In Observador/LUSA (4.5.2016)
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In Correio da Manhã
« [...] A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou que vai apresentar uma queixa-crime contra o jovem. "Vamos apresentar queixa por danos ao património do Estado", disse a fonte da IP à Lusa, sublinhando ter-se tratado de um "ato de puro vandalismo". Segundo a mesma fonte, aquela estação é património do Estado e está concessionada à IP. A Infraestruturas de Portugal está a "avaliar o valor da peça, que tem 125 anos", e, depois de se chegar a um número, "será formalizada a queixa-crime". A fonte da IP referiu ainda à Lusa que a empresa tem a intenção de restaurar a peça, indo agora avaliar se isso é possível. "Há uma réplica no Museu do Chiado, mas aquela é a original", afirmou, acrescentando que a estátua está a ornamentar a estação desde a sua inauguração, em 1890. A mesma fonte assegurou que a estátua estava "perfeitamente segura e em bom estado de conservação", afastando um cenário de desgaste.»
"Cidade sem rei nem roque"?
ResponderEliminarJá cá faltava o comentário político, ao nível de uma qualquer caixa de comentários, pasto farto de superiores morais, que de resto já advogam a prisão perpétua e a morte lenta para o mentecapto alpinista/fotógrafo, enquanto, claro, se manda a tacada ao governo, às autoridades ou qualquer outra entidade por poderem eventualmente evitar o ocorrido (talvez preferissem uma grade à frente da estátua).
Portanto responsabiliza-se "a cidade" pela inconsciência de 1 (uma) pessoa. O que é "a cidade", pergunto? É esta pessoa? Ela condensa tudo o que está errado na cidade, é isso? Porquê ficar por aí? Porque não culpar esta pessoa por tudo o que está errado no país ou no mundo?
Pelo acto irreflectido de UMA pessoa, generaliza-se e suspira-se sobre "esta cidade", sobre "este país", sobre "estes tempos em que não se respeita nada nem ninguém"?
Não interessa saber qual a punição, a multa, as consequências. Interessa vir dizer à boca cheira que "se calhar nem lhe acontece nada", enquanto que por dentro se esfrega as mãozinhas.
Afinal, tudo o que puder manter viva a fogueira da desgraça e do discurso pessimista é bem-vindo.
Extraordinário, o raciocínio português.
"Perfeitamente segura"...hummm ??
ResponderEliminarEu ouvi esta notícia na rádio (M80) e foi dada tipo a gozar. Pensei eu na minha ignorância ser daquelas estátuas dos dias de hoje em gesso no meio da estação, mas não o era pelo que li agora. Com a atitude dos locutores, banaliza-se o vandalismo, sendo contada no meio de risos e com o final surpreendente de o vândalo não se ter magoado que era o mais importante.
ResponderEliminarFiquei também surpreendido com o comentário de "Júlio Amorim,"Perfeitamente segura"...hummm ??".
Com aquela altura era preciso estar presa com aço? Esteve lá 125 anos e foi preciso surgir um vândalo no século XXI para a derrubar. Espantoso como o problema não é o selvagem, mas sim como estava segura, tendo lá estado os referidos 125 anos.
Não é por acaso que estamos no estado em que estamos. Em Inglaterra, Alemanha em sei onde este vândalo estaria e por quanto tempo estaria. Vamos ver o que vai ser por cá!!!
João
Era um pobre turista do norte do país.
ResponderEliminarProvavelmente ficou entusiasmado com os próximos projectos que o tripeiro Souto Moura irá brevemente "obrar" em Lisboa - Auditório da SCM e edifício na Praça das Flores (ambos aprovados pelos tripeiros Salgado/Medina) - e quis juntar-se à festa..
Ainda alguem dá algum credito aos locutores da M80? Talvez devessem ter uma reciclagem e formaçao superior, que não têm, para comentarem temas dos quais nada sabem.
ResponderEliminarCaro João!
ResponderEliminarUma estátua "perfeitamente segura" custa bastante a derrubar/remover, especialmente quando está colocada num nicho e com os requisitos de segurança normais.
"Com aquela altura era preciso estar presa com aço?"....exactamente isso e....inoxidável !!
Caro Julio, disse aço como poderia ter dito outro material forte. Quanto ao inoxidável... nem resposta leva.
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