«Bom dia,
Venho por este contacta-los para pedir ajuda e ter eco num pedido que fiz à Câmara Municipal de Lisboa.
Existe um projecto de valorização e enquadramento do logradouro existente entre a Rua José Travassos e a Rua Francisco Stromp.
Solicitei o projecto, do qual gentilmente me facultaram o plano geral e memória descritiva, que junto em anexo.
O projecto é muito importante e cumpre a meu ver o básico para este espaço contudo há duas coisas que para mim falham, e põem em risco a boa utilização deste espaço, e que o possam condenar à partida a ser um espaço não utilizado ou pior, mal utilizado.
A primeira, é o facto de existir um caminho deambulatório pelo espaço que está previsto em lajetas de betão em toda a sua extensão. Esta opção é para mim errada, uma vez que um caminho em lajetas deve ser usado apenas como alternativa, ou para fazer um acesso secundário, nunca como material para um caminho principal. Na Câmara responderam-me a esta preocupação que se as lajetas ficarem bem feitas, não há constrangimentos, o que não é verdade, como podem imaginar.
Sendo esta uma zona com muitos casais novos e muitas crianças, imaginava-as a percorrer o espaço de bicicleta, trotinete ou mesmo a correr, o que só é possível e confortável num pavimento extensivo. Serão elas, as crianças e os seus acompanhantes que irão dar vida a este espaço.
Desta forma a segunda falha deste projecto é não ter um equipamento a elas destinado. Na Câmara Municipal de Lisboa indicaram que não há orçamento para a sua inclusão nesta fase, contudo penso que era mesmo vital.
Desta forma há ainda uma terceira intervenção que para mim também não irá ser proveitosa, mas compreendo ser uma necessidade. A rua Vitor -Damas irá terminar num enorme estacionamento, sobre-dimensionado, e para mim planeado na zona mais plana e larga, a mais favorável à colocação de equipamentos infantis e juvenis.
É com receio que este investimento, muito bem intencionado e desejado por todos os moradores, possa na realidade vir a ser pouco utilizado e que seja um convite ao mau uso e abandono.
Espero que também seja do vosso interesse analisar e divulgar este projecto.
Com os melhores cumprimentos,
Maria Sousa»
Totalmente de acordo com a crítica ao estacionamento planeado para o final da rua Vítor Damas. Não se trata de embirração, mas sim da simples constatação de que o interesse das pessoas e a sua qualidade de vida passam sempre para segundo plano. E note-se que esta zona já tem bastante estacionamento de rua, para além de estarmos a falar de prédios muito recentes com estacionamento subterrâneo para os moradores. É triste que se percam oportunidades para fazer melhor, acabando por prevalecer a opção do simples enquadramento paisagístico, em vez da tentativa de apropriaçao do espaços pelas pessoas.
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