públicos dos bairros históricos. De ano para ano é notória a transformação das Festas de Lisboa numa “Festa da Cerveja”. As regras insuficientes por parte da CML levaram, em parte, ao actual cenário de publicidade agressiva e omnipresente por parte das marcas de cerveja. O incentivo ao consumo de alcool é livre e descarado um pouco por toda a cidade histórica, e não só - e a CML/EGEAC tem responsabilidade directa pelas parcerias que tem assinado com uma marca de cerveja.
Concordamos que cada cidadão é livre de consumir alcool – mas quando os impactos negativos ultrapassam a esfera do individual, então há que intervir. E não estamos a falar apenas das ruas e largos cobertos de copos, garrafas, vómito e urina; estamos a falar do custo, a longo prazo, para a sociedade.
As mortes devidas ao consumo de alcool triplicaram desde 1990. O consumo de alcool passou de 6ª a 3ª causa de morte e de acidente em todo o mundo. Este impacto pesa sobre toda a sociedade – e são todos os contribuintes que acabam por pagar a conta. De facto, os problemas causados pelo consumo excessivo de alcool roubam cerca de 1,5% do orçamento do Estado na Europa. Este problema está a piorar de ano para ano e em países como Portugal, onde por tradição o consumo de alcool ocorria essencialmente às refeições, assistimos ao aumento do consumo irresponsável pelos jovens.
Na nossa opinião, o actual modelo de gestão/organização das FESTAS DE LISBOA está a contribuir activamente para o agravamento deste problema de saúde pública. Está também a contribuir para a desqualificação do espaço público e dos edifícios e monumentos históricos da nossa cidade. 

Há outras formas de organizar e desenvolver as FESTAS DE LISBOA sem conspurcar e prostituir a cidade histórica nem agravar os problemas de saúde pública da capital e do país. Há outras formas de celebrar as Festas de Lisboa sem ser de garrafa de cerveja na mão.
Fotos: Festas de Lisboa de 2013

10 comentários:

  1. Anónimo3:38 a.m.

    Sempre a mesma trampa de subtexto ridículo do "antigamente". Pois sim, no antigamente da vossa utopia saudosista também era proibido ajuntamentos de pessoas. E a vossa geração levava porrada da bófia chamada pelos ressabiados que vos apelidavam de selvagens.

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  2. Anónimo10:50 a.m.

    Escreve-se "álcool".

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  3. Festa do Deus, Pátria e Familia ou do Futebol, Fado e Fátima é que era.

    Se queres uma festa sem "alcoól" fica-te pelos casamentos de Santo António e vai à prossição do Santo Antoninho na igreja com o mesmo nome.

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  4. Mário5:42 p.m.

    A mim o álcool não me importa nada, bebam o que quiserem. Mas talvez fosse interessante proibir os copos de plástico e restringir fortemente as barracas das cervejeiras, não propriamente por uma questão "alcoólica" mas estética e ambiental.

    As festas assim são "feias, porcas e más".

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  5. Anónimo6:15 p.m.

    escreve-se procissão - diz o roto ao nú!

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  6. Anónimo5:34 p.m.

    Por alguns dos comentários que aqui se lêem, vê-se o tipo de gentinha nojenta que frequenta estes arraiais de bebedeiras e nojo.
    Se calhar gostam de viver no meio da trampa. São estes os habitantes / visitantes de Lisboa que contribuem para o emporcalhamento da cidade.
    E não, não sou do "antigamente". Simplesmente não sou é porco como muitos que por aqui comentam e que fizeram este belo espetáculo à cidade, e ainda gostam!

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  7. Anónimo1:25 p.m.

    Ninguém no seu perfeito juízo gosta de ver ruas sujas. Não me venham é com moralismos da tanga em relação à bebida e à cerveja, que em lugar nenhum do mundo há festas de rua sem cerveja e sem bebidas alcoólicas.

    Qual é a vossa proposta, então? Tenham a coragem de assumir, tenham coragem de a definir e de a defender, mesmo que seja contra aqueles que rotulam como "gentinha nojenta" e "porca" que "gosta de viver no meio da trampa", e que, só por acaso, também gosta de celebrar os santos com sardinha, vinho e arraial, como sempre se fez e, esperemos, sempre se venha a fazer. Se os escribas deste estaminé são eremitas abstémios que na noite dos santos hibernam ou se raspam para a santa terrinha (o fim de semana prolongado dá tanto jeito, não dá?), tenham a coragem de assumir que por vocês não havia santos nenhuns, não havia festas de lisboa nenhumas, não havia gente na rua nem nada que perturbasse a vossa paz tão esterilizada e higiénica. Acordem dessa realidade utópica e façam o favor de ser felizes.

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  8. Anónimo10:47 p.m.

    Gentalha que faz porcaria e aqueles que os defendem não passam de uns tristes, pobres e mal-agradecidos. Realmente com gente desta teremos sempre uma cidade porca e suja.

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  9. Anónimo11:58 a.m.

    É mais fácil insultar, não é? Isso e ver a Júlia e o Baião no quentinho do lar enquanto lá fora deambulam "os selvagens".

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  10. Anónimo4:30 p.m.

    Meu caro, não vejo esses programas. Mas se essa sua "boca" quer dizer que sou "velho", fique sabendo que do alto da minha velhice de 32 anos, continuo a reiterar o que disse.
    Não me venha com tretas do costume. Para celebrar os santos populares não é preciso ter o comportamento estúpido que muitos têm, beber como umas esponjas e fazer das ruas uma latrina a céu aberto.

    Pelos vistos há gente que gosta de viver no nojo. Parabéns.

    Não somos é todos obrigados a viver como quem defende estes comportamentos e esta gente porca.

    Querem uma cidade limpa? Façam por isso e deixem-se de argumentos de treta para justificar o injustificável.

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