Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
16/12/2016
Uma grande notícia para Lisboa!
In Público Online (16.12.2016)
Por Margarida David Cardoso
"Uma grande notícia para Lisboa", porquê? O mais certo é ir-se trocar uma carreira de autocarros lenta, mas de grande frequência - o 758 - por um emplastro para turista ver. Quem, efectivamente, como eu, precisa de se deslocar, todos os dias, de Campolide para São Roque vai passar a fazê-lo num meio (ainda mais) lento, ruidoso e desconfortável, que se imobiliza ao menor obstáculo (empatando terceiros) e no meio de uma horda de "camones", cujos €€€ são a única razão de ser desta brilhante ideia da CML e da Carris. JPT
Quando o primeiro comentador fala em 'que se imobiliza ao menor obstáculo' está a falar do direito adquirido em Lisboa de "arrumar" os carros em qualquer sítio e os outros que se lixem. Vamos corrigir o que está mal e deixar andar aquilo que está bem, será que pode ser amigo?
Infelizmente, o primeiro comentador (que sou eu) vive no mundo real e não na Disneylandia, pelo que, presumindo que não passará a haver um polícia em cada esquina (e, se calhar, em cada recta e rotunda) continuará a vigorar "o direito adquirido em Lisboa de "arrumar" os carros em qualquer sítio e os outros que se lixem" (ou de mantê-los, duas horas, no local da "colisão" caso contactem um com o outro), e continuarão os eléctricos a não passar por meia-hora e depois a passar cinco em comboio. Cumps, JPY
Entre Campolide e o Cais do Sodré o trajecto do 758 é feito integralmente sobre os carris do eléctrico (excepto na D. Pedro V, pois os carris descem para o Rato pela Rua das Amoreiras - saturada de trânsito, e ainda mais de futuro, com o parque de estacionamento que está a ser feito - e bem - para os utentes do Ginásio Clube Português). É evidente que não vamos ter os dois transportes a funcionar simultaneamente no mesmo trajecto (a não ser que o eléctrico seja do tipo exclusivamente turístico), pelo que o 758 deverá passar a terminar nas Amoreiras. PS: admiro este blog, cuja existência é essencial, e que consulto todos os dias, mas, por vezes, prega-se aqui um mundo ideal, que qualquer adulto deve saber que não existe. JPT
Uma pequena nota sobre o seu último comentário caro JPT. É capaz det ter razão....mas por vezes tem que se apontar à Lua, para chegar ao topo da árvore.
Ex.mos Sr.s comentadores (anónimos e menos anónimos), duas notas: 1. Nunca ninguém defendeu qualquer supressão do 758. 2. Causam-me algum espanto os “aqui-d’el-rei” relativos ao trânsito, se o universo, a crusta terrestre e, concretamente, a nossa cidade tivessem como leis naturais a fluidez do trânsito automóvel individual. O que está mal é, em primeiro lugar, os abusos de estacionamento e de paragens não sancionados, em segundo lugar, o excesso de trânsito, em terceiro lugar o impacto dos dois factores anteriores sobre os residentes nas zonas em questão. Neste sentido, um regresso de uma 24 “cortada” até Campolide, tem vários significados. Um destes, que vos preocupará mais, será uma maior fiscalização do estacionamento e paragem indevidos/abusivos ao longo do percurso dos carris (e perdoem-me os utentes do Ginásio Clube Português, mas se não conseguirem lá estacionar, por favor, ide muito respeitosamente queimar calorias a caminhar para lá ou estacionar noutro local onde encontrem lugar). Outro significado importante, é o regresso de um meio de transporte que começa a ressurgir por várias cidades com o planeado recuo do transporte individual. Por último, e não menos importante: o regresso de qualquer carreira de eléctricos, neste caso simbolizada pelo regresso da 24, significará necessariamente que num futuro mais ou menos próximo, soluções de mobilidade estruturantes passem mais pelo modo eléctrico para eixos onde não há metro, por motivos financeiros. Não seria de todo impensável, um eléctrico moderno e confortável, adaptado às curvas e declives da cidade, a efectuar uma “ponte” de ferrovia ligeira entre a Estação do Cais do Sodré e Campolide, acompanhado de forte restrição ao automóvel individual não-residente entre o Rato e o Cais do Sodré. O automóvel só se combate com disponibilidade e diversidade de capacidade do transporte público, acompanhado da sensibilização – de que muitos necessitam – de que o automóvel individual é, e será cada vez mais, uma excepção e não uma regra.
"Uma grande notícia para Lisboa", porquê? O mais certo é ir-se trocar uma carreira de autocarros lenta, mas de grande frequência - o 758 - por um emplastro para turista ver. Quem, efectivamente, como eu, precisa de se deslocar, todos os dias, de Campolide para São Roque vai passar a fazê-lo num meio (ainda mais) lento, ruidoso e desconfortável, que se imobiliza ao menor obstáculo (empatando terceiros) e no meio de uma horda de "camones", cujos €€€ são a única razão de ser desta brilhante ideia da CML e da Carris. JPT
ResponderEliminarUma boa noticia sim senhor !!
ResponderEliminar....(mais uma delicia para turistas ;-)
Já era tempo!
ResponderEliminarE, já agora, gostaria que voltassem os autocarros de 2 andares. Se voltaram no Porto, porque não em Lisboa?
Quando o primeiro comentador fala em 'que se imobiliza ao menor obstáculo' está a falar do direito adquirido em Lisboa de "arrumar" os carros em qualquer sítio e os outros que se lixem. Vamos corrigir o que está mal e deixar andar aquilo que está bem, será que pode ser amigo?
ResponderEliminarInfelizmente, o primeiro comentador (que sou eu) vive no mundo real e não na Disneylandia, pelo que, presumindo que não passará a haver um polícia em cada esquina (e, se calhar, em cada recta e rotunda) continuará a vigorar "o direito adquirido em Lisboa de "arrumar" os carros em qualquer sítio e os outros que se lixem" (ou de mantê-los, duas horas, no local da "colisão" caso contactem um com o outro), e continuarão os eléctricos a não passar por meia-hora e depois a passar cinco em comboio. Cumps, JPY
ResponderEliminarNem me vou dar ao trabalho de desconstruir o seu novo comentário,JPY, porque acho que nem vale o esforço.
ResponderEliminarAcha realmente que acabam com a 758?
ResponderEliminarPorque é uma questão importante, acha mesmo que acabam com a carreira 758?
Entre Campolide e o Cais do Sodré o trajecto do 758 é feito integralmente sobre os carris do eléctrico (excepto na D. Pedro V, pois os carris descem para o Rato pela Rua das Amoreiras - saturada de trânsito, e ainda mais de futuro, com o parque de estacionamento que está a ser feito - e bem - para os utentes do Ginásio Clube Português). É evidente que não vamos ter os dois transportes a funcionar simultaneamente no mesmo trajecto (a não ser que o eléctrico seja do tipo exclusivamente turístico), pelo que o 758 deverá passar a terminar nas Amoreiras. PS: admiro este blog, cuja existência é essencial, e que consulto todos os dias, mas, por vezes, prega-se aqui um mundo ideal, que qualquer adulto deve saber que não existe. JPT
ResponderEliminarUma pequena nota sobre o seu último comentário caro JPT. É capaz det ter razão....mas por vezes tem que se apontar à Lua, para chegar ao topo da árvore.
ResponderEliminarEx.mos Sr.s comentadores (anónimos e menos anónimos), duas notas:
ResponderEliminar1. Nunca ninguém defendeu qualquer supressão do 758.
2. Causam-me algum espanto os “aqui-d’el-rei” relativos ao trânsito, se o universo, a crusta terrestre e, concretamente, a nossa cidade tivessem como leis naturais a fluidez do trânsito automóvel individual. O que está mal é, em primeiro lugar, os abusos de estacionamento e de paragens não sancionados, em segundo lugar, o excesso de trânsito, em terceiro lugar o impacto dos dois factores anteriores sobre os residentes nas zonas em questão.
Neste sentido, um regresso de uma 24 “cortada” até Campolide, tem vários significados. Um destes, que vos preocupará mais, será uma maior fiscalização do estacionamento e paragem indevidos/abusivos ao longo do percurso dos carris (e perdoem-me os utentes do Ginásio Clube Português, mas se não conseguirem lá estacionar, por favor, ide muito respeitosamente queimar calorias a caminhar para lá ou estacionar noutro local onde encontrem lugar). Outro significado importante, é o regresso de um meio de transporte que começa a ressurgir por várias cidades com o planeado recuo do transporte individual. Por último, e não menos importante: o regresso de qualquer carreira de eléctricos, neste caso simbolizada pelo regresso da 24, significará necessariamente que num futuro mais ou menos próximo, soluções de mobilidade estruturantes passem mais pelo modo eléctrico para eixos onde não há metro, por motivos financeiros. Não seria de todo impensável, um eléctrico moderno e confortável, adaptado às curvas e declives da cidade, a efectuar uma “ponte” de ferrovia ligeira entre a Estação do Cais do Sodré e Campolide, acompanhado de forte restrição ao automóvel individual não-residente entre o Rato e o Cais do Sodré.
O automóvel só se combate com disponibilidade e diversidade de capacidade do transporte público, acompanhado da sensibilização – de que muitos necessitam – de que o automóvel individual é, e será cada vez mais, uma excepção e não uma regra.
Certíssimo João filipe.
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