O apelo da Assembleia Municipal de Lisboa à realização de obras urgentes no Hospital Miguel Bombarda, nomeadamente para sanar o risco de colapso da estrutura do Balneário D. Maria II, parece ter surtido efeito: a Estamo vai, “no curto prazo”, introduzir “melhoramentos” na cobertura deste imóvel, para que a sua degradação "não se agrave". Além disso, a Direcção-Geral do Património Cultural fez saber que decidiu classificar o edifício principal do hospital.
Essa decisão foi, segundo o PÚBLICO apurou, assumida pelo Director-Geral do Património Cultural, Nuno Vassallo e Silva. Ao contrário do que se solicitava num pedido subscrito em Março de 2013 pelas sociedades portuguesas de Psiquiatria, de Neurologia, de Arte Terapia e de Arte Outsider, pela Congregação de S. Vicente de Paulo e por historiadores de arte, a classificação agora determinada não abrange o edifício das chamadas "enfermarias em poste telefónico", o "telheiro para passeio dos doentes" ou o poço e tanque da Quinta de Rilhafoles, limitando-se ao edifício principal do Miguel Bombarda.
A informação de que o hospital vai ser alvo de obras consta de um ofício, enviado há alguns dias à presidente da assembleia municipal pela chefe de gabinete da ministra do Estado e das Finanças. Nele, Cristina Sofia Dias adianta que “está em curso ou já foi adoptado um conjunto de diligências” naquele hospital, que fechou as portas no verão de 2011 e é propriedade da Estamo, a imobiliária de capitais públicos.
Segundo a chefe de gabinete de Maria Luís Albuquerque, no edifício principal do hospital “encontra-se em curso o processo de consulta para adjudicação dos trabalhos de análise, levantamento de anomalias e reparação da cobertura, com ênfase nas zonas de maior valor histórico e patrimonial, nomeadamente sobre a capela, salão nobre e gabinete de Miguel Bombarda”. Esses trabalhos, diz-se, “permitirão identificar a origem das infiltrações que, aparentemente, são a causa próxima da deterioração dos espaços interiores”.
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Boa notícia. Ainda não todo classificado, mas uma parte importantíssima.
ResponderEliminarPena que as obras no balneário se fiquem pela consolidação e não pela reabertura plena do balenário e visita ao público.
De qq modo estão de parabéns todos os que têm lutado para salvar o máximo do riquíssimo património da Colina de Sant'Ana
Cheira a eleições.
ResponderEliminarTalvez fosse bom pensarmos quais os mecanismos que levam edifícios JÁ classificados como IIP....chegarem a este estado ?
ResponderEliminarPorque enquanto estes maus hábitos não mudarem, continuamos a proteger património com tigres sem dentes.