A Câmara de Lisboa vai tentar vender em hasta pública, a
realizar esta quarta-feira, vários lotes de terreno para construção, entre os
quais aquele em que está a funcionar, ao lado do Hospital da Luz, o mais
moderno quartel dos bombeiros municipais. O lote em questão tem a área de 9.738
m2, tem um estudo urbanístico aprovado que permite construir 29.164 m2 de
superfície de pavimento depois de demolido o quartel e vai à praça por
15.580.000 euros.
O
principal interessado na compra era até há pouco a Espírito Santo - Unidades de
Saúde SA, proprietário do hospital contíguo ao terreno. O facto de estar
pendente pelo menos uma Oferta Pública de Aquisição da holding Espírito Santo
Saúde pode criar constrangimentos legais que a levem a não apresentar qualquer
proposta. O PÚBLICO perguntou há duas semanas se essa questão estava resolvida
e se a empresa ia comparecer na hasta pública, mas a ESSU respondeu apenas que
o assunto “está em análise”.
O lançamento desta hasta pública foi aprovado no final de Julho
pela assembleia municipal depois de ali ser aprovada a revisão do plano de pormenor
que vem permitir a construção de equipamentos, bem como de habitação e serviços
no local.
A aprovação do plano foi, porém, precedida de uma intensa
polémica relacionada com o facto de ele permitir a demolição do quartel e de a
maior parte dos documentos que o compõem referirem expressamente aquele lote
como sendo destinado à “ampliação do Hospital da Luz”.
Esse destino marcado retirava todo o sentido à realização da
hasta pública e contrariava outros disposições do plano que autorizavam no
local a construção de habitação e edifícios para outros usos. Feitas as
correcções exigidas pela presidente da assembleia municipal, Helena Roseta, a
versão final do plano, que viabiliza também a construção de mais um piso no
hospital e outras obras de ampliação, foi aprovada e entrou em vigor no dia
oito de Setembro.
"demolição do quartel" ??
ResponderEliminarPois...que está ali ainda bem novinho desde meados da década passada (?)
Portanto alguém andou a planear e a brincar com dinheiros públicos. Mas tudo bem..a nossa (boa) economia pode suportar estas coisas.