25/09/2016

Terraços do Carmo - o que falta tirar, aplausos parciais

Terraços do Carmo, embora seja um monumento excepcional em Lisboa, o Convento e a sua abside nunca esperariam que uma vulgar  e banal mesa de mistura com um nome original e saído de um tratado de filosofia "Misty Roof", lhes fizesse companhia em pleno séc- XXI. Já agora o roof é para quê? Será uma piada de mau gosto em relação a um monumento que ficou dolorosamente sem ele?


Este é o irmão menor do bar do piso superior. Tudo cheio de música chill-out, que é como quem diz, "curtamos aqui uns cokteis neste sand-beach-bar, promovido a roof-top bar, sem top e muito menos sem roof, numa sunset party." (aqui nem vê-lo, ao sun, a coisa está orientada para nascente). Estes recintos e as suas actividades, cabem todos na gama dos conceitos, uma coisa que serve para toda a traquitana.

Ao que parece esta ilha de bebidas escapou à fiscalização que em boa hora mandou tirar as espreguiçadeiras saídas de uma barateira qualquer de borda de estrada


E já agora, quando as agrestes nortadas de inverno bombarem nesta esplanada, os promotores deste bar de feira esperam o quê? Construir barreiras de tabique, abrigos de lona, aquecedores iguais aos da R. Augusta?  A julgar pelo bom gosto e oportunidade reinantes,  tudo é de esperar.




3 comentários:

  1. Em resposta à pergunta colocada no último parágrafo, foi precisamente isso o que o concessionário prometeu instalar: "Olha-se para esta área, colada às ruínas do Carmo, e em reverência para o Castelo e o casario que fica no seu sopé, e pensa-se: que vai ser disto quando o frio e a chuva nos afastarem das esplanadas? É Miguel Simões de Almeida, o diretor dos dois Topo, que acaba com as interrogações. “A partir de setembro teremos zona interior para 30 pessoas, aquecedores e plásticos para proteger os clientes do mau tempo cá fora.”

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  2. Caro Jameson,


    Obrigado pelo seu comentário.

    e isso é suposto melhorar o espaço?

    parece que em Lisboa, tudo o que não tenha uma esplanada, musica a bombar e muitos e variados conceitos, não serve para nada.

    mesmo que esse "nada" seja a mera vista de uma fachada extraordinária.

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  3. Concordo que se deveriam retirar todos esse elementos que não respeitem o projecto original. Recordo-me que foi precisamente pelo motivo de não se permitir a colocação deste género de equipamentos que
    o anterior concessionário, a patelaria Versailles, acabou por não renovar a sua concessão. Tudo isto está documentado em entrevistas À comunicação social. Agora, porque motivo permitem ao novo concessionário a instalação de todo este material e ao anterior não permitiram, é a questão que se impõe.Cumprimentos

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