O que determinou mais esta atrocidade sobre o património vegetal que é de todos os lisboetas e não das Juntas de Freguesia nem mesmo da própria Câmara Municipal ?
A árvore está implantada no interior do jardim, não tem problemas fitossanitários, não constitui perigo para pessoas ou bens, não liberta produtos que provoquem alergias. Quais então as razões apontadas ?
Acresce que a árvore em apreço está em pleno período de floração (como se pode ver na foto), altura em que todas as suas reservas são chamadas para a realização deste ato. A poda agora executada poderá por em causa a sobrevivência deste exemplar.
Pensamos que é altura, dado o avolumar de ações lesivas do nosso arvoredo, que a Sociedade Civil se una e exija, pelos meios legais ao seu dispor, que os culpados, infratores das leis e deliberações camarárias vigentes, sejam responsabilizados pelas ações que têm vindo a perpetrar.
Deve também a Sociedade Civil envolver as forças políticas com assento na Câmara Municipal de Lisboa e Assembleia Municipal de Lisboa para que revejam a Lei n.º 56/2012 de 8 de novembro –Reorganização administrativa de Lisboa - tendo em vista a gestão e manutenção de espaços verdes, que pela sua importância não podem ser encarados com leveza, mas sim como um fator estruturante e coeso, com um plano diretor que deverá ser o resultado de um estudo aprofundado.
Pinto Soares
Deve ser para o pessoal que aí passa as noites ter mais espaço para se enfrascar, urinar, berrar, vandalizar o jardim, etc, etc. Assim ficam mais à vontade.
ResponderEliminarA criminosa leviandade com que se (mal)tratam as nossas árvores está a atingir foros de paroxismo.
ResponderEliminarQue saudades de um comentário sobre urina. Já começa a ser preocupante, será que o blog tem problemas de incontinência?
ResponderEliminarEu próprio falei com o presidente da Junta da Estrela que me disse que não há podas sem o parecer da CML. Ora, não pondo em causa a veracidade da afrimação, não resisto a questionar a bondade desse tratado de boas práticas fitossanitárias:
ResponderEliminar- este exemplar de Bela-Sombra tem um copado onde não há sinais de doenças
- das pernadas cortadas consegue ver-se que o interior estaria em bom estado
- a dendrocronologia permite fazer amostragens para testar o estado de saúde das árvores
- algumas pernadas tinham mais de 52 anos ( a contagem dos aneis permite saber a idade de uma árvore).
- estas árvores têm um crescimento vegetativo diferente das árvores autóctones. estas desenvolvem muitos ramos secundários que não são ramos-ladrões. O seu corte pode acarretar a morte da árvore
- Há exemplares de Bela-Sombra em Lisboa, bem mais pequenos do que este que são classificados.
- Neste jardim há 8 tipuanas classificadas, Segundo parece as intervenções em arvoredo próximo de conjuntos classificados tem que ser alvo de uma derrogação. Terá sido, com toda a evidência, o caso. . .
A lista poderia continuar. É claro que todos estes argumentos constarão no douto parecer da CML que esteve na base desta acção arobiricida. Em breve segurião os jacarandás porque deitam melaço, as tipuanas porque estão muto grandes e são perigosas, os choupos porque causam alergias, o mesmo será válido para os plátanos, com a hecatombe das palmeiras centenárias (não se mencione o desinvestimento da CML nessa frente, para não ferir a sensibilidade dos que acham que Lisboa nunca esteve tão bem), temos um retrato avassalador da capital.
Jardins destruídos e avenidas inteiras sem árvorres de alinhamento.
Por isso, e em prol da transparência, argumento sempre ao gosto dos eleitos que nos governam, com tendência em ser utilizado quando dá jeito e, rapidamente, esquecido quando não, exigimos às seguintes Juntas de Freguesia:
- Arroios, pelo arboricído dos lodãos do Jardim Cesário Verde.
- Santo António, pelo corte das tílias e do Lodão-bastardo classificado, na Praça da Alegria
- Areeiro - pela insana e selvagem poda dos freixos da Guerra Junqueiro e pela ameaça de repetir a façanha na Praça de Londres
- São João de Brito - pela arranque de todas as nogueiras-negras da Rio de Janeiro
- Estrela - pelo corte selvagem da Bela-Sombra monumental no Jardim de Santos e pelo abate da gigante tília no jardim das Francesinhas
que publiquem os pareceres técnicos que estiveram na base dessas utilíssimas acções.
Lisboa verde? Jardins bem tratados? Tudo ideias de uma certa cidade absolutamente alheadas da mente dos senhores autarcas.
Tal como os moradores em determindas zonas da noite, também as árvores estão a mais em Lisboa.
Caro Miguel Velloso,
ResponderEliminarDevemos também exigir à Junta de Freguesia das Avenidas Novas a apresentação dos pareceres técnicos que legitimaram o abate de 12 Choupos-brancos,que constituíam a totalidade das árvores adultas da Rua Tomás Ribeiro.
Pinto Soares
Caro Pinto Soares,
ResponderEliminarObrigado pela informação. irei passá-la já aos coordenadores do bloqgue
E neste momento é na Graça ( miradouro Sophia de Mello Breyner) , Junta de Freguesia de São Vicente, vários abates muitas podas (em Maio!!) e quase nenhuma informação.
ResponderEliminarAcresce que estamos em período de nidificação de muitas espécies de aves, pelo todas as operações de abate e poda de árvores deveriam ser imediatamente suspensas.
ResponderEliminarPinto Soares