Dr. Fernando Medina
Cc. AML, DGPC, SRU Lx Ocidental, Arq. MGDias, JF e media.
Serve o presente para apresentarmos o nosso protesto veemente pela destruição quase integral do Teatro Luiz de Camões/Belém Clube, teatrino histórico sito da Calçada da Ajuda, por iniciativa da empresa municipal SRU-Lisboa Ocidental e ao abrigo de um suposto projecto de reabilitação do espaço, do arq. Manuel Graça Dias, que afinal se revelou um projecto de alterações profundas e de construção nova, apenas isso.
Assumimos, erradamente, que o intuito de tal projecto fosse a reabilitação de facto do edifício, que necessitava, basicamente, de uma operação de restauro, e que o deixassem genuíno, eximindo-se os intervenientes da tentação de nele exibirem "marca de autor", contemporânea, num edifício que dela não necessitava. Acreditámos, infelizmente, na bondade de uma iniciativa apregoada pelos agentes envolvidos como de valorização da zona. E acreditámos na resposta da SRU Lx Ocidental ao nosso pedido de esclarecimentos de 2012 (http://cidadanialx.blogspot.pt/2012/05/teatro-luis-de-camoes-cc-ajuda-atencao.html). Puro engano, já que Lisboa ficou mais pobre.
Mais uma vez, os responsáveis pela destruição de património na cidade ficarão impunes.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Gonçalo Cornélio da Silva, Jorge Pinto, Maria de Morais, Luís Serpa, Inês Beleza Barreiros, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Alexandre Marques da Cruz, Miguel de Sepúlveda Velloso, André Santos, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Jorge Santos Silva, António Araújo, Nuno Vasco Franco e Irene Santos
Este "Theatro Luiz de Camões" abriu as suas portas em 1880.
ResponderEliminarCumprimentos
José Leite
Estes mandatos do vereador Manuel Salgado têm como refrão a destruição do património da cidade de Lisboa.
ResponderEliminarEstou triste.
ResponderEliminarA SRU existe porquê...? E a Uit Ocidental qual a relação e a justificação para a existência desta gente..., paralelamente ainda temos a Junta de Freguesia!
ResponderEliminarTantas entidades pagas por nós, a trairem-nos e a destruirem tudo (memória e escala humana, etc) com justificações completamente idiotas, sempre fingindo que é para 'melhor'.
A agenda encapotada da destruição das nossas raízes, memória e cultura, com a agravante dos roubos financeiros e até ambientais que têm sido permitidos (mamarracho dos coches e maminha da edp) começam a estar demasiado visiveis, a privatização encapotada do espaço público, com os negócios das esplanadas e dos hediondos 'mopis' transformaram esta zona e Lisboa em geral numa manta de retalhos desastrada e desagradável que terá a breve trecho consequências que poderão ser muito graves.
Não vale a pena explicar muita coisa a quem não quer perceber e pactua com as merdas do 'street food', patrck day e outras tretas em inglês, ou com a compra de aparelhos de ginástica e outras porcariazinhas, como a praia fluvial (virámos aldeões dum mundo parolo e psicopata e tal como os camarões estamos a ser embebedados antes de nos cozerem e comerem de vez :)) que em vez de estragarem
ou modificarem (e infelizmente sempre para pior) dveriam manter.
A desculpa esfarrapada de que não há dinheiro para manter a calçada ou os canteiros da Praça do Império, só demonstra a gravidade da má gestão desta gentinha (de Vichy) e a sua má fé.
Até acredito que irão ter cada vez menos dinheiro, porque eu pessoalmente que pago alguns IMais em Lisboa, estou a pensar sériamente em ir viver para a província, neste momento evito o mais possível passar por Belém, porque Fico automáticamente enojado e mal disposto com aquelas alarvidades e manta de retalhos ( pro j do arq. João Nunes - esqueceu-se do albedo - cç da Ajuda virou escura e feia... A profusão de pirosos candeeiros, etc) ... Não há dúvida seria uma benesse para este planeta e para o excesso de população, para a guilhotina já! ... E todos os intervenientes ou coniventes. Esperemos que pelo menos paguem através do karma :)
Pessoalmente já não voto mais e quero esta gente toda presa!
Sou actor de cinema e teatro e estou cada vez mais convicto que toda a classe politica de agora e do passadio, estão cada vez mais indiferentes para a cultura e su património. Tiram o que ha de melhor e cada vez apoiam menos, bem como cada vez subsidiam menos, dificultando cada vez mais, os nosso artistas portugueses e dão louros e vénias aos artistas estrangeiros.
ResponderEliminaro mais triste é que os lisboetas pouco fazem para proteger o seu património. pouco a pouco as janelas e as portas (sem falar da calçada que é mais obvio), por exemplo, estão a ser substituídas por alternativas baratas e feias. já há 5 anos que infelizmente não vou a portugal, e se calhar por isso a minha opinião não conta, mas já em 2010 me lembro de algumas ruas em que a maioria das janelas e portas centenárias tinham sido substituídas por elementos de alumínio e plástico. como isso não causa indignação geral é um mistério para mim.
ResponderEliminarÉ uma pena que este teatro tenha desaparecido. Trabalhei lá pelo menos uma vez e ainda tinha capacidade para ser restaurado com fundos da Câmara ou da Cultura. Era uma pérola, uma jóia. O que se fez foi um crime.
ResponderEliminarA Câmara Municipal de Lisboa que anda a fazer desenhos de pedra na Av. da Republica e a "embelezar" a cidade de árvores, onde já existem, bem pode gastar alguns trocos a "adquirir" esse belíssimo espaço de Teatro em Belém, antigo e simpático, pertencente a uma comunidade dum bairro bem antigo.
ResponderEliminarSou arquiteto brasileiro e especialista em arquitetura teatral luso-brasileira. Passei uma temporada de estudos em Portugal investigando os teatros do século XVIII e descobri, de modo comprovável que o Teatro Luiz de Camões foi construído em 1735 por D. João V, como Theatro da Real Quinta de Belém. Permaneceu fechado no século XIX sendo utilizado como parte das cavalariças do paço e foi adquirido por um empresário que reformou-o e reabriu-o em 1880. Portanto, este "era" o mais antigo e histórico dos teatros portugueses de que se tem notícia e custa-me ver o grau de destruição impetrado àquela joia da Coroa Portuguesa.
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