Na Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, vão nascer um lar de idosos e uma unidade residencial para jovens. As obras já começaram, com a reabilitação do Palácio do Marquês do Alegrete, dos seus azulejos e pinturas murais.
Construído no século XVIII por iniciativa do 2.º Conde de Vilar Maior e 1.º Marquês de Alegrete, o até aqui degradado e inacessível Palácio do Marquês do Alegrete, na freguesia lisboeta de Santa Clara, está a ser reabilitado e em breve passará a estar aberto à comunidade. A iniciativa é da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que está a desenvolver no local um projecto que inclui a criação de uma residência para idosos e de uma unidade residencial para jovens.
“Este mega projecto tem por base a intergeracionalidade”, sublinha a directora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da SCML, durante uma visita do PÚBLICO ao local. Helena Lucas explica que estão em causa três obras diferentes, que serão executadas de forma faseada. Quando estiverem terminadas, jovens e idosos passarão a partilhar o mesmo espaço, parte do qual estará também acessível a todos os que o queiram visitar. A primeira dessas obras está já em curso e passa, como resume a dirigente da instituição, pela “reabilitação exterior e interior, na íntegra” do Palácio do Marquês do Alegrete. Está em causa um investimento de “cerca de um milhão de euros”, que contempla também a recuperação do “jardim romântico” que se desenvolve nas traseiras do palácio e do qual se avista o Aeroporto Humberto Delgado.
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Tanto o palácio como o jardim, que foi já limpo de todo o mato que o cobria, vão passar a estar abertos ao público, assumindo-se como algo que a SCML designa como “unidade social”. A ideia, como explica Helena Lucas, é que no interior do edifício surja um restaurante e uma cafetaria/casa de chá, bem como um conjunto de salas que permitam a realização de actividades diversas e de eventos culturais.
Já aprovada pela Câmara de Lisboa foi a segunda das obras a desenvolver na Quinta Alegre, cujo arranque se estima que possa ocorrer no início de 2017. Trata-se da construção da chamada “unidade assistida”, que terá 75 camas e se destina a acolher funcionários aposentados da SCML. Para tal vai ser construído um novo edifício, estando igualmente previsto o aproveitamento de parte dos “pavilhões agrícolas” anexos ao palácio, que actualmente se encontram praticamente em ruínas.
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