Estrasburgo, avenidas inteiras com o património Entre-Séculos preservado e valorizado. |
Lisboa, avenidas inteiras com o património Enre-Séculos destruído, adulterado, esventrado, em ruínas. O reino do espelhado e da arquitectura banal é a imagem de marca de Lisboa. |
Estrasburgo, quarteirões inteiros com o património fin-de-siècle habitado, vivido, mantido. De portas a janelas, de jardins a ferragens, nada é deitado fora. A cidade ganha todos os dias. |
Estrasburgo, grandes prédios salvos na íntegra, comtinuam a espantar pela positiva os visitantes e os residentes. A terciarização da cidade não foi sinónimo da sua destruição. |
Estrasburgo, moradia entre-séculos. Fachada que continua a fazer parte do legado da cidade. Dos mosaicos às janelas, nada foi alterado de forma invasiva e destruidora. |
Lisboa, moradia entre-séculos destruída pela incúria, pela visão imediatista, eleitoralista e de curto prazo, com que se regem os destinos de Lisboa Desta e de dezenas de outras casas, nada sobrou. |
Estrasburgo, prédio entre-séculos a ser restaurado. nada de cabeçudos, de levantamento imbecil de cérceas, de edificíos engolidos por outros numa perversão arquitectónica degradante e insuportável . |
Lisboa, edifício intervencionado e destruído. Um dos grandes da rua Braancamp perdido para sempre. Esta imagem traduz o vasto campo de indigência urbana em que Lisboa se tem vindo a transformar. |
Estrasburgo, casa do século XVIII com mansardas preservadas. nenhuma casa do centro histórico pode ser desvirtuada de forma definitiva. |
Estrasbugo, palácio Rohan, magníficamente salvaguardado. Notável residência aristocrática, continua a pontificar no retrato urbano da cidade. |
Estrasburgo, fachada tardoz do palácio Rohan. |
Belo post, ou melhor, awesome and terrific post :-)
ResponderEliminarGostei particularmente do atestados de incompetência na comparação com a gaiola pombalina....
ResponderEliminarAndo neste momento à procura de um edifício para recuperar e morar e o que tenho visto é de bradar aos céus. O que ouço dos proprietário e agentes imobiliários demonstra que somos pequenos, ignorantes e não temos emenda. Acabei de chegar de Munique, a minha segunda cidade por razões familiares, e só tenho de me envergonhar porque a capital de Portugal é uma autêntica favela se comparada com essa cidade alemã. Estava tão desabituado que hoje caí numa caldeira vazia porque estava a olhar... para o lado! Imagine-se a minha ousadia, não olhar para o chão enquanto ando!! Por favor, e este homem que se diz presidente quer ser Primeiro Ministro!
ResponderEliminarE podem ter a certeza que o imóvel da último foto (perdão, queria dizer "monumento") já está a ser preparado para ser chungado e descaracterizado pelos "melhores arquitectos do mundo" não é sr. manue l xalgado?
ResponderEliminarExcelente e (terrível) post!
ResponderEliminarPena que os canais televisivos não comecem a fazer reportagens sobre este assunto, ao invés só nos atiram lixo para os olhos.
Toda a gente sabe que Estrasburgo é o reino das rendas congeladas. E a burocracia nos licenciamentos é pior que a nossa. A justiça lá também demora décadas a resolver os problemas relacionados com terrenos e heranças.
ResponderEliminarO que não nos faltou foram edifícios igualmente majestosos:
ResponderEliminarPara a 1º foto arranjo esta foto de um troço da Rua Pascoal de Mello que era composta por uma série deles (desafio quem não vive em Lisboa, e quem a desconhece, a fazer uma visita ao google maps e ver com os seus próprios olhos como é que aquela rua está agora - não se assustem):
http://c1.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/udc0533f9/8074635_NwT8a.jpeg
Para a 3ª, arranjo o edifício do anjo:
http://lisboahojeeontem.blogspot.pt/2012/10/avenida-fontes-pereira-de-melo-saldanha.html
Para a 5ª, o imponente edifício que ficava no gaveto da Fontes Pereira com a António Serpa:
http://carmoeatrindade.blogspot.pt/2007/04/sem-palavras.html
Para a 6ª o antigo Teatro Apollo:
http://www.caravelas.com.pt/Lisboa_T_Apolo.jpg
E por ai adiante; enfim...
Só para depois não aparecerem por aqui(blog) certas personagens a tentar levar a cabo lavagens cerebrais aos mais incautos, afirmando que nunca tivemos nada parecido com os exemplos de Estrasburgo!
comparação muito imparcial. vamos comparar o bom com o bom, e o mau com o mau...
ResponderEliminarreagindo ao anónimo das 10.55
ResponderEliminarO que está escrito é absolutamente objectivo. Em Estrasburgo tb há casos graves, como em todas as cidades, a diferença é que são limitadas em número e não destruíram a imagem da cidade para sempre.
Lisboa admite a política das demolições de todo o património entre-séculos. è uma hecatombe. Dizer que se deve comparar o bom com o bom e o mau com o mau, é não quere encarar de frente a destruição irreversível do património lisboeta
Talvez não se tenham dado conta, mas em Estrasburgo não há sismos. Em Lisboa, o património "entre séculos" é perigosíssimo! Portanto, sim, devem ser substituídos por edifícios seguros.
ResponderEliminarCaro Mário Gomes,
ResponderEliminara grande parte da Itália é sismica mas não os leva a demolir edifícios antigos, pois não? Antes pelo contrário, lá preserva-se como nunca se faz aqui. Pare com esse argumento que é desculpa de consciência pesada para a falta de cultura, espírito pobre e desleixo.
O comentário do Mário Gomes é brutal..
ResponderEliminarFaz com que todos os profissionais (por esse mundo fora) do sector de reabilitação estrutural de edificios antigos, corem de vergonha.
O último a sair que feche a porta!
Este país já era!
Em Nápoles, bem mais sísmica do que esta cidade em falência, não vi nada que se comparasse com esta destruição em massa que acontece ao edificado histórico de Lisboa.
ResponderEliminarEu acho divertido que estejamos sempre a comparar-nos com sitios como Estrasburgo... capital do despesismo europeista! Porque e que nao nos compara com Luanda? Esta vontade de bater o peito do "bom portugues" e afinal uma maravilhosa desculpa a "culpabilizacao do alguem", do responsavel por tudo isto, do outro vago... o DDT ja foi! Quem e que tem a culpa "disto" agora?
ResponderEliminarreagindo ao anónimo das 10.16
ResponderEliminarÉ sua, é minha, é dos políticos é de todos e de ninguém em particualr, à parte todos aqueles que podem exigir e não exigem, podem decidir para melhor e não decidem.
Luanda??? Sim que se compare uma cidade com dois mil e anos de histórioa com uma com cerca de 300. faz sentido, até pelo clima
É de chorar sem fim...
ResponderEliminarA minha alma contorse-se ao andar por esta cidade, outrora dificilmente igualada...