A Avenida António Augusto Aguiar faz parte de um eixo importante de Lisboa e na zona encontram-se pontos de interesse que incluem património cultural e arquitetónico de monta para a cidade: o Bairro Azul, um conjunto interessantíssimo de edifícios do Art-Déco tardio ao modernismo só por si dignos de visita, a Fundação Gulbenkian, vários palácios como o palacete Leitão ou o do exército mesmo ao lado do dos Marqueses de Sá da Bandeira, a Igreja de São Sebastião com a sua talha e interiores impecavelmente restaurados, o conhecido armazém El Corte Inglés e várias (muitas) referências.
Mas esta avenida, que ainda conserva edifícios de muita representatividade e de qualidade, está paulatinamente a ser tomada por essa doença rastejante de demolições e substituição.
Aqui ficam as duas últimas entradas no livro
Lisboa Desaparecida, concordem assim os seus brilhantes autores que espero que continuem a trabalhar em novas edições revistas já que material não tem parado de ser oferecido para que estas obras sejam o sucesso que foram.
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Já Não Existem! |
Então cá vão os meus parabéns públicos ao Sr. Presidente da CML que como vêem será um excelente PM, ao Vereador Salgado por não ter salvado mais umas "pedrinhas"e que é um excelente arquiteto, aos proprietários pela ganância grosseira, às instituições de salvaguarda de património pela não preservação destes que estão (ou deveriam) estar na área de proteção do Bairro Azul e da Gulbenkian, pelos projetistas que vão, com certeza, dar aos edifícios novos desta artéria um vizinho com a mesma qualidade.
"três pombinhas a voar, uma é minha, outra é tua, outra é do zé que a apanhar..."
ResponderEliminarPérolas a porcos, pérolas a porcos...
ResponderEliminarO autor do post é livre de adquirir um edifício com poucos pisos no centro de Lisboa e reabilitá-lo da forma que achar esteticamente agradável. Fico também curioso sobre a rentabilidade do projecto. Depois diga-me. Mas com certeza que a sua inteligência empresarial e sensibilidade patrimonial valerão mais do que a ganância e grosseria daqueles que, ao contrario de si, empreendem.
ResponderEliminarMas com certeza que a sua inteligência empresarial e sensibilidade patrimonial valerão mais do que a ganância e grosseria daqueles que, ao contrario de si, empreendem."
ResponderEliminarPor acaso esses da tal "inteligência empresarial e sensibilidade patrimonial" também empreendem.
Tanto que têm sempre casa cheia e alguns até já foram eleitos como melhores hostéis do mundo!
Podemos ser empreendedores sem danificar o património.
ResponderEliminarCaro leitor assíduo do blog,
ResponderEliminaro autor do post sabe quais são as possibilidades que lhe assistem em relação a todos os aspectos da sua vida.
A viabilidade financeira, deste e de qualquer projeto imobiliário, é uma apreciação complexa muito determinada por expectativas; essas, sim, podem ser ganaciosas, grosseiras e inaceitáveis.
Aviso-o, já, que não vai ter mais tempo-de-antena às minhas expensas se continuar a ter uma atitude de não discussão mas antes uma cega, de contra-sistema, não porque condene a última, mas porque é uma postura totalmente falsa em si porque o único sistema que contra o qual está a lutar é o que não existe, porque o que existe combina na perfeição consigo. Talvez o sistema que deveria lutar é o do país a quem paga impostos. Tente. Proteste. Cubra-se de ridículo por lá, que por cá já conseguiu.