(Rui Gaudêncio, Público)
Tenho acompanhado a polémica dos
tuk-tuks em Lisboa com um
sorriso no canto da boca. O debate chegou à AML, que avançou
com várias propostas para o executivo. Pedem-se regulamentos,
fixação de horários, de percursos e de um limite máximo para o número
deles, e até que os restantes lisboetas paguem (vulgo "incentivos
fiscais") para que passem a ser eléctricos.
Quais são afinal as queixas? Poluição
sonora, poluição atmosférica, estacionamento caótico, congestionamento,
destruição de calçadas, atentado à privacidade nos bairros históricos; todas queixas válidas, nenhuma delas exclusiva aos tuk-tuks. O
enorme número de automóveis na cidade de Lisboa causa isto tudo e mais.
Ajudado por muitas das motas na poluição sonora, o automóvel consegue
um impacto bem mais forte (a destruição das calçadas é o exemplo mais
ridículo, basta olhar para a foto para perceber a diferença), só que...
esses já cá estavam. E são quem manda na cidade.
As soluções que são propostas pela AML espelham bem isto. Repare-se que aplicar as leis já existentes seria suficiente para reduzir estes impactos negativos,
disciplinar os tuk-tuks e conter a sua proliferação. Se um tuk-tuk for
efectivamente proibido de estacionar ilegalmente, dificilmente poderá a
continuar a funcionar como funciona hoje. Mas aplicar as leis já
existentes (ruído, estacionamento, restrições ao trânsito) também seria
chato para... (sim adivinharam) para o automóvel. Os novos regulamentos
são uma maneira de contornar isso, tratando como diferentes, incómodos
que são bem semelhantes.
E depois dá-se que os condutores de tuk-tuks passam sempre recibos dos valiosos serviços que prestam, não há direito a uma perseguição como esta.
ResponderEliminarOs tuk-tuks estão a sevrir de bode-expiatório para a crónica falta de visão e de lógica da AML e da CML.
ResponderEliminarGosto dos tuk-tuks mas estão completamente "on the loose" :-)
ResponderEliminarAté que enfim que surge algo neste blog sobre os tuk-tuk, com pés e cabeça.
ResponderEliminarBravo.
ResponderEliminarCondutores dos tuk tuk a maioria indianos, são agressivos não respeitam nada nem ninguém. Moro na zona Castelo alfama não passam recibos. Quando termina este nosso viver fomos invadidos? Já chega não
ResponderEliminarBom blog
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