- Considerando que a Avenida da Liberdade constitui parte fundamental da Estrutura Ecológica de Lisboa, por promover a ligação entre a Baixa e o Parque Eduardo VII que, por sua vez, faz a ligação a Monsanto, constituindo o Corredor Verde de Monsanto;
- Considerando o valor histórico e paisagístico da Avenida da Liberdade, único no conjunto das grandes avenidas da capital, pela diversidade e qualidade do seu maciço arbóreo, nomeadamente;
· Pela maior e uma das melhores colecções de palmeiras de Lisboa, por um dos melhores e mais frondosos conjuntos de plátanos e pela presença de vários exemplares de espécies exóticas;
· Pela presença de várias fontes e lagos, de placas ajardinadas e de variada estatuária, que reforçam o inegável carácter de uma artéria sem paralelo em Lisboa;
- Considerando, ainda;
· A evidente inexistência de manutenção do coberto arbóreo por parte da entidade (Junta de Freguesia) a quem compete essa tarefa desde a recente transferência de competências (exemplos recentes são as dezenas de árvores juvenis mortas por falta de rega, as caldeiras por preencher, etc.), colocando em risco, inclusive, as invulgares colecções botânicas que existem na Avenida;
· A destruição completa de todas as placas ajardinadas, o abandono de fontes e lagos, a insuficiente varredura e pior recolha de lixo;
· A inexistência de informação técnica e histórica no local;
· A inexistência de qualquer plano de intervenção urgente por parte da actual tutela, e, portanto, uma comprovada incapacidade da mesma em gerir, manter e valorizar um dos espaços verdes mais representativos de Lisboa, do que resulta uma péssima imagem de confrangedora degradação e incúria, contrastando com a forte aposta que a CML e os vários agentes culturais e económicos locais têm desenvolvido na projecção da Avenida da Liberdade aquém e além-fronteiras,
Os abaixo assinados solicitam à CML, na figura do seu Presidente e restante Vereação:
Lisboa, 26 de Outubro de 2016.
Votaram nesta descentralização camarária ?
ResponderEliminarNas próximas eleições têm oportunidade para reverter a situação.
Neste caso não é a descentralização camarária o que está em causa, o que se pede é que seja devolvida à Av. da Liberdade a sua dignidade e o estatuto de espaço verde estruturante da cidade de Lisboa, e consequentemente que ela seja cuidada conforme esse estatuto determina.
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