18/06/2014

RESERVATÓRIO DA PATRIARCAL EM RISCO


«...Pensámos que o assunto tivesse então sido arquivado mas, há 2 semanas, fomos surpreendidos pela realização de SONDAGENS técnicas em 3 pontos diferentes em redor do jardim do Príncipe Real.

Depois de consultarmos a Direcção Geral do Património Cultural (instância que tutela o património classificado), ficámos estupefactos: trata-se da CONSTRUÇÃO futura de um parque de estacionamento subterrâneo! Ao qual a DGPC deu parecer negativo!!

E o projecto é ainda PIOR que o de 2001 – 4 caves, elevador à superfície, rampas de acesso, construção a 1 metro das galerias do Aqueduto das Águas Livres – o que acarretará efeitos colaterais irreversíveis e imprevisíveis.

Não menos importante será o problema de trazer ainda mais tráfego para a zona, já de si saturada. A promessa de alguns lugares de estacionamento para os moradores não deve iludir-nos, pois isso não resolverá o problema, tal como o parque da Praça Camões não o fez.

Uma melhor mobilidade não se consegue com a vinda de mais carros, mas com transportes públicos, de que aliás a zona já está bem servida: o metro no Rato e no Chiado, além dos autocarros e dos parques nas imediações, dão acesso fácil aos forasteiros. O regresso do eléctrico 24, sim, será sempre uma mais-valia em termos de mobilidade do século XXI.

Por isso, lançámos uma petição «Contra a Construção do Parque de Estacionamento Subterrâneo na Praça do Príncipe Real», disponível em http://amigosprincipereal.blogspot.pt.

Não nos iremos calar enquanto não arquivarem DEFINITIVAMENTE todo e qualquer projecto de estacionamento subterrâneo no Príncipe Real. Esteja atento a mais iniciativas neste âmbito, muito em breve. Obrigado....»

10 comentários:

  1. Podiam ter colocado uma imagem com maior dimensão e resolução para as pessoas poderem imprimir e distribuir!

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  2. O reservatório já não está em uso desde 1949. A estrutura simplesmente não é necessária. Para além disso, a estrutura não data do tempo do aqueduto das águas livres, ao contrário do que se pretende aqui sugerir, para empolar algum valor histórico. Não são arcadas romanas, medievais, pombalinas, nem sequer do séc 18. São umas arcadas debaixo de um jardim que não servem para nada, a não ser para alguns fundamentalistas quererem embargar qualquer tipo de obras ali.

    Acho impressionante como por um lado aqui se lamenta os carros em cima dos passeios (obviamente por falta de estacionamento na cidade), e depois faz-se abaixo-assinados contra a construção de qualquer estacionamento. Uma Lisboa que anda de bicicleta e a pé é uma fábula mentirosa. Com este tipo de políticas, será uma cidade ao abandono.

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  3. Não exageremos, Filipe. Concordo totalmente que não se pode andar a vilipendiar o "estacionamento selvagem" e depois dar cabo dos esforços para colmatar essa mesma questão. Agora também não venha dizer que o reservatório da patriarcal não tem qualquer espécie de valor, nem que seja histórico. De qualquer maneira, parte-se do princípio permanente que tudo o que se faça ali vai ser para destruir. Mesmo que não seja, partem do princípio que vai "chocar esteticamente", mesmo que não choque, partem do princípio que isso vai trazer mais trânsito e etc. Esta atitude da desgraça eterna é que é condenável.

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  4. o parque vai ser construído e o reservatório não vai ser afectado. os pareceres da DGPC, apesar de importantes, não são vinculativos -- por isso não há nada de errado se a decisão tomada for contra o parecer (é isso que não vinculativo quer dizer).

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  5. AHAHAHAHA!
    Há carros em cima dos passeios, por falta de estacionamento?
    AHAHAHAHAHA!

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  6. "O reservatório já não está em uso desde 1949."

    "A estrutura simplesmente não é necessária."


    O Castelo de São Jorge, o Convento do Carmo, os troços das muralhas antigas, e por ai adiante, também já não servem os mesmos desígnios de quando foram construídos e não foi por isso que passaram a ser desnecessários. Pelo contrário! Foram preservados de modo a que pudessem servir outros propósitos. Pense um bocadinho, sim..

    "Para além disso, a estrutura não data do tempo do aqueduto das águas livres, ao contrário do que se pretende aqui sugerir, para empolar algum valor histórico."

    Ninguém disse que a estrutura data do tempo do aqueduto. Essa interpretação, que o sr FMS fez, mostra, mais uma vez, o perfeito exemplo da sua limitação interpretativa.
    O que foi dito foi que o sistema de condutas da Patriarcal era parte integrante do conjunto do Aqueduto das Águas Livres, uma vez que recebia as águas do mesmo!
    Foi também, na época, o mais importante tanque no sistema de distribuição de água à parte baixa da cidade!


    "Não são arcadas romanas, medievais, pombalinas, nem sequer do séc 18. São umas arcadas debaixo de um jardim que não servem para nada, a não ser para alguns fundamentalistas quererem embargar qualquer tipo de obras ali."

    Mais uma vez está errado sr fms.
    Não são umas simples arcadas por debaixo de um jardim!
    Fazem parte de uma estrutura que outrora teve uma utilização funcional.
    Como muitas das arcadas romanas que refere e que se encontram espalhadas por Portugal.
    Muitas, sem nenhuma utilidade aparente!

    Haja bom senso nessa cabeça!

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  7. Como se pode advogar que os valores patrimóniais em causa e a sua defesa fazem parte de um limbo onde navegarão alguns lunáticos, profetas da desgraça?

    é muito séria e grave esta nova tentativa de um dos maiores lobbies da cidade. por três vezes rejetada pela população local do PR (pelos tais fundamentalistas que alguns comentadores vêem em todo a figura de gente que tenta travar insanidades como esta para tornar a cidade de Lisboa mais habitável), três vezes as pessoas disseram que não queriam o parque. Será que a opinião dos cidadãos pode ser eternamente ignorada.

    Se para os ilustres comentadores o reservatório da patriarcal, uma praça do período romãntico quase preservada na sua íntegra, exemplo raro em Lisboa, um jardim com exemplares classificados, se nada disto tem o menor interesse, ao menos que se respeite a opinião de quem já se pronunciou - os cidadãos, três vezes não, não chega?

    Engavetem-se o projecto e as opiniões disfarçadas de um certo modernismo bacoco.

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  8. "servir outros propósitos" - de lá estar sem função e receber 10 visitas por ano lol

    "Fazem parte de uma estrutura que outrora teve uma utilização funcional" - por outras palavras já não está em uso, tal como eu disse. duhh

    Bem sei o que é aqui dito ou não. Há o cuidade de não mentir, mas apenas isso. Porque as insinuações, sugestões e associações forçadas estão lá para fazer com que o leitor menos atento deduza certas coisas, e dessa forma inflaciona-se o (pretenso) valor cultural da estrutura caduca. Tal como ficam "estupefactos" com o facto de não se seguir o parecer não-vinculativo da DGPC. É isso mesmo que significa não-vinculativo, para se ter a liberdade de não-respeitar sem que as pessoas fiquem estupefactas.

    Tudo isso para ludribiar o leitor menos atento. Mas cá estarei eu para exercer o meu contraditório honesto e esclarecido perante tal desonestidade intelectual.

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  9. "servir outros propósitos" - de lá estar sem função e receber 10 visitas por ano lol

    10?
    Sr. FMS; esforce-se um bocadinho sim.. Vai ver que é muito, muito mais que isso!


    ""Fazem parte de uma estrutura que outrora teve uma utilização funcional" - por outras palavras já não está em uso, tal como eu disse. duhh"

    Mais uma vez a desconversar!

    Mas ninguém disse que o sr Filipe referiu o contrário, nem muito menos que já não o tivesse mencionado!

    Quando eu referi que: " o reservatório fazia parte de uma estrutura que outrora teve uma utilização funcional" foi precisamente para realçar o que o sr disse, mas que infelizmente, e por alguma razão, o impediu de valorizar o reservatório da mesma maneira que valorizou as tais galerias romanas e medievais que referiu no seu penúltimo comentário. Até porque, o que não falta em Portugal, e comparado com o reservatório discutido, são galerias com um valor cultural inferior.

    Os meus argumentos são bem explícitos.
    Se por alguma razão não os entende é porque, das duas uma: ´

    Ou ainda não percebeu. E isso é grave!

    Ou então não quer perceber, porque simplesmente não lhe dá jeito.


    Quanto ao resto do seu comentário, abstenho-me de comentar.
    A vertente cómica/ressabiada, assim como a mania da perseguição, são excelentes indícios de que, o mais provável é o sr sofre de algum tipo de esquizofrenia.

    Passe bem.
    Ou no seu caso; menos mal.

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  10. http://www.noticiasaominuto.com/pais/235749/costa-nega-para-ja-construcao-de-parque-subterraneo-no-principe-real

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