Para além da importância óbvia dos fins que estiveram na génese desta Instituição, cujos primeiros beneficiados eram os seus próprios associados, entenderam estes alargar os seus nobres desígnios à sociedade em que se inseriam.
Pela própria natureza da sua fundação, uma associação de carácter profissional, o pendor dos seus associados era claramente republicano, o que não impediu que o trabalho desenvolvido pelo Ateneu fosse reconhecido pela família real, reconhecimento que se manteve após a implantação da República em 1910, sendo Bernardino Machado, um dos três primeiros Presidentes da República Portuguesa, sócio de mérito do Ateneu.
Muitos mais nomes incontornáveis da nossa história enquanto Portugueses se vieram a juntar a esta nobre causa e a ela inúmeros anónimos que se revelaram de uma importância fulcral para a consolidação do Ateneu e do papel que assumiu junto de uma comunidade residente maioritariamente precária na satisfação das necessidades que não encontra ainda hoje par. Na memória ainda residem os atletas que o Ateneu criou, filhos da comunidade local, subtraídos a um destino de desgraça, agraciados com trofeus olímpicos e medalhas de mérito desportivo.
O Ateneu é uma Instituição de Utilidade Pública, por Decreto de 23 de Junho de 1926, mas sobretudo por direito próprio!
As adversidades conduziram o Ateneu à situação de insolvente e as suas instalações são brilhos nos olhos da especulação imobiliária e outros interesses incompatíveis com os propósitos com que foi imaginado e mantido.
O Ateneu deverá persistir fiel aos seus objetivos: proporcionar à comunidade onde se insere a prática de atividades de natureza cultural, recreativa, desportiva e de educação física.
Hoje, é o Ateneu que precisa da comunidade e da cidade que tem vindo a servir em mais de 130 anos de história! A cidade somos cada um de nós e cada um dos nomes abaixo é uma voz que se levanta para subtrair a um destino fútil aquele que retirou tantos homens e mulheres do fado trágico a que a vida os tinha votado!
Não queremos mais um armazém de roupas de luxo ou um novo hotel. Queremos um Ateneu vivo, capaz de se auto financiar, aberto à sua comunidade e à satisfação das necessidades desta. Quiseram os seus fundadores destinar os fins do Ateneu à comunidade que o acolhe e é a essa comunidade que queremos dar o direito de dizer o que quer dele fazer!
Eu, abaixo assinado quero que o Ateneu mantenha e recupere todas as atividades culturais, recreativas e desportivas que dedicou à comunidade onde se insere e aos mais desfavorecidos recuperando os fins a que foi destinado pelos seus fundadores,
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OK, quem paga? Quem gere o Ateneu com "atividades culturais, recreativas e desportivas"? Assinar a pedir dinheiro dos outros é fácil. Investir e gerir, para isso ninguém se chega à frente.
ResponderEliminarFMS quando puder diga algo com mais substância.
ResponderEliminarEstamos ansiosos por conhecer o que pensa.
Lisboa também lhe pertence.
Acelistas mobilizem-se.
ResponderEliminarJá não há acelistas?
135 anos para isto?