20/03/2015

Lisboa e o seu amor interminável pelos "tags" e demais pinceladas















Percurso turístico Escadinhas da Achada - Escadinhas de São Cristovão. Praticamente não há uma parede, um caixote do lixo, uma porta de entrada, um portão, livres deste à-vontade com que se vandaliza o património de outros. Em nome de pseudo-espíritos livres que têm sempre muito a dizer ao geral da sociedade e em particular ao resto dos grupos com quem partilham, aviltando, o espaço que é de todos, a cidade torna-se uma manta desfeada e pintalgada.

Na sua sapiência a CML assegura-nos, assim nos tem sido dito em várias reuniões com este executivo, que há estudos que provam a justeza da abordagem escolhida pela CML, limpar repetidas vezes o que repetidas vezes é destruído. Que isso se faça gastando sempre dinheiro público parece não incomodar ninguém. Noutras paragens estas tintas vendem-se a quem provar que precisa delas, noutras, ainda, os criativos autores desta abnegada e edificante forma de "arte" são obrigados a limpar e a fazer serviço cívico em prol da comunidade.

Cá pelo burgo o mote é: contra tags e pinceladas, marchar, marchar, até que os senhores artistas se cansem.
Quem já está cansado é o vulgar cidadão que gostaria de ter a cidade limpa. Mas isso, em Lisboa, é pedir demais.

9 comentários:

  1. O cidadão de Lisboa (como eu) fica estupefacto ao deparar todos os dias com turistas a fotografar coisas como aquelas - pessoalmente, ignoro se a generalidade chegará ao ponto de as apreciar, ou se (como parece mais razoável) achará a coisa pavorosamente terceiro-mundista.

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  2. Se a abordagem for limpar o que é sujo então tem de ser feito diariamente e não 2 vezes por ano ou coisa que o valha.

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  3. Porque é que os autores deste post, e de outros no vosso blig, chamam esta porcaria de arte? Sinceramente nunca vi mais ninguém fazê-lo senão vocês, que o fazem reiteradamente. E a meu ver, isso só demonstra a vossa ignorância do que é arte e não abona nada a vosso favor.
    E já agora, propõem que a câmara faça o quê, se não for promover a repintura? É que como muito bem sabem as restantes sugestões que fazem não são competencia da câmara...

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  4. Resumindo em miúdos existem porcos em toda a cidade sem o mínimo de civismo, e como tal, fazem isto, apelidando de arte.

    Ou camara anda sempre com o pincel na mão todos os dias, ou a polícia tem que os identificar, pô-los a pagar a limpeza ou serem presentes a um juíz para serem punidos devidamente.

    Só assim a coisa vai para termos uma cidade limpa.

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  5. Reagindo ao anónimo das 7.49 da manhã.

    O argumento das competências da CML tem várias limitações, a primeira, e a que mais importa, a CML pode adoptar regulamentos extraordinários na sua área de jurisdição quando estima que as circunstãncias a isso obrigam.

    Logo, em relação à praga de tags, a CML poderia reabilitar o Regulamento de Posturas que foi engavatado por, provavelmente, ter sido considerado demasiado severo...

    Arte? Julguei que quem lesse perceberia o sentido figurado. Afinal não. É preciso dizer que aqui neste blgue a "malta" sabe distinguir entre Arte Urbana e esta delapidação da cidade

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  6. E fotografar (ou mencionar, vá) a pintura recente na zona da Graça e Castelo que acabou com os rabiscos numa área bem grande? Dá trabalho?

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  7. Reagindo ao anónimo das 12.49

    Dá. Ninguém o proibe de lá ir. Não argumente, a seguir, com a linha editorial do blgue, do bota-abaixismos e coisas semelhantes.

    O problema não são as vezes que a CM pinta, mas a abordagem escolhida.

    Termos como, compensação social, punição, aplicação do principuo do "estragador-pagador".são tudo termos que causam alergia a este executivo.

    Se o anónimo está convencido que este executivo tem sido um bem para a cidade, está no seu direito. Não comungo, contudo, dessa avaliação.

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  8. Não sei 12:49. Porque não as coloca o sr. cá?

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  9. Tente aplicar o princípio do "estragador pagador" a marginais que deambulam pelas ruas às 4:30 da manhã de lata na mão. Tente apanhá-los em flagrante. Boa sorte.

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