Ao contrário das eleições municipais, onde votamos em conjuntos de
ideias agregadas em programas eleitorais, no orçamento participativo os
cidadãos votam apenas numa única ideia (bom, são duas, uma local e uma
municipal).
Mesmo que todos os lisboetas participassem, a ideia ganhadora seria escolhida meio aleatoriamente e teria apenas o apoio de meia dúzia de pessoas - bem longe do que deve ser uma democracia.
Mesmo que todos os lisboetas participassem, a ideia ganhadora seria escolhida meio aleatoriamente e teria apenas o apoio de meia dúzia de pessoas - bem longe do que deve ser uma democracia.
E é por isso que no orçamento participativo temos sempre projetos vencedores duvidosos (não é o caso do memorial no título, mas abram a notícia e
vejam os outros vencedores). Ao contrário do que a Câmara Municipal de Lisboa diz, isto não é a democracia a funcionar, e os lisboetas a escolherem melhor o destino das verbas, etc.
E até existem soluções; cada lisboeta poder escolher as 5 ou 10 ideias
preferida, seriando-as, por exemplo. Os vencedores seriam bem mais
consensuais. Para uma ideia ganhar não bastaria ter o voto de 200 pessoas organizadas, seria preciso o apoio de uma percentagem maior dos participantes.
Totalmente de acordo.
ResponderEliminarEste modelo de orçamento participativo é uma fraude.
"Colocação de uma peça de arte pública com a palavra de Lisboa, em que cada letra vai simbolizar a dimensão cultural da capital e de Portugal"
ResponderEliminarGosto especialmente desta! Que ideia tão útil, nem consigo imaginar nada mais relevante onde gastar dinheiro, espero que Joana Vasconcelos seja convidada (e devidamente paga) para embrulhar tudo num bonito crochet.
Esse memorial da culpa branca é precisamente o monumento mais discutível: como se africanos não tivessem escravizado e vendido outros africanos para português comprar e vender depois.
ResponderEliminarNão há nada pior do que o complexo de culpa dos brancos, de facto.