Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Perfeitamente regular, salvo seja! Apenas a fundamentação apresentada, não terá sido a mais eficaz.
Segundo me recordo, do ponto de vista do PDM, esta demolição foi sustentada com base na alínea do PDM, que refere que o edifício a demolir não teria qualquer interesse urbanístico, tanto individualmente como para o contexto em que se insere. O que no presente caso, era manifestamente mentira. Esta foi a posição da CML, que não me parece poder ser sustentável em lugar nehum do mundo!
Para além disso destacam-se outros aspectos objectivos, na irregularidade deste licenciamento, apenas sustentado na especulação imobiliária, elevada ao mais alto nível: -Não me parece que tenha sido comprovada a correcta inserção no contexto urbanístico (o processo deveria ter sido instruído com peças desenhadas que incluissem 5.00m para cada lado dos edifícios confinantes, em plantas e alçados);
-Não me parece ter sido comprovado o cumprimento da média da altura das fachadas, nem a média da altura das edificações (o processo deveria ter sido instruído com os dois alçados de conjunto dos dois quarteirões, onde se insere);
-Nada deve ter sido dito acerca do cumprimento do RMUEL e dos corpos balançados;
- Não está explicado porque sepermitiu o agravamento da ocupação do logradouro, com uma construção à qual foi conferida autonomia e maior número de pisos, onde existia apenas um anexo.
-O processo parece ter sido estranhamente decidido, numa reunião, sem qualquer sustentação técnica. Ou seja, a decisão não se sustenta em nenhuma informação técnica.
-Para além de todas as outras questões de natureza mais subjectiva, como sendo o evidente desenquadramento do contexto urbanístico em que se insere, do ponto de vista da morfologia urbana e da tipologia.
Este licenciamento devia ser objeto de uma análise mais aprofundada, pois as irregularidades, parecem ser mais do que evidentes, sem precisar de evocar as zonas de proteção e os aspectos mais subjetivos da análise. Há aspectos objetivos que saltam à vista e que são da exclusiva competência da CML.
Este assunto merece nova queixa, mas desta vez com outra fundamentação.
Esta operação urbanística é um acto chocante de urbanísmo. Para alcançar resultados espera-se mais do que aplaudir. Mas nem todos estão em posição de agir.
Já todos tivemos ocasião de ver imagens do novo edifício. Parece ter sido bastante martelado, contudo não o suficiente para parecer mínimamente regulamentar. Tem seguramente 1 piso a mais e parece estar a rebentar pelas costuras. A moradia pombalina, exemplar quase único desta tipologia, era mil vezes mais interessante e carregada de história e de interesse urbanístico. Toda a força a nova queixa, desta feita com nova fundamentação como é sugerido. É uma causa que merece, para que não ajam mais exemplos destes na cidade, com completa impunidade.
Esta operação urbanística é dois em um: uma demolição irregular seguida de um licenciamento irregular! É o cúmulo da irregularidade urbanística. E tudo para servir diretamente a especulação imobiliária e os interesses dos particulares. A cidade que se aguente!
Sustentar a demolição da moradia pombalina dizendo que não tinha qualquer espécie de interesse urbanístico e/ou arquitetónico, parece-me ter ultrapassado todos os limites. Pensarão que somos todos tolinhos? E construir ultrapassando todos os limites regulamentares? A notícia publicada no Jornal Público, sobre esta demolição tinha um título que dizia qualquer coisa como: E a casa veio abaixo: abriu-se um buraco na Rua da Lapa que é "uma dor de alma" que espelha bem do que se trata. Na notícia dizia-se também, que esta moradia pombalina era um dos edifícios mais emblemáticos da Lapa. Só e apenas isso, juntamente com o seu razoável estado de conservação, lhe valeram uma certeira demolição. Se não estivesse executada ninguém acreditaria. Resta-nos averiguar como foi isto tudo possível e em que termos! Devemos todos isso à cidade. Também causa estranheza, como não estaria este imóvel único inventariado, muito conveniente concerteza.
Será que um dia a Ordem dos Arquitectos se preocupará em proteger o património da cidade? Ou apenas defende os interesses da classe sem nenhuma espécie de escrúpulo? São esses mesmos arquitectos que depois fazem exposições sobre a qualidade e beleza do seu trabalho na urbe, com o aplauso da Câmara, da imprensa e demais entidades culturais. Deveria ser outorgado um prémio anual para esses gabinetes de arquitectura da Grande Escola de Arquitectura Portuguesa.
Petit Palais de Dom Pato Bravo?
ResponderEliminarPerfeitamente regular, salvo seja! Apenas a fundamentação apresentada, não terá sido a mais eficaz.
ResponderEliminarSegundo me recordo, do ponto de vista do PDM, esta demolição foi sustentada com base na alínea do PDM, que refere que o edifício a demolir não teria qualquer interesse urbanístico, tanto individualmente como para o contexto em que se insere. O que no presente caso, era manifestamente mentira. Esta foi a posição da CML, que não me parece poder ser sustentável em lugar nehum do mundo!
Para além disso destacam-se outros aspectos objectivos, na irregularidade deste licenciamento, apenas sustentado na especulação imobiliária, elevada ao mais alto nível:
-Não me parece que tenha sido comprovada a correcta inserção no contexto urbanístico (o processo deveria ter sido instruído com peças desenhadas que incluissem 5.00m para cada lado dos edifícios confinantes, em plantas e alçados);
-Não me parece ter sido comprovado o cumprimento da média da altura das fachadas, nem a média da altura das edificações (o processo deveria ter sido instruído com os dois alçados de conjunto dos dois quarteirões, onde se insere);
-Nada deve ter sido dito acerca do cumprimento do RMUEL e dos corpos balançados;
- Não está explicado porque sepermitiu o agravamento da ocupação do logradouro, com uma construção à qual foi conferida autonomia e maior número de pisos, onde existia apenas um anexo.
-O processo parece ter sido estranhamente decidido, numa reunião, sem qualquer sustentação técnica. Ou seja, a decisão não se sustenta em nenhuma informação técnica.
-Para além de todas as outras questões de natureza mais subjectiva, como sendo o evidente desenquadramento do contexto urbanístico em que se insere, do ponto de vista da morfologia urbana e da tipologia.
Este licenciamento devia ser objeto de uma análise mais aprofundada, pois as irregularidades, parecem ser mais do que evidentes, sem precisar de evocar as zonas de proteção e os aspectos mais subjetivos da análise. Há aspectos objetivos que saltam à vista e que são da exclusiva competência da CML.
Este assunto merece nova queixa, mas desta vez com outra fundamentação.
Um verdadeiro crime urbanístico, que destroí a singularidade de um lugar.
ResponderEliminarO apetite voraz da especulação imobiliária!
ResponderEliminarEste licenciamento espelha bem, como funciona o urbanísmo da CML. Tudo pode ser subvertido, até o PDM.
ResponderEliminarPois então, 2º anónimo, faça desses caracteres queixa no MP. Cá estaremos todos para aplaudir o resultado.
ResponderEliminarEsta operação urbanística é um acto chocante de urbanísmo. Para alcançar resultados espera-se mais do que aplaudir. Mas nem todos estão em posição de agir.
ResponderEliminarAo que parece o último comentário será do 2º anónimo que não se poderá expor, fazendo esta queixa.
ResponderEliminarNão poderia esta ser feita em nome do CIDADANIA LX .. eventualmente com a ajuda do referido cidadão "Anónimo" na argumentação/fundamentação ?
Estou e estarei disponível para ajudar.
ResponderEliminarJá todos tivemos ocasião de ver imagens do novo edifício. Parece ter sido bastante martelado, contudo não o suficiente para parecer mínimamente regulamentar. Tem seguramente 1 piso a mais e parece estar a rebentar pelas costuras. A moradia pombalina, exemplar quase único desta tipologia, era mil vezes mais interessante e carregada de história e de interesse urbanístico.
ResponderEliminarToda a força a nova queixa, desta feita com nova fundamentação como é sugerido. É uma causa que merece, para que não ajam mais exemplos destes na cidade, com completa impunidade.
Esta operação urbanística é dois em um: uma demolição irregular seguida de um licenciamento irregular! É o cúmulo da irregularidade urbanística. E tudo para servir diretamente a especulação imobiliária e os interesses dos particulares. A cidade que se aguente!
ResponderEliminarSustentar a demolição da moradia pombalina dizendo que não tinha qualquer espécie de interesse urbanístico e/ou arquitetónico, parece-me ter ultrapassado todos os limites. Pensarão que somos todos tolinhos? E construir ultrapassando todos os limites regulamentares? A notícia publicada no Jornal Público, sobre esta demolição tinha um título que dizia qualquer coisa como: E a casa veio abaixo: abriu-se um buraco na Rua da Lapa que é "uma dor de alma" que espelha bem do que se trata. Na notícia dizia-se também, que esta moradia pombalina era um dos edifícios mais emblemáticos da Lapa. Só e apenas isso, juntamente com o seu razoável estado de conservação, lhe valeram uma certeira demolição. Se não estivesse executada ninguém acreditaria. Resta-nos averiguar como foi isto tudo possível e em que termos! Devemos todos isso à cidade. Também causa estranheza, como não estaria este imóvel único inventariado, muito conveniente concerteza.
ResponderEliminarÉ caso para perguntar: Estará o PDM eficaz?
ResponderEliminarUm duplo crime urbanístico, que desplante!
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ResponderEliminarSerá que um dia a Ordem dos Arquitectos se preocupará em proteger o património da cidade? Ou apenas defende os interesses da classe sem nenhuma espécie de escrúpulo? São esses mesmos arquitectos que depois fazem exposições sobre a qualidade e beleza do seu trabalho na urbe, com o aplauso da Câmara, da imprensa e demais entidades culturais. Deveria ser outorgado um prémio anual para esses gabinetes de arquitectura da Grande Escola de Arquitectura Portuguesa.
Bem dito!
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