Arq. Paula Silva
C.C. PCML, AML e media
No seguimento do revestimento a azulejo já executado no "quarteirão da Suíça", em Lisboa, e que terá sido autorizado pelos serviços dessa Direcção-Geral (http://observador.pt/2018/01/26/praca-da-figueira-com-fachada-coberta-de-azulejos/);
Considerando que os azulejos já colocados não são os azulejos que constavam da proposta original de Daciano Costa, de 2001;
E independentemente de considerarmos este revestimento violador das normas em vigor relativas ao Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina (anexo 3, referente ao tratamento das fachadas);
Serve o presente para solicitar a V. Exa. que nos esclareça se a autorização agora concedida pela DGPC se refere ao projecto de 2001 ou a este projecto agora executado (imagem em anexo).
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Júlio Amorim
Várias perguntas importa também fazer, nomeadamente:
ResponderEliminarQuais são os limites da intervenção, que altera o revestimento original e se o parecer da DGPC incidiu sobre a totalidade da intervenção em execução?
O que está à vista no local, é que os limites extravasam o interior do recinto da Praça da Figueira (objeto do projeto original). Assim sendo, a excecionalidade evocada para aprovação desta intervenção, em contradição com os objetivos do Plano de Pormenor de Salvaguarda, fica prejudicada e sai fragilizada.
A questão prende-se com a inclusão do topo do quarteirão da pastelaria Suiça. Esta é uma opção que compromete a excecionalidade, que parece ter sido evocada e que compromete também a unidade individual deste bloco, arquétipo genuino e unico, da primeira fase da reconstrução pombalina e cuja idêntidade una importa preservar.
Trata-se de um dos objetivos que vêm expressos no Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina, que foi para cumprir esse objetivo tornado eficaz.
A moldura dos vãos em «massa», tanbêm me parece ser bastante discutível. Não deveria ser antes em azulejo? Era outra questão que gostaria de ver esclarecida.
ResponderEliminarGostaria de saber o que está previsto para esconder os fios e cablagens aberrantes,que se encontram visíveis na fachada e ainda se está prevista alguma ação de reabilitação para os caixilhos. Certamente que o caciquismo abrangerá a totalidade das fachadas.
ResponderEliminarÉ uma intervenção que se torna inconsistente e incoerente ao extravasar os limites da sua própria excecionalidade. Fica bem à vista o seu caràcter acessório e perturbador para a génese pombalina. Mas a vaidade foi aqui mais forte! Resta saber se com a total ou parcial conivência da DGPC.
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ResponderEliminarArrancar estes, arrancar estes, alíás não são azulejos, são revestimento cerâmico de cozinha.
Quem é o "arquitecto" ??
Uma vergonha e mal executada. Tanta presunção com tão pouca arte.
ResponderEliminarA colocação dos azulejos quase à face das cantarias retira expressão, que a moldura em massa não restitui. Esta intervenção retira valor e não acrescenta nada. Não vejo como a DGPC, possa ter dito o contrário.
ResponderEliminarQue enorme contributo para a perca de autenticidade!
ResponderEliminarSimplesmente retirem todos os azulejos. Estes são menos maus que os outros tantos que infelizmente ainda estão em várias fachadas pela baixa, mas melhor mesmo é descontinuar essa tradição foleira.
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