«Exmos. Srs. Responsáveis pela Mobilidade das Câmaras Municipais de Lisboa e do Porto
Exmos. Srs. da Associação Nacional de Municípios
Para que não seja acusado de não fazer comentários construtivos, limitando-me a apontar os defeitos das ciclovias levadas a cabo pela edilidade em Lisboa, permiti-me que apresente uma mensagem que considero construtiva e que, rogo, sirva de linhas orientadoras sempre que as autarquias quiserem projetar e construir novas ciclovias.
São basicamente apenas quatro regras que devem ser observadas:
1. Colocar ciclovias sempre a quotas diferentes da zona pedonal e com delimitação física desta; e sempre que possível à quota da rodovia.
2. Obter espaço para a sua construção sempre à custa da remoção do espaço alocado ao automóvel e nunca do peão. Caso tal não seja (politicamente) possível, simplesmente não fazer NADA.
3. Fazer ciclovias contínuas e sempre com um número de interseções igual ou menor que o trajeto equivalente de bicicleta pelo alcatrão/rodovia
4. Fazer preferencialmente, sempre que possível, ciclovias unidirecionais, uma para cada sentido, do lado direito!
Regra 1
Colocar ciclovias sempre a quotas diferentes da zona pedonal e com delimitação física desta; e sempre que possível à quota da rodovia
Regra 2
Obter espaço para a sua construção sempre à custa da remoção do espaço alocado ao automóvel e nunca do peão. Caso tal não seja (politicamente) possível,simplesmente não fazer NADA.
Regra 3
Fazer ciclovias contínuas e sempre com um número de interseções igual ou menor que o trajeto equivalente de bicicleta pelo alcatrão/rodovia
Regra 4
Fazer preferencialmente, sempre que possível, ciclovias unidirecionais, uma para cada sentido, do lado direito!
Atentamente
João Pimentel Ferreira
Engenheiro;
Ex-dirigente da MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta;
Residente na Holanda e utilizador diário da bicicleta como modus movendi.»
Concordo com tudo, mas falta uma regra. Quando a ciclovia é colocada à mesma cota da via automóvel devem-se colocar protecções. Há umas muito discretas que resultam sempre bem e protegem os utilizadores de bicicleta. Mesmo quando vou numa ciclovia à mesma cota da via automóvel acontece fazerem-me tangentes por simples desrespeito que não aconteceriam se as ciclovias estivessem protegidas.
ResponderEliminarConcordo, mas depois chegamos a Lisboa e o que temos são duas vias para peões: um caminho de pedras ou uma passadeira. Infelizmente não chega estar ao nível da estrada para que os mesmos achem que o suave caminho que se estende a seus pés serve para veículos de duas rodas e não para gente de duas pernas, malas de trólei e carrinhos de bebé. Andar na ciclovia da Duque de Ávila ao fim da tarde de uma dia de semana só com uma buzina de pressão de ar, e mesmo assim há quem não despegue a cara do telemóvel para deixar passar, apesar do passeio ao lado ter o triplo da largura. Há que começar por algum lado e espero que a rede anunciada venha mudar a maneira que tem sido adoptada para a construção de ciclovias, mas a sociedade ainda tem muito que aprender no caminho do civismo e do respeito.
ResponderEliminarSubscrevo!
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