O
Palácio Palmela, actual sede da Procuradoria
geral da República, é património classificado, e constitui um dos
mais notáveis palácios da designada “Sétima Colina” na
envolvente próxima ao Príncipe Real.
Em
meados de Junho o portão de acesso ao logradouro do palácio sito na
Rua da Escola Politécnica, constituído por um gradeamento de ferro
fundido trabalhado e revestido a chapa pelo lado interior, foi
substituído. Esse portão, senão era o original, estava
contudo bem integrado e coerente, q.b., com o conjunto do edificado.
Imagens do antigo portão, retiradas do
Google Maps
Em
sua substituição foi instalado um portão em chapa mais consentâneo
com o acesso a uma sucateira ou anónima oficina:
E
se ao fim de semana ou fora das horas normais de serviço este esteja
aberto nem esse facto o torna invisível…
É
um detalhe? Se considerado como tal, não é de somenos importância.
É
inquietante que num edifício classificado a prudência esteja
ausente e um simples “gesto” seja suficiente para anular a
unidade e coerência do conjunto edificado a qual sai seriamente
abalada, tal como a credibilidade nas instituições e organismos que
existem para protecção e salvaguarda do património.
É
nossa convicção que o actual portão seja temporário, enquanto o
anterior é recuperado, tal não será certamente do domínio dos
milagres.
De detalhes falsificados, destruídos e, abandonados....está Lisboa bem servida. Um edifício classificado é resultado do conjunto dos tais detalhes e portanto - inseparável dos mesmos. Quando tal acontece, perde-se um pouco (ou muito/ou tudo) da autenticidade do imóvel. Bem observado Jorge Pinto e Lisboa agradece !!
ResponderEliminarObrigado, mas na verdade o cumprimento deve ser dirigido ao arq. António Quaresma que foi quem me chamou a atenção para mais este estranho caso.
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