Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
30/11/2016
Lisboa: Capital Europeia da Demolição
29/11/2016
POSTAIS da RUA DOS ANJOS: lixo
Peço desculpa, o quê?
Lisboa com legendas – reclames que não são de deitar for
Por Joana Amaral Cardoso
28/11/2016
E o grande vencedor do OP 2016 é o "Jardim do Caracol da Penha"
Por Samuel Alemão
Este é o 67º edifício de Norte Júnior conhecido até hoje
E já foi acrescentado ao mapa-roteiro lisboeta dos edifícios do Arquitecto.
Pergunta-se: quando é que a CML intima o proprietário a fazer obras de recuperação do imóvel, que ainda tem inquilinos?
Árvores em Risco: Rua Sousa Martins 20
27/11/2016
ESPLANADAS NA RUA JACINTA MARTO, 6B E 6C
«Ex.ma Sr.a Presidente da Junta Freguesia de Arroios
Ex.mo Sr. Vice Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Ex.mo Sr. Vereador Manuel Salgado
Ex.mo Sr. Vereador João Afonso
Ex.mo Sr. Provedor de Justiça
Ex.ma Sr.a Dr.a Margarida Martins
As imagens anexas registam mais duas esplanadas aprovadas por V. Ex.a (pastelaria Quequinho da Bárbara e restaurante sem nome visível), presumo, em desrespeito pelas leis municipais e manifestamente perigosas. Será que já nem temos direito a abrirmos as portas e a sairmos dos nossos carros?
A verificar-se que as esplanadas foram autorizadas por V. Ex.a, creio que já não podemos pensar em ignorância e incompetência, mas na persistência de uma atitude deliberada e consciente de atropelo de regras e de direitos, mesmo os mais elementares.
Solicito a sua remoção urgente.
Com os melhores agradecimentos e cumprimentos,
M. Lamby»
Texto editado, obrigado, SA!
O Turismo pode trazer problemas, mas Lisboa e Porto não o reconhecem
https://www.publico.pt/2016/11/26/local/noticia/para-travar-a-turistificacao-lisboa-e-porto-tem-de-reconhecer-o-problema-1752685
26/11/2016
Esta é a tipuana com maior copa medida até ao momento em Portugal. No entanto...
Pior, a obra foi começada sem parecer prévio do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, parecer que é vinculativo e que decorre do facto, simples, mas parece que incompreensível para a Junta de Freguesia (pois se a empreitada é de uma empresa, suponho que de paisagismo, o promotor da obra é a JF pelo que lhe compete saber de antemão o que é de quem e como e porquê), desta mesma tipuana ser ÁRVORE DE INTERESSE PÚBLICO, pois a obra avançou sem perguntarem fosse o que fosse ao ICNF.
Daí decorreu embargo (oficial? informal?) da obra, que se encontra parada.
Acontece, porém, que a ausência desse requisito incorre em coima de 100.000 euros (mínimo) porque é uma obra ilegal, violando claramente a Lei nº 53/2012, no que se refere ao perímetro de protecção de uma árvore classificada de interesse público.
Agora que a obra foi embargada, aguarda-se, portanto, a emissão da respectiva contra-ordenação à JF e a reposição do coberto vegetal. Aguardemos, por uma vez, o cumprimento da Lei.
...
Fica aqui a ficha técnica da magnífica mas desconhecida pela JF, tipuana dos Prazeres:
Fotos: Rosa Casimiro
22/11/2016
Árvores da Rua Castilho: cabos de aço para decorações de Natal!
21/11/2016
TERRAMOTOURISM (Lisboa): o documentario
«Olá, publicamos para ver e descarregar o documentario "TERRAMOTOURISM" (2013-2016) apos 3 anos de recolha de imagens na cidade de Lisboa e sobre o processo de turistificação que está a acontecer na cidade.
O link é https://vimeo.com/191797954
Sobre o projeto:
A 1 de novembro de 1755 um terramoto destruiu a cidade de Lisboa. O seu impacto foi tal que deslocou o homem do centro da criação. As suas ruínas legitimaram o despotismo esclarecido.
Lisboa hoje treme novamente, abalada por um sismo turístico que transforma a cidade a velocidade de cruzeiro. O seu impacto desloca o morador do centro da cidade. Que novos absolutismos encontrarão aqui o seu álibi?
Enquanto o direito à cidade derruba-se, afogado pelo discurso da identidade e do autêntico, a cidade range anunciando o seu colapso e a urgência de uma nova maneira de olhar-nós, de reagir a uma transformação, desta vez previsível, que o desespero do capitalismo finge inevitável.
Left Hand Rotation é um coletivo estabelecido em Lisboa desde 2011.
Terremotourism é um retrato subjetivo de uma cidade e a sua transformação ao longo dos últimos 6 anos.
Muito obrigado
Coletivo Left Hand Rotation
www.lefthandrotation.com
www.museodelosdesplazados.com»
19/11/2016
18/11/2016
Forte-Presídio da Trafaria aberto ao público até 11 de Dezembro
Merece também uma visita o centro histórico da vila piscatória da Trafaria, cuja existência remonta há pelo menos cinco séculos. No centro histórico é a arquitectura dos séculos XIX e XX que pode ser apreciada, apesar da incúria a que foi sujeito: arquitectura balnear, de lazer (Casino), institucional (Capitania e Escola Primária), comercial (Casa Botas) e industrial (fábricas de peixe e conservas e dinamite, hoje em ruínas).
O lugar da Trafaria era também local predilecto de Bulhão Pato (e em qualquer restaurante se podem degustar as ameijoas à sua moda), onde o intelectual se entretinha a caçar e a cozinhar para amigos, tendo convertido muitos deles às delícias e encantos do local.
Hoje a Trafaria está longe de ser o local idílico que já foi um dia, sobretudo com a implantação dos silos de cereais nos anos 80, que não só a desfiguram como também desfiguram a vista que dela se tem de Lisboa (haja coragem para implodir com aquele mono e todos os outros que hoje agridem as vistas que se têm da Margem Sul desde Lisboa). Porém, a Trafaria ainda resiste em sobrevivências várias absolutamente encantadoras. Haja olhos dispostos a saber ver o potencial que encerra, a recuperá-la, a habitá-la e a amá-la (e sim, este pequeno texto é uma declaração de amor ao lugar).
É verdade que começa a sentir-se uma tímida atenção: a Câmara Municipal de Almada parece finalmente apostada em recuperar e apoiar a recuperação do seu património (através do programa ARU de incentivo a particulares); o colectivo Plataforma Trafaria instalou-se agora no Presídio (https://www.facebook.com/plataformatrfr/?hc_ref=PAGES_TIMELINE), promovendo uma reflexão prática sobre os usos futuros do mesmo em diálogo com artistas, criadores, pensadores portugueses e internacionais e, não menos importante, trafarienses; uma arquitecta recuperou uma bela casa coberta de azulejos para alojamento local (já se vêem alguns turistas que aqui escolhem ficar, a meio caminho entre Lisboa e as praias da Costa da Caparica, facilmente acessíveis através da ciclovia); e alguns jovens pioneiros que assentaram arraiais, contra todas as probabilidades. Para quem trabalha em Lisboa e está farto da turistificação em que a cidade está convertida, habitar na Trafaria pode ser uma opção mais barata e mais tranquila, passando também a fazer parte deste movimento de renascimento que já se faz sentir na pequena vila às portas da capital.
Façam, então, a bela viagem de barco que liga Belém à Trafaria (atenção aos horários que são escassos), desfrutando das vistas para uma margem e outra, visitem o presídio, o centro histórico e almocem ou jantem num dos seus muitos e bons restaurantes (aconselho a Casa Ideal, na Rua Tenente Maia).
Mais informações sobre as exposições patentes no Forte-Presídio da Trafaria, aqui:
http://visao.sapo.pt/actualidade/visaose7e/sair/2016-11-05-Ha-muitas-historias-para-contar-no-Antigo-Presidio-da-Trafaria
Fotografias: Almada Virtual Museum, Blog Restos de Colecção e Visão.
[Esta publicação foi alterada em 31/12/2016 integrando a informação prestada por Carlos Barradas Leal, que é autor do livro "OuTrafaria" - um livro que muito aconselho para quem queira saber mais sobre a história da Trafaria]
Tapada das Necessidades - vergonha - para quando a sua reabilitação de facto?
C.C. PCML, AML e media
Somos a enviar o nosso protesto a V. Exa. pela continuação do estado vergonhoso em que se encontra o património não arbóreo da Tapada das Necessidades, oito anos passados sobre a assinatura do protocolo entre a CML e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Com efeito, e pese embora o restauro da Estufa promovido pela CML e que aplaudimos oportunamente, tudo o resto são promessas de reabilitação por cumprir, sem que o mesmo deixe de estar partido ou abandonado, não servindo de desculpa à inacção da CML o facto dos concursos públicos relativos aos espaços a Norte (zona do antigo zoo) terem ficado desertos. Assim:
1. As estruturas de apoio do jardim (algumas centenárias) estão em ruínas, ou abandonadas, ou com vidros partidos, telhas quebradas, janelas e portas fechadas a tijolo e cimento. Estas antigas casas de apoio aos caseiros poderiam servir hoje para apoiarem instituições da sociedade civil, por exemplo.
2. Apesar da proibição é frequente ver bicicletas e cães circulando livremente no jardim.
3. A ronda do segurança privado é realizada a carro, pelos caminhos e acessos internos no jardim, com desperdício de combustível, despesa desnecessária e patrulhamento ineficiente (porque ficam sempre excluídas as zonas inacessíveis ao veiculo).
4. Vários monumentos (lago, fonte do leão, etc) estão vandalizados com tags e graffiti, faltando muitos elementos escultóricos.
5. Existem estátuas decapitadas - há vários anos - no jardim.
6. O lago circular está cercado de uma fita improvisada que visa impedir o acesso ao mesmo devido a "perigo de queda e afogamento". Certamente que existem formas mais eficazes e esteticamente mais adequadas de fazer este aviso...
Fazemos votos para que com a aproximação das eleições de 2017, finalmente, a CML se decida a fazer obra a sério na Tapada das Necessidades.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Martins, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, Nuno Vasco Franco, Inês Beleza Barreiros, Gustavo da Cunha, Luís Marques da Silva, Carlos Moura-Carvalho, Júlio Amorim, Miguel Sepúlveda Velloso, Beatriz Empis, José Amador, Jorge Santos Silva, Irina Gomes
Lisboa, 17 de Agosto de 2016
Fotos: Rui Martins
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Resposta do Vereador Sá Fernandes ao nosso alerta/protesto: